Administração

Cultura de inclusão nas organizações contribui para acolhimento de profissionais com Autismo

As autoras realizaram entrevistas com seis gestores de empresas nacionais e estrangeiras que contratam profissionais com TEA ou são responsáveis pela inclusão de pessoas com TEA nas suas organizações.

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Cultura de inclusão nas organizações contribui para acolhimento de profissionais com Autismo

Criar uma cultura de inclusão e realizar o acompanhamento dos profissionais com Transtorno do Espectro Autista (TEA) são medidas fundamentais para promover a diversidade nas organizações. A atenção à saúde dos profissionais com TEA e a adequação do ambiente de trabalho também são fundamentais para assegurar a integração dessas pessoas às equipes, segundo artigo das pesquisadoras da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV EAESP) Ana Teresa Oliveira da Silva Basto e Vanessa Martines Cepellos publicado na revista “Cadernos EBAPE.BR”.

As autoras realizaram entrevistas com seis gestores de empresas nacionais e estrangeiras que contratam profissionais com TEA ou são responsáveis pela inclusão de pessoas com TEA nas suas organizações. A análise das entrevistas identificou dois temas predominantes e relacionados entre si: percepções sobre o TEA e práticas de gestão.

Conforme as pesquisadoras, a percepção de gestores sobre pessoas com TEA ainda envolve estereótipos, que dificultam o reconhecimento da singularidade dos indivíduos. Profissionais com TEA tendem a ser associados a comportamentos inadequados, à falta de habilidades sociais e à aptidão maior para o trabalho com tecnologia, por exemplo. Porém, a implementação de práticas de gestão que asseguram a integração do trabalhador à equipe em funções alinhadas com seus interesses e capacidades é relevante para a revisão desses preconceitos e assegura uma inclusão bem-sucedida.

O artigo identifica que os esforços para a inserção dos profissionais com TEA no mercado de trabalho podem contribuir para uma mudança de cultura das próprias empresas. “Por um lado, a inclusão de pessoas com TEA, geralmente, está atrelada a uma organização com gestão humanizada e, por outro lado, a própria inclusão desses profissionais contribui para uma cultura mais humana na organização”, observam as autoras.

Confira o artigo na íntegra.