IGP-10 sobe 0,18% em setembro de 2024
O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 0,18% em setembro, desacelerando em relação à alta de 0,72% registrada no mês anterior. Com esse resultado, o índice acumula aumento de 2,54% no ano e de 4,25% nos últimos 12 meses. Em setembro de 2023, o IGP-10 havia registrado a mesma variação mensal de 0,18%, porém acumulava uma queda de 6,35% no período de 12 meses.
"O índice de preços ao produtor apresentou desaceleração significativa entre agosto e setembro. As principais commodities, como soja e minério de ferro, que têm maior peso no índice, registraram quedas nos preços. No lado do consumidor, ainda sob os efeitos de agosto, os grupos Alimentação e Habitação também mostraram desaceleração, mas esse movimento deve se inverter nas próximas edições do IGP. Já na construção civil, o índice continua acelerando, impulsionado pelos reajustes salariais captados pelo grupo mão de obra", destacou André Braz, economista do FGV IBRE.
Qual o valor do IGP-10 acumulado em 12 meses?
O índice acumulado é de 4,25% em 12 meses.
Mês de referência | Evolução Mensal | Acumulado 12 meses |
---|---|---|
set/24 | 0,18% | 4,25% |
ago/24 | 0,72% | 4,26% |
jul/24 | 0,45% | 3,38% |
jun/24 | 0,83% | 1,79% |
mai/24 | 1,08% | -1,27% |
abr/24 | -0,33% | -3,81% |
mar/24 | -0,17% | -4,05% |
fev/24 | -0,65% | -3,84% |
jan/24 | 0,42% | -3,20% |
dez/23 | 0,62% | -3,56% |
nov/23 | 0,52% | -3,81% |
out/23 | 0,52% | -4,88% |
set/23 | 0,18% | -6,35% |
Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)
Em setembro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) registrou alta de 0,14%, desacelerando em relação à taxa de 0,84% observado no mês anterior. Ao analisar os estágios de processamento com mais detalhe, os preços dos Bens Finais apresentaram variação de 0,60% no mês, um aumento em comparação com a taxa de 0,09% registrada em agosto. Esse movimento foi impulsionado principalmente pelo subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de -6,21% para -0,96%. Já o índice de Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,78% em setembro, frente à alta de 0,25% no mês anterior.
No grupo de Bens Intermediários, a taxa variou de 1,26% em agosto para 0,60% em setembro. Esse comportamento foi impulsionado pela queda nos preços do subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção, que passou de 2,20% para -1,72%. Excluindo-se o impacto do subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção, o índice de Bens Intermediários (ex) registrou aumento de 1,01% em setembro, ligeiramente inferior à alta de 1,09% observada no mês anterior.
A taxa do grupo Matérias-Primas Brutas passou de 1,12% em agosto para -0,86% em setembro. As principais contribuições para o recuo desse grupo partiram dos seguintes itens: minério de ferro (-1,68% para -8,41%), café em grão (5,23% para 1,10%) e cana-de-açúcar (1,85% para 0,04%). Em sentido oposto, os movimentos mais relevantes ocorreram nos seguintes itens: laranja (5,52% para 10,64%), aves (1,03% para 2,03%) e bovinos (2,67% para 2,83%).
Índice de Preços ao Consumidor (IPC)
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,02% em setembro. Em agosto o índice variara 0,33%. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: Transportes (1,52% para 0,13%), Educação, Leitura e Recreação (1,88% para -0,10%), Despesas Diversas (1,34% para 0,66%), Habitação (0,31% para 0,23%), Comunicação (0,30% para -0,11%) e Vestuário (-0,18% para -0,23%). As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: gasolina (4,56% para 0,24%), passagem aérea (11,21% para -1,29%), serviços bancários (2,16% para 0,62%), gás de bujão (1,50% para 0,73%), mensalidade para internet (1,83% para 0,00%) e serviços do vestuário (2,29% para 0,49%).
Em contrapartida, os grupos Alimentação (-1,32% para -0,43%) e Saúde e Cuidados Pessoais (-0,01% para 0,18%) apresentaram avanço em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: frutas (-2,08% para 6,79%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (-1,02% para -0,30%).
Índice Nacional de Custo da Construção (INCC)
Em setembro, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou alta de 0,79%, mostrando uma aceleração em relação à taxa de 0,59% registrada no mês anterior. Analisando os componentes do INCC, observam-se movimentações distintas entre os grupos. Materiais e Equipamentos apresentaram alta, passando de um crescimento de 0,69% em agosto para 0,83% em setembro. No sentido oposto, Serviços, que havia subido 0,62% em agosto, variou 0,31% em setembro. Já a Mão de Obra obteve uma aceleração significativa, passando de 0,47% em agosto para 0,80% em setembro.
O resultado completo está disponível no site.
Acesse aqui o material Complementar.
O que é o IGP-10?
O IGP-10 é uma das versões do Índice Geral de Preços (IGP) do Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE). Registra a inflação de todos os segmentos desde matérias-primas agrícolas e industriais utilizadas pelos produtores até bens e serviços finais demandados pelos consumidores.
Como é calculado?
O índice mede a evolução dos preços no período compreendido entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10 do mês atual. Ele é uma média ponderada de outros três índices:
IPA-10 (Índice de Preços ao Produtor Amplo – 10), com peso aproximado de 60%;
IPC-10 (Índice de Preços ao Consumidor – 10), com peso aproximado de 30%;
INCC-10 (Índice Nacional de Custo da Construção – 10), com peso aproximado de 10%.
Quais as diferenças entre o IGP-10, INCC-M e IGP-M?
O IGP-10 e o IGP-M são essencialmente o mesmo índice, sendo diferenciados apenas pelo período de apuração da variação de preços: enquanto o IGP-10 apura as variações entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10 do mês atual, o IGP-M apura entre o dia 21 do mês anterior e o dia 20 do mês atual. Já o INCC-M é um componente do IGP-M, do mesmo modo que o INCC-10 é componente do IGP-10.
Qual o público-alvo?
Como o IGP-10 é um índice múltiplo, seus componentes possuem públicos-alvo diferentes: o IPA-10 abrange os produtores dos setores agropecuário e da indústria de transformação; o IPC-10 abrange a cesta das famílias com renda de 1 a 33 salários-mínimos; e o INCC-10 abrange o setor da construção de imóveis residenciais.
Calendário de divulgação
- Janeiro: 17/01/2024
- Fevereiro: 16/02/2024
- Março: 18/03/2024
- Abril: 16/04/2024
- Maio: 16/05/2024
- Junho: 17/06/2024
- Julho: 17/07/2024
- Agosto: 16/08/2024
- Setembro: 17/09/2024
- Outubro: 17/10/2024
- Novembro: 14/11/2024
- Dezembro: 13/12/2024
Confira todos os resultados do IGP-10 em 2024.
Confira também o calendário do ano anterior:
Notícias relacionadas
- Economia27/09/2024
- Economia25/09/2024
- Economia25/09/2024