Dia do Economista: alunos destacam figuras históricas da área como referência que os inspiram
Os alunos Túlio Menezes (FGV EESP) e Igor de Alencar (FGV EPGE) se sentiram mais conectados com o mundo da Economia após estudarem sobre alguns grandes ícones da área
Dia do Economista, uma data que destaca a importância dos profissionais que moldam o rumo da economia. Hoje, 13 de agosto, a escolha da data não é por acaso: celebra a criação do curso de Ciências Econômicas no Brasil, em 1945, um marco que transformou o cenário econômico do país. Por isso, os alunos de economia Túlio Menezes (Escola de Economia de São Paulo) e Igor de Alencar (EPGE Escola Brasileira de Economia e Finanças) destacaram algumas figuras icônicas como inspiração para a carreira.
Os economistas são a base na criação de estratégias e políticas que impulsionam o desenvolvimento, seja no setor público ou privado. Por isso, analisar os fenômenos econômicos, compreender a formulação de políticas públicas, realizar tomadas de decisão empresariais para o desenvolvimento econômico privado e do país. Essas são algumas das funções desses profissionais tão relevantes e que desempenham um papel fundamental na sociedade.
Frank Ramsey, Gustavo Franco, André Lara Resende e Persio Arida, economistas que foram essenciais na construção da área e que marcaram a história com seus feitos foram citados pelos alunos com destaque.
Vale lembrar que as inspirações constroem o modelo profissional e pessoal almejado por cada um de nós e ter grandes ídolos na própria trajetória é o grande diferencial para um futuro de sucesso, como ressaltou Túlio. “Ramsey foi um economista que marcou meus últimos anos de graduação, não só com seus modelos de crescimento econômico e taxação ótima, mas ainda mais por sua história”, disse ele.
Igor completou Túlio ao citar mais nomes de referência, como Gustavo Franco, André Lara Resende e Persio Arida. “Economistas que foram essenciais na implementação do Plano Real, que não só estabilizou a moeda, mas também transformou a vida de milhões de brasileiros”, ressaltou o estudante.
Veja abaixo a entrevista completa com os alunos.
Quem te inspirou a cursar economia?
Túlio Menezes – Grande influência na minha jornada, gostaria de iniciar com uma figura histórica, o grande economista Frank Ramsey. Especialmente, Ramsey foi um economista que me marcou, não só com seus modelos de crescimento econômico e taxação ótima, mas ainda mais por sua história. O economista britânico é o exemplo claro do que muitos chamam de gênio, tornando-se importante, não só na economia, mas na filosofia e na matemática, mesmo com uma morte prematura aos 26 anos. De tempos em tempos, acabava me encontrando debruçado sobre sua biografia durante os mais diversos (e difíceis) momentos do curso, assim, Ramsey mostrava como o amor pelo conhecimento pode levar uma pessoa a um desenvolvimento incomparável em sua área.
Igor de Alencar – Nesse caminho, encontrei inspiração em figuras icônicas como por exemplo Gustavo Franco, André Lara Resende e Persio Arida, economistas que foram essenciais na implementação do Plano Real, que não só estabilizou a moeda, mas também transformou a vida de milhões de brasileiros, combatendo a hiperinflação e trazendo estabilidade econômica ao país. Ou ainda Affonso Celso Pastore com suas contribuições para econometria e estratégias empíricas, e ainda alguns outros que de alguma forma desempenharam papéis fundamentais na história econômica do Brasil.
Por quais motivos ele/ela te inspira?
Túlio Menezes - Apesar de ser um acadêmico, Ramsey não deixa de me inspirar no mercado de trabalho, no caso, a ser alguém que busca a excelência, profundidade e o estudo. Sonho em construir uma carreira como macroeconomista no mercado financeiro, dessa forma, uma figura como ele, que teve importância ímpar para a macroeconomia, deveria ser uma grande referência para todos que almejam destaque no campo. Quero ser um profissional completo de conhecimento vasto, nesse sentido, sempre olharei para Frank Ramsey.
Igor de Alencar - Principalmente pela capacidade que tiveram de transformar ideias em políticas concretas que mudaram a trajetória de um país inteiro, como no caso do Plano Real, é algo que considero extraordinário. Eles foram capazes de enfrentar desafios imensos, como a hiperinflação, e com soluções inovadoras e fundamentadas em teoria econômica sólida resolveram o problema. Isso demonstra uma combinação rara de profundo conhecimento técnico. A maneira como eles usaram a economia como ferramenta para alcançar estabilidade é uma prova de que o trabalho de um economista pode ter impactos reais e duradouros na vida das pessoas.
Qual a sua relação com essa pessoa?
Túlio Menezes - Além deste grande nome da história, não posso deixar de destacar outras diversas pessoas que me inspiraram, estas que estavam comigo no dia a dia. Meus pais me ensinaram muito no que diz respeito a responsabilidade e paixão, professores e coordenadores sobre a tenacidade e a curiosidade, meu chefe sobre a experiência, sabedoria e liderança. Nossas inspirações constroem o modelo do profissional (e pessoa) que batalhamos para ser, sendo assim, ter grandes ídolos na própria trajetória é o grande diferencial para um futuro de sucesso.
Igor de Alencar - Minha relação com eles e outras figuras do meio é principalmente de admiração e inspiração. Ao ler sobre as experiências e as decisões que tomaram, encontro motivações para aprofundar meu próprio conhecimento e desenvolver uma visão crítica sobre os desafios econômicos atuais. Eles representam para mim o que há de melhor na aplicação da teoria econômica para a solução de problemas práticos.
Você lembra de alguma frase que ouvia dessa pessoa?
Túlio Menezes - É apenas com a dedicação e o trabalho duro que podemos alcançar a figura criada por nossas influências, basta ter perseverança. Gabriela Fonseca, coordenadora do curso de economia e uma das minhas maiores influências, ilustrou isso perfeitamente com sua frase: "o que a gente mais sonha pode estar exatamente do lado de lá, da não-desistência". A coragem nas lutas diárias torna realidade o ideal construído pelos influenciadores, mas não haveria o que concretizar se não fosse por eles. Sendo assim, serei eternamente grato a todas as inspirações que me incentivam a continuar melhorando, tanto como ser humano, quanto como economista. Agradeço por construírem quem sou e quero ser.
Igor de Alencar - Em seu livro "Cartas a um jovem economista" Gustavo Franco diz que “fazer economia, ou economizar, tem muito pouco a ver com o que faz um economista.” No dia do economista ela se torna ainda mais representativa por deixar claro que a nossa profissão vai muito além da simples administração de recursos financeiros. Ela é, antes de mais nada, o estudo das escolhas e comportamentos humanos e como eles interagem na sociedade sob recursos escassos.
Quais as suas motivações para o curso?
Túlio Menezes - Queria estudar algo que desse grandes oportunidades no mercado de trabalho e ao mesmo tempo fosse interessante de pesquisar. Uma ciência que permitisse um entendimento recompensante e prazeroso do nosso mundo enquanto fornece ao mesmo tempo um retorno profissional gratificante. Sempre amei áreas como física, filosofia, história, matemática, mas encontrei na economia um caminho que une tudo que há de bom nessas disciplinas ainda abrindo incríveis portas no mercado profissional.
Igor de Alencar - Desde cedo fui motivado a estudar economia pelo desejo de compreender as forças que moldam a sociedade e de encontrar maneiras de melhorar a vida das pessoas através de políticas econômicas eficazes. Acredito que a economia é uma ferramenta poderosa para promover o desenvolvimento, reduzir as desigualdades e criar oportunidades. Esse desejo de entender e contribuir para a construção de um país mais justo e próspero foi o que me levou a escolher o curso de Economia.
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Essa matéria faz parte da série especial Referências que Inspiram. Conheça as outras datas:
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