IGP-10 varia 0,72% em agosto de 2024
No mês anterior, a taxa havia sido 0,45%. Com esse resultado, o índice acumula alta de 2,36% no ano e de 4,26% em 12 meses

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) variou 0,72% em agosto. No mês anterior, a taxa havia sido 0,45%. Com esse resultado, o índice acumula alta de 2,36% no ano e de 4,26% em 12 meses. Em agosto de 2023, o índice caíra 0,13% no mês e acumulava queda de 7,37% em 12 meses.
"O reajuste dos combustíveis autorizado pela Petrobras em 09/07 foi integralmente refletido no IGP-10, impactando tanto o IPA quanto o IPC, com a gasolina emergindo como a principal influência em ambos os índices. Esse fator foi determinante para a aceleração observada. No mesmo sentido, a aceleração do INCC deve-se ao aumento da taxa do grupo materiais, equipamentos e serviços", destacou André Braz, economista do FGV IBRE.
Qual o valor do IGP-10 acumulado em 12 meses?
O índice acumulado é de 4,26% em 12 meses.
Mês de referência | Evolução Mensal | Acumulado 12 meses |
---|---|---|
ago/24 | 0,72% | 4,26% |
jul/24 | 0,45% | 3,38% |
jun/24 | 0,83% | 1,79% |
mai/24 | 1,08% | -1,27% |
abr/24 | -0,33% | -3,81% |
mar/24 | -0,17% | -4,05% |
fev/24 | -0,65% | -3,84% |
jan/24 | 0,42% | -3,20% |
dez/23 | 0,62% | -3,56% |
nov/23 | 0,52% | -3,81% |
out/23 | 0,52% | -4,88% |
set/23 | 0,18% | -6,35% |
ago/23 | -0,13% | -7,37% |
Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)
Em agosto, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) observou uma alta de 0,84%, superior à taxa registrada no mês anterior, de 0,49%. Analisando os estágios de processamento mais detalhadamente, nota-se que os preços dos Bens Finais variaram 0,09% em agosto, apresentando pequeno acréscimo em relação ao mês anterior, quando registrou taxa de 0,07%. Esse movimento foi influenciado principalmente pelo subgrupo de combustíveis para o consumo, que viu sua taxa variar de 0,73% para 6,56%. Por outro lado, o índice relativo a Bens Finais (ex), com exceção dos subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,25% em agosto, contra 0,49% observado no mês precedente.
No grupo de Bens Intermediários, a taxa variou de 0,44% em julho para 1,26% em agosto. Esse comportamento foi impulsionado pela alta nos preços do subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção, que passou de 0,24% para 2,20%. Excluindo-se o impacto do subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção, o índice de Bens Intermediários (ex) registrou aumento de 1,09% em agosto, superior à alta de 0,48% observada no mês anterior.
A taxa do grupo Matérias-Primas Brutas passou de 0,96% em julho para 1,12% em agosto. As principais contribuições para o avanço desse grupo partiram dos seguintes itens: bovinos (-0,88% para 2,67%), cana-de-açúcar (0,21% para 1,85%) e aves (-2,90% para 1,03%). Em sentido oposto, os movimentos mais relevantes ocorreram nos seguintes itens: soja em grão (1,96% para -0,26%), minério de ferro (-0,60% para -1,68%) e café em grão (9,42% para 5,23%).
Índice de Preços ao Consumidor (IPC)
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,33% em agosto. Em julho, o índice variara 0,24%. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Transportes (0,28% para 1,52%), Educação, Leitura e Recreação (0,67% para 1,88%), Habitação (0,14% para 0,31%), Despesas Diversas (0,95% para 1,34%) e Comunicação (0,08% para 0,30%). As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: gasolina (0,52% para 4,56%), passagem aérea (3,53% para 11,21%), gás de bujão (-0,11% para 1,50%), cigarros (0,02% para 1,00%) e mensalidade para TV por assinatura (0,22% para 1,64%).
Em contrapartida, os grupos Alimentação (-0,12% para -1,32%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,41% para -0,01%) e Vestuário (0,18% para -0,18%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: hortaliças e legumes (-3,14% para -15,28%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,75% para -1,02%) e roupas (0,12% para -0,27%).
Índice Nacional de Custo da Construção (INCC)
Em agosto, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou variação de 0,59%, mostrando uma discreta aceleração em relação à taxa de 0,54% registrada no mês anterior. Analisando os componentes do INCC, observam-se movimentações distintas entre os grupos. Materiais e Equipamentos apresentaram alta significativa, passando de um crescimento de 0,38% em julho para 0,69% em agosto. No mesmo sentido, Serviços, que havia variado 0,08% em julho, subiu 0,62% em agosto. Já a Mão de Obra obteve uma desaceleração significativa, passando de 0,83% em julho para 0,47% em agosto.
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O que é o IGP-10?
O IGP-10 é uma das versões do Índice Geral de Preços (IGP) do Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE). Registra a inflação de todos os segmentos desde matérias-primas agrícolas e industriais utilizadas pelos produtores até bens e serviços finais demandados pelos consumidores.
Como é calculado?
O índice mede a evolução dos preços no período compreendido entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10 do mês atual. Ele é uma média ponderada de outros três índices:
- IPA-10 (Índice de Preços ao Produtor Amplo – 10), com peso aproximado de 60%;
- IPC-10 (Índice de Preços ao Consumidor – 10), com peso aproximado de 30%;
- INCC-10 (Índice Nacional de Custo da Construção – 10), com peso aproximado de 10%.
Quais as diferenças entre o IGP-10, INCC-M e IGP-M?
O IGP-10 e o IGP-M são essencialmente o mesmo índice, sendo diferenciados apenas pelo período de apuração da variação de preços: enquanto o IGP-10 apura as variações entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10 do mês atual, o IGP-M apura entre o dia 21 do mês anterior e o dia 20 do mês atual. Já o INCC-M é um componente do IGP-M, do mesmo modo que o INCC-10 é componente do IGP-10.
Qual o público-alvo?
Como o IGP-10 é um índice múltiplo, seus componentes possuem públicos-alvo diferentes: o IPA-10 abrange os produtores dos setores agropecuário e da indústria de transformação; o IPC-10 abrange a cesta das famílias com renda de 1 a 33 salários-mínimos; e o INCC-10 abrange o setor da construção de imóveis residenciais.
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