IGP-DI sobe 0,72% em abril
O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,72% em abril. No mês de março, a taxa havia sido de -0,30%. Com este resultado, o índice acumula queda de -0,26% no ano e de -2,32% em 12 meses. Em abril de 2023, o índice havia variado -1,01% e acumulava queda de -2,57% em 12 meses.
"Nesta apuração, o índice ao produtor mostrou aceleração nos preços de commodities importantes, como soja, café e minério de ferro, sendo a primeira, a principal responsável pelo aumento da taxa do IPA. No âmbito do consumidor, os destaques foram gasolina e alimentos in natura, especialmente mamão e tomate. Por fim, no INCC, a principal contribuição veio da mão de obra, que registrou um avanço de 0,81% em abril e acumula alta de 7,15% nos últimos 12 meses". Estas observações foram destacadas por André Braz, coordenador dos Índices de Preços.
Qual o valor do IGP-DI acumulado em 12 meses?
Com este resultado, o índice acumula queda de -0,26% no ano e de -2,32% em 12 meses.
Mês de referência | Evolução Mensal | Acumulado 12 meses |
---|---|---|
abr/24 | 0,72% | -2,32% |
mar/24 | -0,30% | -4,00% |
fev/24 | -0,41% | -4,04% |
jan/24 | -0,27% | -3,61% |
dez/23 | 0,64% | -3,30% |
nov/23 | 0,50% | -3,62% |
out/23 | 0,51% | -4,27% |
set/23 | 0,45% | -5,34% |
ago/23 | 0,05% | -6,91% |
jul/23 | -0,40% | -7,47% |
jun/23 | -1,45% | -7,44% |
mai/23 | -2,33% | -5,49% |
abr/23 | -1,01% | -2,57% |
Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,84% em abril. No mês anterior, o índice havia registrado queda de 0,50%. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de -0,23% em março para -0,04% em abril. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja variação passou de -0,85% para 0,62%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 0,52% em abril, contra queda de 0,29% em março.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 0,68% em março para 0,62% em abril. O principal responsável pelo recuo da taxa do grupo foi o subgrupo suprimentos, cuja taxa passou de 1,10% para -0,44%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 0,55% em abril, após alta de 0,61%, no mês anterior.
O estágio das Matérias-Primas Brutas subiu 2,06% em abril, após queda de 2,15% em março. Contribuíram para este movimento os seguintes itens: minério de ferro (-14,37% para 3,68%), soja em grão (2,71% para 5,07%) e café em grão (0,72% para 16,05%). Em sentido oposto, vale citar os seguintes itens: laranja (8,39% para -5,47%), cana-de-açúcar (0,51% para -1,92%) e algodão em caroço (3,50% para -4,78%).
Índice de Preços ao Consumidor (IPC)
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,42% em abril. Em março, o índice variara 0,10%. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (-2,22% para -1,24%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,32% para 0,87%), Alimentação (0,56% para 0,90%), Transportes (0,21% para 0,52%), Comunicação (-0,31% para 0,57%) e Vestuário (-0,03% para 0,02%). As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: passagem aérea (-12,03% para -8,07%), medicamentos em geral (-0,20% para 3,87%), hortaliças e legumes (-0,54% para 7,44%), gasolina (0,35% para 1,04%), tarifa de telefone móvel (-0,22% para 2,15%) e serviços do vestuário (-1,58% para -0,80%).
Em contrapartida, os grupos Habitação (0,53% para 0,42%) e Despesas Diversas (0,42% para 0,13%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: aluguel residencial (2,61% para 1,52%) e serviços bancários (0,74% para 0,06%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,52% em abril, ante 0,28% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de março para abril: Materiais e Equipamentos (0,18% para 0,32%), Serviços (0,25% para 0,30%) e Mão de Obra (0,42% para 0,81%).
Núcleo do IPC e Índice de Difusão
O núcleo do IPC registrou taxa de 0,26% em abril, 0,01 ponto percentual abaixo do resultado apurado no mês anterior, de 0,27%. Dos 85 itens componentes do IPC, 37 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 26 apresentaram taxas abaixo de 0,01%, linha de corte inferior, e 11 registraram variações acima de 0,53%, linha de corte superior. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, ficou em 56,45%, 0,32 ponto percentual abaixo do registrado em março, quando o índice foi de 56,77%.
O estudo completo está disponível no site.
Acesse aqui o material complementar.
Calendário de Divulgação
- 06/02/2024 - IGP-DI Janeiro 2024
- 07/03/2023 - IGP-DI Fevereiro 2024
- 05/04/2024 - IGP-DI Março 2024
- 08/05/2024 - IGP-DI Abril 2024
- 07/06/2024 - IGP-DI Maio 2024
- 07/07/2024 - IGP-DI Junho 2024
- 06/08/2024 - IGP-DI Julho 2024
- 06/09/2024 - IGP-DI Agosto 2024
- 06/10/2024 - IGP-DI Setembro 2024
- 06/11/2024 - IGP-DI Outubro 2024
- 07/12/2024 - IGP-DI Novembro 2024
- 07/01/2025 - IGP-DI Dezembro 2024
Confira todos os resultados do IGP-DI em 2024.
Resultados 2023:
Confira todos os resultados do IGP-DI em 2023.
O que é o IGP-DI?
O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getulio Vargas (FGV), é um indicador do movimento de preços que há mais de seis décadas serve às comunidades econômicas nacional e internacional como termômetro de inflação no Brasil.
Para que serve?
O IGP-DI está estruturado para captar o movimento geral de preços através de pesquisa realizada nas áreas de cobertura de cada componente, durante o mês calendário, isto é, do primeiro ao último dia do mês de referência. Nessa pesquisa, cobre-se todo o processo produtivo, desde preços de matérias-primas agrícolas e industriais, passando pelos preços de produtos intermediários até os de bens e serviços finais.
Como é utilizado?
Do ponto de vista da utilização, o propósito inicial do IGP era indicar as fases do ciclo econômico, deflacionando a antiga série de evolução dos negócios. Mais adiante, o IGP-DI teve seu papel de deflator estendido às Contas Nacionais. Com a introdução da correção monetária no Brasil, em 1964, intensificou-se a utilização desse índice em diferentes operações financeiras, especialmente reajustes contratuais.
Além de indicador econômico, o IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. O IGP-DI também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral. É natural, portanto, que haja por parte dos usuários o interesse em conhecer, em profundidade, os aspectos relacionados à metodologia de cálculo deste índice.
Como é calculado?
Quando da inclusão do ICC no cálculo do IGP-DI, convencionou-se que os pesos de cada índice componente corresponderiam a parcelas da despesa interna bruta, calculadas com base nas Contas Nacionais. Daí resultou a seguinte distribuição: 60% para o IPA, 30% para o IPC e 10% para o ICC (INCC).
A escolha destes pesos tem a seguinte explicação:
- Os 60% representados pelo IPA-DI equivalem ao valor adicionado pela produção de bens agropecuários e industriais, nas transações comerciais em nível de produtor;
- Os 30% de participação do IPC-DI equivalem ao valor adicionado pelo setor varejista e pelos serviços de consumo;
- Quanto aos 10% complementares, representados pelo INCC-DI, equivalem ao valor adicionado pela indústria da construção civil.
Diferença entre IGP-DI, IGP-M e IGP-10
O IGP-DI é uma das denominações do IGP. O que muda entre o IGP-DI, o IGP-10 e o IGP-M (e suas prévias) é o período de apuração do índice.
- IGP–M, pesquisado entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência;
- IGP–10, entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência;
- IGP–DI, entre o 1º e o último dia do mês de referência;
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