Pesquisa aplica técnica de IA para o reconhecimento automático de serpentes
A aplicação de técnicas de Inteligência Artificial para o reconhecimento automático de espécies de serpentes é o tema da pesquisa realizada por Pierre Haslee, aluno do INSA-França. Os resultados foram apresentados durante a sua visita de seis meses na Escola de Matemática Aplicada da Fundação Getulio Vargas (FGV EMAp), sob a orientação dos professores Asla Medeiros e Sá e Alberto Paccanaro em parceria com Paulo Passos, curador de coleções de serpentes do Museu Nacional-UFRJ.
O objetivo desta pesquisa foi conduzir experimentos para verificar se é possível ou não inferir a espécie de uma cobra a partir de uma imagem. O projeto incluiu testes em imagens de serpentes envolvidas em acidentes reais. Em particular, foram aplicadas técnicas baseadas em redes neurais convolucionais em grandes bases de imagens de serpentes brasileiras. Para Pierre, o problema ganha notada relevância no contexto de acidentes com serpentes, ocasião em que a equipe médica responsável pelo atendimento do paciente deve decidir sobre a utilização do soro antiofídico com base na correta identificação da espécie que causou o acidente.
Ao longo do percurso acadêmico, o aluno teve o auxílio da professora e supervisora de pesquisa da FGV EMAp, Asla Medeiros e Sá, especialista em visualização de dados, que pode ajudá-lo a apresentar seus resultados com gráficos e figuras claras. Além dela, o professor Alberto Paccanaro foi de grande ajuda, devido aos anos de experiência em pesquisa de aprendizado de máquina. No laboratório de pós-doutorado da FGV EMAp, Pierre pode aprender e desenvolver melhor as suas habilidades.
Além disso, a pesquisa de Pierre também se beneficiou da rede de contatos da professora Asla Medeiros. O aluno foi apresentado ao professor Paulo Passos, curador de coleções de serpentes do Museu Nacional - UFRJ, cujo vasto conhecimento sobre serpentes proporcionou acesso a dados importantes para a pesquisa. Segundo Pierre, “sem ele o projeto não existiria”.