IGP-DI varia 0,50% em junho de 2024
O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) variou 0,50% em junho. No mês de maio, a taxa havia sido de 0,87%. Com este resultado, o índice acumula alta de 1,11% no ano e de 2,88% em 12 meses. Em junho de 2023, o índice caíra 1,45% e acumulava queda de 7,44% em 12 meses.
"O índice ao produtor antecipa o arrefecimento das pressões sazonais sobre os alimentos in natura, ao mesmo tempo em que mostra a desaceleração na variação dos preços dos alimentos processados. Esses movimentos indicam a redução da influência dos alimentos na inflação ao consumidor, conforme medido pelo IPC, que também registrou desaceleração na taxa de variação do grupo alimentação”, destacou André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
Qual o valor do IGP-DI acumulado em 12 meses?
Com este resultado, o índice acumula alta de 1,11% no ano e de 2,88% em 12 meses.
Mês de referência | Evolução Mensal | Acumulado 12 meses |
---|---|---|
jun/24 | 0,50% | 2,88% |
mai/24 | 0,87% | 0,88% |
abr/24 | 0,72% | -2,32% |
mar/24 | -0,30% | -4,00% |
fev/24 | -0,41% | -4,04% |
jan/24 | -0,27% | -3,61% |
dez/23 | 0,64% | -3,30% |
nov/23 | 0,50% | -3,62% |
out/23 | 0,51% | -4,27% |
set/23 | 0,45% | -5,34% |
ago/23 | 0,05% | -6,91% |
jul/23 | -0,40% | -7,47% |
jun/23 | -1,45% | -7,44% |
Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,55% em junho. No mês anterior, o índice havia registrado alta de 0,97%. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de 0,73% em maio para 0,41% em junho. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja variação passou de 1,92% para 1,14%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 0,50% em junho, contra alta de 0,78% em maio.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 0,88% em maio para 0,45% em junho. O principal responsável pelo recuo da taxa do grupo foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 1,74% para 0,30%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,48% em junho, inferior a alta de 1,26%, no mês anterior.
O estágio das Matérias-Primas Brutas subiu 0,80% em junho, porém com menor intensidade que a alta de 1,33% em maio. Contribuíram para este movimento os seguintes itens: minério de ferro (4,75% para -2,66%), soja (5,01% para 2,69%) e bovinos (-0,65% para -2,15%). Em sentido oposto, vale citar os seguintes itens: café em grão (-0,21% para 11,73%), cacau (-18,95% para 20,10%) e cana-de-açúcar (-1,97% para -0,07%).
Índice de Preços ao Consumidor (IPC)
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,22% em junho, após ter registrado uma variação de 0,53% em maio. Seis das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (0,87% para -0,75%), Habitação (0,41% para 0,13%), Transportes (0,49% para 0,19%), Alimentação (0,72% para 0,50%), Comunicação (0,46% para -0,08%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,67% para 0,57%). As principais contribuições para esse movimento vieram dos seguintes itens: passagem aérea (5,52% para -4,81%), aluguel residencial (1,24% para 0,17%), transporte por aplicativo (8,60% para -7,03%), hortaliças e legumes (5,54% para 1,57%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,96% para -0,29%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (1,66% para 1,44%).
Em contrapartida, os grupos Vestuário (-0,54% para 0,36%) e Despesas Diversas (0,21% para 0,44%) apresentaram avanço em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: roupas (-0,73% para 0,33%) e serviços bancários (0,00% para 0,86%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,71% em junho, ante 0,86% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de maio para junho: Materiais e Equipamentos (0,37% para 0,38%), Serviços (0,54% para 0,20%) e Mão de Obra (1,55% para 1,23%).
Núcleo do IPC e Índice de Difusão
O núcleo do IPC registrou taxa de 0,34% em junho, 0,03 ponto percentual acima do resultado apurado no mês anterior, de 0,31%. Dos 85 itens componentes do IPC, 38 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 28 apresentaram taxas abaixo de 0,06%, linha de corte inferior, e 10 registraram variações acima de 0,63%, linha de corte superior. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, ficou em 54,19%, 7,10 pontos percentuais abaixo do registrado em maio, quando o índice foi de 61,29%.
O estudo completo está disponível no site.
Acesse aqui o material complementar.
Calendário de Divulgação
- 06/02/2024 - IGP-DI Janeiro 2024
- 07/03/2023 - IGP-DI Fevereiro 2024
- 05/04/2024 - IGP-DI Março 2024
- 08/05/2024 - IGP-DI Abril 2024
- 07/06/2024 - IGP-DI Maio 2024
- 07/07/2024 - IGP-DI Junho 2024
- 06/08/2024 - IGP-DI Julho 2024
- 06/09/2024 - IGP-DI Agosto 2024
- 06/10/2024 - IGP-DI Setembro 2024
- 06/11/2024 - IGP-DI Outubro 2024
- 07/12/2024 - IGP-DI Novembro 2024
- 07/01/2025 - IGP-DI Dezembro 2024
Confira todos os resultados do IGP-DI em 2024.
Resultados 2023:
Confira todos os resultados do IGP-DI em 2023.
O que é o IGP-DI?
O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getulio Vargas (FGV), é um indicador do movimento de preços que há mais de seis décadas serve às comunidades econômicas nacional e internacional como termômetro de inflação no Brasil.
Para que serve?
O IGP-DI está estruturado para captar o movimento geral de preços através de pesquisa realizada nas áreas de cobertura de cada componente, durante o mês calendário, isto é, do primeiro ao último dia do mês de referência. Nessa pesquisa, cobre-se todo o processo produtivo, desde preços de matérias-primas agrícolas e industriais, passando pelos preços de produtos intermediários até os de bens e serviços finais.
Como é utilizado?
Do ponto de vista da utilização, o propósito inicial do IGP era indicar as fases do ciclo econômico, deflacionando a antiga série de evolução dos negócios. Mais adiante, o IGP-DI teve seu papel de deflator estendido às Contas Nacionais. Com a introdução da correção monetária no Brasil, em 1964, intensificou-se a utilização desse índice em diferentes operações financeiras, especialmente reajustes contratuais.
Além de indicador econômico, o IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. O IGP-DI também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral. É natural, portanto, que haja por parte dos usuários o interesse em conhecer, em profundidade, os aspectos relacionados à metodologia de cálculo deste índice.
Como é calculado?
Quando da inclusão do ICC no cálculo do IGP-DI, convencionou-se que os pesos de cada índice componente corresponderiam a parcelas da despesa interna bruta, calculadas com base nas Contas Nacionais. Daí resultou a seguinte distribuição: 60% para o IPA, 30% para o IPC e 10% para o ICC (INCC).
A escolha destes pesos tem a seguinte explicação:
- Os 60% representados pelo IPA-DI equivalem ao valor adicionado pela produção de bens agropecuários e industriais, nas transações comerciais em nível de produtor;
- Os 30% de participação do IPC-DI equivalem ao valor adicionado pelo setor varejista e pelos serviços de consumo;
- Quanto aos 10% complementares, representados pelo INCC-DI, equivalem ao valor adicionado pela indústria da construção civil.
Diferença entre IGP-DI, IGP-M e IGP-10
O IGP-DI é uma das denominações do IGP. O que muda entre o IGP-DI, o IGP-10 e o IGP-M (e suas prévias) é o período de apuração do índice.
- IGP–M, pesquisado entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência;
- IGP–10, entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência;
- IGP–DI, entre o 1º e o último dia do mês de referência;
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