Confiança da Indústria recua em junho, mas supera 1º trimestre de 2018
A confiança recuou em 12 dos 19 segmentos industriais em junho. O Índice da Situação Atual (ISA) caiu 5,5 pontos, para 95,1 pontos, menor nível desde setembro de 2017 (90,8). Em movimento oposto, o Índice de Expectativas (IE) subiu 3,4 pontos, para 105,0 pontos, o maior patamar desde maio de 2013 (105,4).
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) do Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE) recuou 1,0 ponto em junho de 2018, para 100,1 pontos, menor nível desde janeiro desse ano (99,4 pontos). Apesar disso, o ICI fecha o segundo trimestre (100,7 pontos) 0,2 ponto acima do resultado do primeiro trimestre (100,5 pontos).
“A descontinuidade nos transportes rodoviários de cargas, ocorrida entre o final de maio e o início de junho, aumentou os estoques de produtos finais e reduziu os estoques de insumos, afetando custos, produção, utilização da capacidade e confiança. Embora a pesquisa de junho também traga a boa notícia da melhora das expectativas, esse pode ser um efeito passageiro, influenciado pelo efeito base do fraco desempenho do setor em maio”, afirma Tabi Thuler Santos, coordenadora da Sondagem da Indústria do FGV IBRE.
A confiança recuou em 12 dos 19 segmentos industriais em junho. O Índice da Situação Atual (ISA) caiu 5,5 pontos, para 95,1 pontos, menor nível desde setembro de 2017 (90,8). Em movimento oposto, o Índice de Expectativas (IE) subiu 3,4 pontos, para 105,0 pontos, o maior patamar desde maio de 2013 (105,4).
A expressiva piora do nível dos estoques foi determinante para a queda da confiança no mês. O percentual de empresas com estoques excessivos aumentou de 7,9% para 12,8% entre maio e junho – o pior desde abril de 2017 (12,9%). Já a proporção de empresas com estoques insuficientes aumentou de 3,9% para 4,5%, retornando ao mesmo nível de abril de 2018.
As melhores expectativas de contratação e produção influenciaram igualmente a alta do IE em junho. O indicador de evolução do pessoal ocupado nos três meses seguintes subiu 6,2 pontos, para 107,3 pontos – o maior desde junho de 2011 (108,8); e o indicador de produção prevista para os três meses seguintes subiu 5,8 pontos, para 108,0 pontos, o maior desde maio de 2013 (108,1).
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) recuou para 76,2% em junho, 0,3 ponto percentual (p.p.) abaixo do resultado de maio. Esta é a primeira redução no NUCI desde setembro de 2017. Em termos trimestrais, o NUCI alcançou 76,4% no segundo trimestre, um aumento de 0,9 p.p. em relação ao primeiro trimestre deste ano.
A edição de junho de 2018 coletou informações de 1.069 empresas entre os dias 4 e 26 deste mês. A próxima divulgação da Sondagem da Indústria ocorrerá em 27 de julho de 2018. A prévia deste resultado será divulgada no dia 20 de julho. O resultado completo está disponível no site.
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