A Escola de Direito de São Paulo (FGV Direito SP) participou da 26ª edição do Fórum Nacional de Ensino Superior (FNESP), que ocorreu nos dias 18 e 19 de setembro, no Centro de Convenções Anhembi, em São Paulo. Criado em 1999 pelo Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp), o FNESP tem o objetivo de apontar rumos para a transformação da educação e tendências da educação superior, reunindo especialistas do Brasil e de outros países para debater aprendizagem, metodologias ativas, gestão educacional, políticas públicas, empregabilidade, profissões do futuro, inovação acadêmica e transformação digital.

Nesta edição, o fórum teve como tema “Educação Digital: muito além do EAD” e contou com palestras de representantes dos poderes Executivo, de órgãos reguladores e de entidades que atuam na área, de dirigentes de instituições de ensino superior e de professores de universidades do Brasil e do exterior que debateram o equilíbrio entre conexão humana e tecnologia para uma formação integral.

A FGV Direito SP participou do fórum de diferentes formas. A Escola ocupou um dos totens destinados a “universidades inovadoras”, onde uma equipe de seu Centro de Ensino e Pesquisa em Inovação (CEPI) recebeu participantes e congressistas do FNESP e relatou suas experiências inovadoras no ensino do Direito, que fazem parte da cultura institucional da instituição desde sua criação, em 2002.

Clio Nudel Radomysler, pesquisadora, líder de projetos do CEPI e professora da FGV Direito SP participou da mesa Qualidade, Inovação e Nicho Institucional, onde compartilhou o trabalho destinado a identificar necessidades de inovações no ensino e desenvolver parâmetros que incentivem outras instituições de ensino a alcançar níveis de excelência inovadora em suas metodologias de ensino.

A pesquisadora exemplificou este percurso com a própria trajetória da FGV Direito SP: “um dos grandes desafios da Escola foi romper com o modelo de ensino centrado no professor, a partir de aulas expositivas em torno de códigos e grandes leis, para adotar um modelo de construção de conhecimento baseado na experiência do aluno. A partir deste ponto, nosso foco passo a ser formar “arquitetos jurídicos” para solucionar problemas complexos, de maneira inovadora e sustentável”.

Clio explica que, na última década, a FGV Direito SP se empenhou em aprofundar o protagonismo discente por meio de espaços de experimentações pedagógicas. A inserção de disciplinas de projetos multidisciplinares na grade curricular obrigatória da graduação em Direito, a oferta de disciplinas optativas voltadas para o desenvolvimento de competência no âmbito da pós-graduação lato sensu, e reformas curriculares para aumentar o diálogo entre os diferentes programas são exemplos de mudanças recentes

Em outra frente, desde a sua criação, a FGV Direito SP conta com uma área exclusiva de profissionais dedicados às metodologias participativas de ensino, que capacita, forma e apoia o corpo docente de todos os programas. Hoje, esta área está integrada ao Centro de Ensino e Pesquisa em Inovação (CEPI) da FGV Direito SP, que promove espaços de reflexão e formação, envolvendo tanto a comunidade FGV Direito SP como participantes de outras instituições. Busca-se, assim, disseminar métodos ativos de ensino e contribuir para a melhoria do ensino jurídico, não só na FGV, mas em todo o Brasil.

O CEPI promove a realização de estudos e a disseminação de pesquisas sobre ensino e inovação e sobre mudanças nas profissões jurídicas decorrentes de novas tecnologias. Exemplos incluem a pesquisa intitulada “Futuro do Ensino Superior”, que identificou nove tendências para transformação do ensino e aprendizagem; a pesquisa “Formando a Advocacia do Presente e do Futuro”, que mapeou competências jurídicas, de gestão, socioemocionais e de tecnologia para a advocacia, e o guia “Ensino Participativo Virtual”, elaborado no contexto da pandemia para auxiliar docentes a desenvolver uma aprendizagem significativa no ambiente virtual.