Pesquisador da FGV recebe prêmio “Professor Anshuman Prasad”
O projeto editorial de Alex Faria (FGV EBAPE) também foi destacado pela LSE Business Review como referência no campo da gestão para decolonização da academia e organizações.
O professor e pesquisador da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas (FGV EBAPE) Alex Faria recebeu o prêmio “Professor Anshuman Prasad” no Academy of Management, mais importante congresso da área de gestão que foi realizado em 2024 em Chicago. O prêmio pelo artigo “Decolonizing Diversity-Driven Responsibility Education with Praxis” foi concedido pela Dvisão de Estudos Críticos em Gestão (CMS) e patrocinado pelo periódico “Organization” (A1 no sistema Qualis).
No trabalho, o professor argumenta que os sistemas de conhecimento e educação em gestão liderados pelo Norte Global continuarão incapazes de promover a agenda pró-diversidade de educação responsável em diferentes cantos do mundo se não tentarem desfazer radicalmente a matriz colonial/racial que acadêmicos profissionais e fazedores de currículos “responsáveis” de gestão incorporam e internalizam.
Destaque na LSE Business Review
O projeto editorial, conduzido juntamente com colegas da Índia, Austrália e África do Sul, também foi destacado pela LSE Business Review como referência no campo da gestão para decolonização da academia e organizações.
Os editores ressaltam em Decolonising management and organisational knowledge (MOK): Praxistical theorising for potential worlds, artigo de abertura do número especial do periódico Organization, que enquanto escolas de negócios e universidades em todo o mundo são varridas por gama diversificada de movimentos descolonizadores que vão além das agendas convencionais focadas em diversidade e inclusão, disputas teóricas têm gerado mais problemas que soluções para organizações e academia. Nesse número especial, acadêmicos de diversos cantos do mundo exploram a decolonização como prática no campo da gestão e na organização acadêmica.
Segundo Alexandre Faria, o resultado é um projeto inovador, coletivo e internacional que vai além da noção de decolonização como projeto teórico que predomina no Norte Global. Editores e autores reivindicam a decolonização como uma práxis radical de “(des)fazer a academia” que nos transforma ao mesmo tempo que transforma as formas como entendemos e praticamos gestão, fazemos pesquisas, e produzimos e disseminamos conhecimento.
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