IGP-DI cai 1,01% em abril de 2023
O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) caiu 1,01% em abril. No mês anterior, a taxa havia sido de -0,34%. Com este resultado, o índice acumula variação de -1,26% no ano e de -2,57% em 12 meses. Em abril de 2022, o índice havia subido 0,41% e acumulava elevação de 13,53% em 12 meses.
“A redução nos preços registrada por grandes commodities, como: soja (de -5,66% para -9,89%), minério de ferro (de 3,45% para -7,94%) e milho (de -1,59% para -8,06%) contribuiu para o aprofundamento da deflação registrada pelo IPA, cuja taxa passou de -0,71% para -1,56%. No âmbito do consumidor, a taxa desacelerou de 0,74% para 0,50% em função do comportamento da gasolina, cuja variação passou de 8,66% para -0,38%. Na construção civil, os preços avançaram 0,14%, ante 0,30% no mês anterior, dado o comportamento da mão de obra que não variou em abril”, afirma André Braz, coordenador dos Índices de Preços.
Qual o valor do IGP-DI acumulado em 12 meses?
Com este resultado, o índice acumula variação de -1,26% no ano e de -2,57% em 12 meses.
Mês de referência | Evolução Mensal | Acumulado 12 meses |
---|---|---|
abr/23 | -1,01% | -2,57% |
mar/23 | -0,34% | -1,16% |
fev/23 | 0,04% | 1,53% |
jan/23 | 0,06% | 3,01% |
dez/22 | 0,31% | 5,03% |
nov/22 | -0,18% | 6,02% |
out/22 | -0,62% | 5,59% |
set/22 | -1,22% | 7,94% |
ago/22 | -0,55% | 8,67% |
jul/22 | -0,38% | 9,13% |
jun/22 | 0,62% | 11,12% |
mai/22 | 0,69% | 10,56% |
abr/22 | 0,41% | 13,53% |
Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 1,56% em abril. No mês anterior, o índice havia apresentado queda de 0,71%. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de 0,18% em março para 0,77% em abril. O principal responsável pela aceleração da taxa foi o item combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de -2,81% para 0,40%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 0,54% em abril, contra alta de 0,21% em março.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de -1,78% em março para -0,89% em abril. O principal responsável por esta queda menos intensa foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -5,74% para -2,85%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 0,52% em abril, ante queda de 1,00% no mês anterior.
O estágio das Matérias-Primas Brutas caiu 4,45% em abril, após cair 0,37% em março. Contribuíram para este movimento os seguintes itens: minério de ferro (3,45% para -7,94%), soja em grão (-5,66% para -9,89%) e milho em grão (-1,59% para -8,06%). Em sentido oposto, vale citar, bovinos (-1,35% para 1,84%), arroz em casca (-1,44% para 2,13%) e cana-de-açúcar (-0,02% para 0,51%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,50% em abril, após subir 0,74% em março. Duas das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: Transportes (2,82% para 0,19%) e Habitação (0,94% para 0,48%). As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: gasolina (8,66% para -0,38%) e tarifa de eletricidade residencial (3,30% para 0,30%).
Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (-1,90% para -0,62%), Alimentação (0,15% para 0,67%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,96% para 1,51%), Vestuário (0,11% para 0,52%), Comunicação (0,30% para 0,60%) e Despesas Diversas (0,16% para 0,20%) apresentaram avanço em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: passagem aérea (-9,75% para -3,67%), hortaliças e legumes (-1,83% para 3,41%), medicamentos em geral (0,33% para 3,23%), calçados (-0,12% para 1,13%), tarifa de telefone móvel (0,81% para 1,60%) e tarifa postal (0,18% para 3,34%).
Núcleo do IPC e Índice de Difusão
O núcleo do IPC registrou taxa de 0,35% em abril, ante 0,27% no mês anterior. Dos 85 itens componentes do IPC, 27 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 12 apresentaram taxas abaixo de -0,08%, linha de corte inferior, e 15 registraram variações acima de 0,86%, linha de corte superior. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, ficou em 69,68%, 7,74 pontos percentuais acima do registrado em março, quando o índice foi de 61,94%.
Índice Nacional de Custo da Construção (INCC)
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,14% em abril, ante 0,30% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de março para abril: Materiais e Equipamentos (-0,07% para 0,28%), Serviços (1,04% para 0,30%) e Mão de Obra (0,49% para 0,00%).
O estudo completo está disponível no site.
Acesse aqui o material complementar.
Calendário de Divulgação:
- 07/02/2023 - IGP-DI Janeiro 2023
- 10/03/2023 - IGP-DI Fevereiro 2023
- 10/04/2023 - IGP-DI Março 2023
- 06/05/2023 - IGP-DI Abril 2023
- 07/06/2023 - IGP-DI Maio 2023
- 07/07/2023 - IGP-DI Junho 2023
- 07/08/2023 - IGP-DI Julho 2023
- 06/09/2023 - IGP-DI Agosto 2023
- 06/10/2023 - IGP-DI Setembro 2023
- 08/11/2023 - IGP-DI Outubro 2023
- 06/12/2023 - IGP-DI Novembro 2023
- 05/01/2024 - IGP-DI Dezembro 2023
Confira todos os resultados do IGP-DI em 2023.
O que é o IGP-DI?
O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE), é um indicador do movimento de preços que há mais de seis décadas serve às comunidades econômicas nacional e internacional como termômetro de inflação no Brasil.
Para que serve?
O IGP-DI está estruturado para captar o movimento geral de preços através de pesquisa realizada nas áreas de cobertura de cada componente, durante o mês calendário, isto é, do primeiro ao último dia do mês de referência. Nessa pesquisa, cobre-se todo o processo produtivo, desde preços de matérias-primas agrícolas e industriais, passando pelos preços de produtos intermediários até os de bens e serviços finais.
Como é utilizado?
Do ponto de vista da utilização, o propósito inicial do IGP era indicar as fases do ciclo econômico, deflacionando a antiga série de evolução dos negócios. Mais adiante, o IGP-DI teve seu papel de deflator estendido às Contas Nacionais. Com a introdução da correção monetária no Brasil, em 1964, intensificou-se a utilização desse índice em diferentes operações financeiras, especialmente reajustes contratuais.
Além de indicador econômico, o IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. O IGP-DI também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral. É natural, portanto, que haja por parte dos usuários o interesse em conhecer, em profundidade, os aspectos relacionados à metodologia de cálculo deste índice.
Como é calculado?
Quando da inclusão do ICC no cálculo do IGP-DI, convencionou-se que os pesos de cada índice componente corresponderiam a parcelas da despesa interna bruta, calculadas com base nas Contas Nacionais. Daí resultou a seguinte distribuição: 60% para o IPA, 30% para o IPC e 10% para o ICC (INCC).
A escolha destes pesos tem a seguinte explicação:
- Os 60% representados pelo IPA-DI equivalem ao valor adicionado pela produção de bens agropecuários e industriais, nas transações comerciais em nível de produtor;
- Os 30% de participação do IPC-DI equivalem ao valor adicionado pelo setor varejista e pelos serviços de consumo;
- Quanto aos 10% complementares, representados pelo INCC-DI, equivalem ao valor adicionado pela indústria da construção civil.
Diferença entre IGP-DI, IGP-M e IGP-10
O IGP-DI é uma das denominações do IGP. O que muda entre o IGP-DI, o IGP-10 e o IGP-M (e suas prévias) é o período de apuração do índice.
- IGP–M, pesquisado entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência;
- IGP–10, entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência;
- IGP–DI, entre o 1º e o último dia do mês de referência;
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