IGP-DI sobe 2,22% em abril
O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 2,22% em abril, percentual superior ao apurado no mês anterior, quando havia registrado taxa de 2,17%. Com este resultado, o índice acumula alta de 10,38% no ano e de 33,46% em 12 meses. Em abril de 2020, o índice havia variado 0,05% e acumulava elevação de 6,10% em 12 meses.
“Ainda que os preços dos combustíveis tenham apresentado queda em abril, tanto ao produtor, quanto ao consumidor, uma nova onda de aumentos entre commodities agrícolas e minerais voltou a acelerar a inflação ao produtor. As altas registradas nas taxas de variação de Minério de ferro (4,63%), milho (11,03%) e soja (2,66%) responderam por 40% do resultado do IPA de abril”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 2,90% em abril, ante 2,59% em março. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de 2,30% em março para 0,99% em abril. O principal responsável por este recuo foi o subgrupo combustíveis para a produção, cuja taxa passou de 13,32% para -1,23%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 1,80% em abril, contra 1,52% em março.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 4,04% em março para 3,57% em abril. O principal responsável por esta alta menos intensa foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 11,73% para 3,11%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 3,65% em abril, ante 2,91% no mês anterior.
O estágio das Matérias-Primas Brutas subiu 3,78% em abril. Em março, a taxa havia registrado variação de 1,61%. Contribuíram para este movimento os seguintes itens: minério de ferro (0,70% para 4,63%), milho em grão (4,58% para 11,03%) e leite in natura (-2,26% para 2,66%). Em sentido oposto, vale citar café em grão (7,16% para 1,23%), aves (4,16% para 2,40%) e cacau (1,32% para -8,09%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,23% em abril, contra 1,00% em março. Três das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: Transporte (3,89% para -0,13%), Habitação (0,75% para 0,21%) e Educação, Leitura e Recreação (-0,37% para -0,75%). Nestas classes de despesa, vale mencionar o comportamento dos seguintes itens: gasolina (11,05% para -0,62%), tarifa de eletricidade residencial (1,02% para -0,45%) e passagem aérea (-2,73% para -6,51%).
Em contrapartida, os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,57% para 1,07%), Alimentação (0,03% para 0,32%), Comunicação (0,01% para 0,66%), Vestuário (0,11% para 0,19%) e Despesas Diversas (0,22% para 0,27%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. Estas classes de despesa foram influenciadas pelos seguintes itens: medicamentos em geral (0,20% para 2,35%), laticínios (-0,87% para 1,14%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-0,01% para 1,50%), roupas (-0,06% para 0,22%) e serviços bancários (0,05% para 0,30%).
Núcleo do IPC e Índice de Difusão
O núcleo do IPC registrou taxa de 0,37% em abril, ante 0,31% no mês anterior. Dos 85 itens componentes do IPC, 35 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 23 apresentaram taxas abaixo de 0,08%, linha de corte inferior, e 12 registraram variações acima de 0,92%, linha de corte superior. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, ficou em 65,48%, 0,32 ponto percentual acima do registrado em março, quando o índice foi de 65,16%.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,90% em abril, ante 1,30% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de março para abril: Materiais e Equipamentos (2,84% para 1,99%), Serviços (0,74% para 0,88%) e Mão de Obra (0,16% para 0,00%).
O estudo completo está disponível no site.
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