IGP-DI varia 0,05% em agosto de 2023
O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) variou 0,05% em agosto. No mês anterior, a taxa havia sido de -0,40%. Com este resultado, o índice acumula variação de -5,30% no ano e de -6,91% em 12 meses. Em agosto de 2022, o índice havia caído 0,55% e acumulava elevação de 8,67% em 12 meses.
“Combustíveis e alimentos influenciaram os resultados do IPA e do IPC. O reajuste dos preços do Diesel (de 0,00% para 13,29%) e da gasolina (de -7,46% para 8,36%) permitiram que a variação do índice ao produtor registrasse aceleração passando de -0,61% para 0,10%. No âmbito do consumidor, a queda mais acentuada do grupo alimentação (de -0,36% para -0,84%) fez com que o índice voltasse a registrar deflação”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
Qual o valor do IGP-DI acumulado em 12 meses?
Com este resultado, o índice acumula variação de -5,30% no ano e de -6,91% em 12 meses.
Mês de referência | Evolução Mensal | Acumulado 12 meses |
---|---|---|
ago/23 | 0,05% | -6,91% |
jul/23 | -0,40% | -7,47% |
jun/23 | -1,45% | -7,44% |
mai/23 | -2,33% | -5,49% |
abr/23 | -1,01% | -2,57% |
mar/23 | -0,34% | -1,16% |
fev/23 | 0,04% | 1,53% |
jan/23 | 0,06% | 3,01% |
dez/22 | 0,31% | 5,03% |
nov/22 | -0,18% | 6,02% |
out/22 | -0,62% | 5,59% |
set/22 | -1,22% | 7,94% |
ago/22 | -0,55% | 8,67% |
Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,10% em agosto. No mês anterior, o índice havia apresentado queda de 0,61%. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de -1,11% em julho para -0,22% em agosto. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja variação passou de -6,76% para 5,25%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, caiu 0,31% em agosto, após variar -0,42% em julho.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de -0,60% em julho para 0,58% em agosto. O principal responsável por esta alta foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 1,24% para 10,61%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 1,01% em agosto, ante queda de 0,88%, no mês anterior.
O estágio das Matérias-Primas Brutas caiu 0,11% em agosto, contra queda de 0,08% em julho. Contribuíram para este movimento os seguintes itens: bovinos (1,71% para -5,35%), minério de ferro (1,95% para 0,19%) e suínos (4,79% para -0,79%). Em sentido oposto, vale citar os seguintes itens: café em grão (-11,26% para -1,30%), mandioca/aipim (-7,48% para 3,13%) e arroz em casca (0,71% para 6,33%).
Índice de Preços ao Consumidor (IPC)
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) caiu 0,22% em agosto. Em julho o índice variara 0,07%. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (1,33% para -2,76%), Transportes (1,07% para 0,39%), Alimentação (-0,36% para -0,84%), Despesas Diversas (0,48% para -0,06%) e Comunicação (0,04% para 0,03%). As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: passagem aérea (6,20% para -16,33%), gasolina (4,08% para 1,24%), hortaliças e legumes (0,13% para -6,87%), serviços bancários (0,63% para -0,05%) e mensalidade para TV por assinatura (0,22% para 0,00%).
Em contrapartida, os grupos Habitação (-1,06% para 0,51%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,25% para 0,36%) e Vestuário (-0,33% para -0,25%) apresentaram avanço em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: tarifa de eletricidade residencial (-4,64% para 2,42%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,04% para 0,45%) e calçados (-0,29% para -0,11%).
Núcleo do IPC e Índice de Difusão
O núcleo do IPC registrou taxa de 0,19% em agosto, ante 0,22% no mês anterior. Dos 85 itens componentes do IPC, 36 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 29 apresentaram taxas abaixo de -0,07%, linha de corte inferior, e 7 registraram variações acima de 0,56%, linha de corte superior. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, ficou em 47,42%, 6,13 pontos percentuais abaixo do registrado em julho, quando o índice foi de 53,55%.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,17% em agosto, ante 0,10% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de julho para agosto: Materiais e Equipamentos (-0,28% para -0,18%), Serviços (0,85% para 0,25%) e Mão de Obra (0,50% para 0,61%).
O estudo completo está disponível no site.
Acesse aqui o material complementar.
Calendário de Divulgação:
- 07/02/2023 - IGP-DI Janeiro 2023
- 10/03/2023 - IGP-DI Fevereiro 2023
- 10/04/2023 - IGP-DI Março 2023
- 06/05/2023 - IGP-DI Abril 2023
- 07/06/2023 - IGP-DI Maio 2023
- 07/07/2023 - IGP-DI Junho 2023
- 07/08/2023 - IGP-DI Julho 2023
- 06/09/2023 - IGP-DI Agosto 2023
- 06/10/2023 - IGP-DI Setembro 2023
- 08/11/2023 - IGP-DI Outubro 2023
- 06/12/2023 - IGP-DI Novembro 2023
- 05/01/2024 - IGP-DI Dezembro 2023
Confira todos os resultados do IGP-DI em 2023.
O que é o IGP-DI?
O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE), é um indicador do movimento de preços que há mais de seis décadas serve às comunidades econômicas nacional e internacional como termômetro de inflação no Brasil.
Para que serve?
O IGP-DI está estruturado para captar o movimento geral de preços através de pesquisa realizada nas áreas de cobertura de cada componente, durante o mês calendário, isto é, do primeiro ao último dia do mês de referência. Nessa pesquisa, cobre-se todo o processo produtivo, desde preços de matérias-primas agrícolas e industriais, passando pelos preços de produtos intermediários até os de bens e serviços finais.
Como é utilizado?
Do ponto de vista da utilização, o propósito inicial do IGP era indicar as fases do ciclo econômico, deflacionando a antiga série de evolução dos negócios. Mais adiante, o IGP-DI teve seu papel de deflator estendido às Contas Nacionais. Com a introdução da correção monetária no Brasil, em 1964, intensificou-se a utilização desse índice em diferentes operações financeiras, especialmente reajustes contratuais.
Além de indicador econômico, o IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. O IGP-DI também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral. É natural, portanto, que haja por parte dos usuários o interesse em conhecer, em profundidade, os aspectos relacionados à metodologia de cálculo deste índice.
Como é calculado?
Quando da inclusão do ICC no cálculo do IGP-DI, convencionou-se que os pesos de cada índice componente corresponderiam a parcelas da despesa interna bruta, calculadas com base nas Contas Nacionais. Daí resultou a seguinte distribuição: 60% para o IPA, 30% para o IPC e 10% para o ICC (INCC).
A escolha destes pesos tem a seguinte explicação:
- Os 60% representados pelo IPA-DI equivalem ao valor adicionado pela produção de bens agropecuários e industriais, nas transações comerciais em nível de produtor;
- Os 30% de participação do IPC-DI equivalem ao valor adicionado pelo setor varejista e pelos serviços de consumo;
- Quanto aos 10% complementares, representados pelo INCC-DI, equivalem ao valor adicionado pela indústria da construção civil.
Diferença entre IGP-DI, IGP-M e IGP-10
O IGP-DI é uma das denominações do IGP. O que muda entre o IGP-DI, o IGP-10 e o IGP-M (e suas prévias) é o período de apuração do índice.
- IGP–M, pesquisado entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência;
- IGP–10, entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência;
- IGP–DI, entre o 1º e o último dia do mês de referência;
Notícias relacionadas
- Economia17/09/2024
- Economia17/09/2024
- Economia11/09/2024