IGP-10 varia 0,05% em março de 2023
O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) variou 0,05% em março. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,02%. Com esse resultado, o índice acumula alta de 0,12% no ano e de 1,12% em 12 meses. Em março de 2022, o índice subira 1,18% no mês e acumulava elevação de 14,63% em 12 meses.
“No índice ao produtor, a principal contribuição para a taxa negativa partiu dos Produtos Industriais (de 0,10% para -0,32%), sob influência de Produtos Derivados de Petróleo e Biocombustíveis (de -1,07% para -2,33%), Produtos Alimentícios (de -0,89% para -1,24%) e Produtos Químicos (-1,58% para -1,69%), grupos que registraram recuos mais fortes em suas taxas de variação. Tais movimentos permitiram que a taxa acumulada em 12 meses do IPA alcançasse o menor patamar desde março de 2018, quando caíra 1,56%”, afirma André Braz, coordenador dos Índices de Preços.
Qual o valor do IGP-10 acumulado em 12 meses?
O índice acumula alta de 0,12% no ano e de 1,12% em 12 meses. Em março de 2022, o índice subira 1,18% no mês e acumulava elevação de 14,63% em 12 meses.
Mês de referência | Evolução Mensal | Acumulado 12 meses |
---|---|---|
mar/23 | 0,05% | 1,12% |
fev/23 | 0,02% | 2,26% |
jan/23 | 0,05% | 4,27% |
dez/22 | 0,36% | 6,08% |
nov/22 | -0,59% | 5,55% |
out/22 | -1,04% | 7,44% |
set/22 | -0,90% | 8,24% |
ago/22 | -0,69% | 8,82% |
jul/22 | 0,60% | 10,87% |
jun/22 | 0,74% | 10,40% |
mai/22 | 0,10% | 12,13% |
abr/22 | 2,48% | 15,65% |
mar/22 | 1,18% | 14,63% |
Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,07% em março. No mês anterior, o índice havia registrado taxa de -0,14%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram de 0,20% em fevereiro para 0,31% em março. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de -0,04% para 5,68%. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, caiu 0,35% em março. No mês anterior, a taxa foi de 0,04%.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de -0,65% em fevereiro para -1,25% em março. A principal contribuição para intensificar a queda do grupo partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -1,23% para -4,83%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 0,53% em março, repetindo a taxa do mês anterior.
O índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de 0,10% em fevereiro para 0,88% em março. As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: café em grão (2,70% para 8,36%), soja em grão (-3,34% para -2,45%) e suínos (-4,86% para 9,43%). Em sentido descendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos seguintes itens: leite in natura (4,08% para 1,46%), milho em grão (0,53% para -0,94%) e arroz em casca (4,23% para -0,96%).
Índice de Preços ao Consumidor (IPC)
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,47% em março. Em fevereiro, o índice variara 0,55%. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (1,51% para -1,04%), Despesas Diversas (1,77% para 0,18%), Alimentação (0,23% para 0,00%) e Comunicação (0,99% para 0,52%). As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: cursos formais (4,77% para 0,00%), serviços bancários (2,76% para 0,00%), frutas (2,96% para 0,55%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (2,57% para 0,19%).
Em contrapartida, os grupos Transportes (0,52% para 1,24%), Habitação (0,32% para 0,81%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,45% para 0,87%) e Vestuário (-0,30% para 0,25%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: gasolina (-0,15% para 2,89%), aluguel residencial (-0,55% para 3,43%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,13% para 1,66%) e roupas (-0,47% para 0,21%).
Índice Nacional de Custo da Construção (INCC)
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,12% em março. No mês anterior a taxa foi de 0,33%. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de fevereiro para março: Materiais e Equipamentos (0,01% para -0,05%), Serviços (0,82% para 0,89%) e Mão de Obra (0,52% para 0,14%).
O estudo completo está disponível no site.
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O que é o IGP-10?
O IGP-10 é uma das versões do Índice Geral de Preços (IGP) do Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE). Registra a inflação de todos os segmentos desde matérias-primas agrícolas e industriais utilizadas pelos produtores até bens e serviços finais demandados pelos consumidores.
Como é calculado?
O índice mede a evolução dos preços no período compreendido entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10 do mês atual. Ele é uma média ponderada de outros três índices:
- IPA-10 (Índice de Preços ao Produtor Amplo – 10), com peso aproximado de 60%;
- IPC-10 (Índice de Preços ao Consumidor – 10), com peso aproximado de 30%;
- INCC-10 (Índice Nacional de Custo da Construção – 10), com peso aproximado de 10%.
Quais as diferenças entre o IGP-10, INCC-M e IGP-M?
O IGP-10 e o IGP-M são essencialmente o mesmo índice, sendo diferenciados apenas pelo período de apuração da variação de preços: enquanto o IGP-10 apura as variações entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10 do mês atual, o IGP-M apura entre o dia 21 do mês anterior e o dia 20 do mês atual. Já o INCC-M é um componente do IGP-M, do mesmo modo que o INCC-10 é componente do IGP-10.
Qual o público-alvo?
Como o IGP-10 é um índice múltiplo, seus componentes possuem públicos-alvo diferentes: o IPA-10 abrange os produtores dos setores agropecuário e da indústria de transformação; o IPC-10 abrange a cesta das famílias com renda de 1 a 33 salários-mínimos; e o INCC-10 abrange o setor da construção de imóveis residenciais.
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