Economia

Expectativa de Inflação dos Consumidores permanece estável

"Os consumidores de renda mais baixa continuam projetando queda nos preços enquanto os de maior poder aquisitivo já reajustam suas projeções”, afirma o economista Pedro Costa Ferreira, do Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE).

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Expectativa de Inflação dos Consumidores permanece estável

A expectativa mediana dos consumidores brasileiros para a inflação nos 12 meses seguintes passou de 5,3% em maio para 5,2% em junho. Na comparação com o mesmo período no ano anterior, houve recuo de 1,7 ponto percentual.

“As expectativas se mantiveram relativamente estáveis. Isso ocorre, em parte, por uma inércia de parte dos consumidores, que apesar do choque de preços ocorrido, principalmente, devido à greve dos caminhoneiros, não gerou uma mudança nas expectativas de inflação de forma homogênea. Os consumidores de renda mais baixa continuam projetando queda nos preços enquanto os de maior poder aquisitivo já reajustam suas projeções”, afirma o economista Pedro Costa Ferreira, do Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE).

Na distribuição por faixas de inflação prevista, 48,3% dos consumidores, em junho, projetaram valores dentro dos limites de tolerância (3% - 6%) da meta de inflação de 4,5% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional para este ano. A proporção de consumidores indicando valores abaixo do limite inferior (3%) recuou de 22,2%, em maio para 18,2%, em junho. As previsões entre o limite inferior (3%) e a meta (4,5%) caíram de 27,1% para 25,5% nas citações dos entrevistados enquanto as projeções entre a meta (4,5%) e o limite superior (6%) subiram de 18,8% para 22,8% no mesmo período de comparação.

Em junho, as expectativas de inflação por faixas de renda se mostrou heterogênea. Entre as famílias com renda familiar até R$ 2.100,00, houve queda de 1,1 ponto percentual, de 6,5%, em maio para 5,4%, em junho. Enquanto, para os consumidores com renda superior a R$ 9.600,00, as expectativas de inflação avançaram para 4,5%, o maior nível desde outubro de 2017 (4,9%).

O estudo completo está disponível no site.