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Ideias que transformam: Pesquisa de ex-aluna avalia melhor performance na gestão de riscos climáticos 

“Usamos como métrica de performance climática utilizamos a pontuação do CDP e a intensidade de carbono, e como proxy para performance financeira consideramos retorno (ROA), o valor da empresa (Price-to-Book) e a liquidez (Cotação de Spread)”, disse ela.

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Ideias que transformam: Pesquisa de ex-aluna avalia melhor performance na gestão de riscos climáticos 

O mestrado na prática é uma oportunidade única para os profissionais que buscam aprimorar suas habilidades e conhecimentos em suas áreas de atuação. Foi isso que Rebeca Lima, ex-aluna do Mestrado Profissional em Finanças e Economia da Escola de Economia de São Paulo (FGV EESP) fez em sua dissertação, ao avaliar se uma melhor performance na gestão de riscos climáticos pelas empresas estava atrelada a um bom desempenho financeiro. 

Usamos como métrica de performance climática utilizamos a pontuação do CDP e a intensidade de carbono, e como proxy para performance financeira consideramos retorno (ROA), o valor da empresa (Price-to-Book) e a liquidez (Cotação de Spread), disse Rebeca.

A possibilidade de aplicar os conhecimentos adquiridos em situações reais também contribui para o desenvolvimento de soluções inovadoras e para a geração de impacto positivo em suas respectivas áreas de atuação. Rebeca além de ter trabalhado toda a sua carreira com política climática, atualmente atua há quase oito anos em uma organização sem fins lucrativos sendo  a maior plataforma de dados ambientais corporativos do mundo, CDP – Disclosure Insight Action

Veja abaixo a entrevista completa, com a ex-aluna sobre a sua pesquisa e as aplicações na prática.  

Qual o impacto na sociedade?  

Os resultados do trabalho incentivam empresas a implementarem boas práticas de gestão de riscos e oportunidades climáticos ao demonstrar que existe uma correlação positiva entre uma melhor performance climática e retorno. Isso se faz de extrema relevância no cenário atual de enfrentamento às mudanças climáticas, no qual precisamos redirecionar os investimentos para uma economia verdadeiramente sustentável e climaticamente resiliente. 

Por que você escolheu esse objeto?  

Já trabalhava há anos com sustentabilidade corporativa, finanças sustentáveis e política climática, pois acredito que é responsabilidade social das corporações gerarem valor para os stakeholders, tanto quanto para os acionistas, ao mesmo tempo que fomentam uma economia sustentável que proteja as pessoas e o planeta. No entanto gostaria de entender se, para além do papel social das corporações, também haveriam incentivos financeiros decorrentes da implementação dessas boas práticas. 

Qual a sua ligação com o tema?  

Além de ter trabalhado toda a minha carreira com política climática, atuo há quase oito anos em uma organização sem fins lucrativos que é a maior plataforma de dados ambientais corporativos do mundo, CDP – Disclosure Insight Action. Nós coletamos dados climáticos e ambientais de mais de 24 mil organizações em todo o mundo e compartilhamos instituições financeiras, empresas e governos para possibilitar uma tomada de decisão informada e convergente com uma economia mais sustentável. 

Quais os resultados?  

Os resultados do ROA mostram uma relação positiva e linear tanto para a pontuação do CDP quanto para a intensidade de carbono, indicando que as melhorias no desempenho climático estão associadas a um aumento na lucratividade. Encontramos uma relação “em forma de U” para o CDP Score e o valor da empresa e uma relação linear positiva para Score e liquidez do CDP, sugerindo impactos positivos de uma boa gestão climática mesmo em métricas baseadas no mercado. Ainda assim, para o valor da empresa, somente após um nível mínimo de boa gestão se observa essa relação positiva. Em relação ao valor da empresa e à liquidez, foi encontrada uma “forma de U invertido” ou uma relação linear negativa para a intensidade de carbono.  

Como foi receber o prêmio?  

Recebi o segundo lugar do prêmio CFA Society de Dissertações em 2021. Fiquei muito feliz e honrada com o reconhecimento do meu trabalho e das contribuições derivadas dele para a sociedade. Além disso, demonstra uma crescente e concreta demanda do setor financeiro por informações e estudos científicos sobre os efeitos financeiros de práticas corporativas que impactam ou são impactados pelas mudanças climáticas. Incorporar essas informações nas análises financeiras para mitigar riscos e redirecionar o fluxo de capitais para uma economia mais sustentável e resiliente às mudanças climáticas é imperativo no atual cenário de emergência climática que nos encontramos. Assim, é extremamente positivo que uma organização reconhecida como o CFA Society esteja atenta e incentivando produções científicas nessa linha. 

Veja abaixo o vídeo:

URL Vídeo remoto


Para saber mais sobre o Mestrado Profissional em Finanças e Economia da Escola de Economia de São Paulo (FGV EESP), acesse o site.  

Essa matéria faz parte da série Ideias que Transformam

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