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O evento, promovido pelo FGV IBRE, pela FGV EPGE e pela Organização pela Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), tem por objetivo apresentar e discutir o Relatório Econômico sobre o Brasil 2020, recém-lançado pela OCDE. O relatório analisa os atuais desafios econômicos da economia brasileira e faz recomendações concretas de política econômica, à luz da experiência internacional. E conclui que, com a pandemia, acelerar as reformas tornou-se ainda mais urgente.

Não faltam motivos para isso. A difícil situação das contas públicas reclama gastos públicos mais eficientes. A proteção social pode ser fortalecida por meio de um melhor desenho das políticas e benefícios sociais, o que levaria a reduções significativas na desigualdade e na pobreza. Por sua vez, alcançar o potencial econômico do Brasil e melhorar o padrão de vida da população exige reformas estruturais ambiciosas que aumentem a produtividade. Essas incluem reformas votadas para fortalecer a concorrência, reduzir a carga regulatória e as barreiras à entrada no mercado, fomentar uma maior integração com a economia global, reformar o sistema tributário, fragmentado e complexo, e aumentar a eficiência do judiciário.

O relatório não ignora que as mudanças estruturais e as realocações de recursos que a economia precisa para crescer, e que reformas ambiciosas poderiam propulsionar, podem criar desafios para os trabalhadores. Nesse sentido, o relatório também analisa como as políticas de educação e de capacitação profissional podem ajudar os trabalhadores a aproveitar novas oportunidades para conseguir empregos melhores.

Participantes: Armando Castelar - Coordenador de Economia Aplicada do FGV IBRE, Fernando Veloso - Pesquisador do FGV IBRE e Professor da FGV EPGE, Jens Arnold - Chefe da Seção Brasil no Departamento de Economia da OCDE, e José Féres - Professor da FGV EPGE