FGV recebe delegação dos White House Fellows em visita ao Brasil
Na última semana, a Fundação Getulio Vargas (FGV) recebeu uma delegação do prestigiado White House Fellowship, um dos principais programas de liderança em serviço público dos Estados Unidos. A visita, que aconteceu em São Paulo, faz parte do tour internacional anual do programa, e contou com a presença de 18 jovens profissionais em ascensão, selecionados para trabalhar ao lado de oficiais de alto escalão do governo norte-americano.
Durante sua visita, o grupo participou de uma sessão especial organizada pela Escola de Relações Internacionais (FGV RI). O encontro foi marcado por uma palestra ministrada pelo Professor Matias Spektor. O professor apresentou os resultados do projeto "A cabeça do brasileiro sobre a mudança do clima – estratégias de comunicação”, recentemente publicados no renomado periódico Nature Communications.
O estudo
A pesquisa "A cabeça do brasileiro sobre a mudança do clima – estratégias de comunicação” revelou que, enquanto a maioria dos brasileiros acredita na existência das mudanças climáticas e na responsabilidade humana por elas, a população está dividida quanto à gravidade da crise. Cerca de 44% dos entrevistados demonstram ceticismo, duvidando que as mudanças climáticas terão um impacto negativo significativo em suas vidas.
O estudo destaca que o principal fator que influencia a aceitação dessas crenças é a percepção do consenso científico, enquanto o ceticismo climático é mais prevalente entre indivíduos com um perfil psicológico mais individualista. Este ceticismo, diferentemente do padrão observado nos Estados Unidos e na Europa, não se limita à direita política, estando presente também na esquerda.
Além disso, o ceticismo quanto à severidade da crise climática é mais comum no Brasil do que em outros países latino-americanos, como Argentina, Chile e Colômbia. A pesquisa tem implicações importantes para a formulação de políticas públicas, sugerindo que, para engajar os cidadãos mais céticos, é crucial comunicar as mensagens pró-clima de forma que envolva o setor privado e figuras com autoridade moral, como empresários e operadores do mercado financeiro, especialmente em um contexto de baixa confiança nas instituições públicas.
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