Economia

IGP-M varia 0,45% em dezembro de 2022

De janeiro a dezembro de 2022, o índice acumulou alta de 5,45%.

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IGP-M varia 0,45% em dezembro de 2022

Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) varia 0,45% em dezembro, após queda de 0,56% no mês anterior, aponta o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE). De janeiro a dezembro de 2022, o índice acumulou alta de 5,45%. Em dezembro de 2021, o índice variara 0,87% e acumulava alta de 17,78% em 12 meses.

    “A última edição do IGP-M de 2022, mostra aceleração dos preços de alimentos importantes ao produtor e ao consumidor. No índice ao produtor, os maiores aumentos foram registrados para: feijão (de -1,45% para 15,36%), bovinos (de -2,20% para 1,55%) e óleo de soja refinado (de 2,57% para 7,35%). Já no âmbito do consumidor, as maiores altas foram registradas para alimentos in natura, com destaque para: tomate (de 18,13% para 19,12%) e cebola (17,36% para 24,80%)”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

    Veja também:

    Qual o valor do IGP-M acumulado em 12 meses?

    Em 12 meses (janeiro a dezembro de 2022), o IGP-M acumula alta de 5,45%. Em dezembro de 2021, o índice acumulava alta de 17,78% em 12 meses.

    Mês de
    referência
    Evolução
    Mensal
    Acumulado
    12 meses
    dez/220,45%5,45%
    nov/22-0,56%5,90%
    out/22-0,97%6,52%
    set/22-0,95%8,25%
    ago/22-0,70%8,59%
    jul/220,21%10,08%
    jun/220,59%10,70%
    mai/220,52%10,72%
    abr/221,41%14,66%
    mar/221,74%14,77%
    fev/221,83%16,12%
    jan/221,82%16,91%
    dez/210,87%17,78%

    Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,47% em dezembro, após queda de 0,94% em novembro. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais caiu 0,29% em dezembro. No mês anterior, a taxa do grupo havia sido de 0,13%. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 0,01% para -0,47%, no mesmo período. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, caiu 0,09% em dezembro, após alta de 0,12% no mês anterior.

    A taxa do grupo Bens Intermediários passou de -0,11% em novembro para -0,30% em dezembro. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo percentual passou de 0,83% para -2,26%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,13% em dezembro, ante queda de 0,32% em novembro.

    O estágio das Matérias-Primas Brutas subiu 2,09% em dezembro, após queda de 2,86% em novembro. Contribuíram para alta do grupo os seguintes itens: minério de ferro (-8,01% para 16,32%), café em grão (-20,97% para 0,40%) e bovinos (-2,20% para 1,55%). Em sentido oposto, destacam-se os itens soja em grão (1,25% para -1,52%), laranja (8,88% para -3,04%) e mandioca/aipim (6,33% para 1,72%).

    Índice de Preços ao Consumidor (IPC)

    O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,44% em dezembro, após alta de 0,64% em novembro. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Saúde e Cuidados Pessoais (1,00% para 0,37%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item artigos de higiene e cuidado pessoal, cuja taxa passou de 2,03% em novembro para -0,25% em dezembro.

    Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos Educação, Leitura e Recreação (0,60% para -0,26%), Transportes (0,79% para 0,31%), Vestuário (0,83% para 0,67%) e Despesas Diversas (0,14% para 0,08%). Nestas classes de despesa, vale mencionar os seguintes itens: passagem aérea (2,07% para -1,71%), gasolina (1,58% para 0,18%), calçados (1,35% para -0,12%) e cigarros (0,01% para -0,72%).

    Em contrapartida, os grupos Alimentação (0,83% para 0,99%), Comunicação (-0,32% para 0,48%) e Habitação (0,37% para 0,42%) registraram acréscimo em suas taxas de variação. Estas classes de despesa foram influenciadas pelos seguintes itens: arroz e feijão (-0,82% para 3,74%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-0,32% para 0,69%) e tarifa de eletricidade residencial (0,59% para 1,27%).

    Índice Nacional de Custo da Construção (INCC)

    O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,27% em dezembro, ante 0,14% em novembro. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de novembro para dezembro: Materiais e Equipamentos (-0,35% para 0,37%), Serviços (0,35% para 0,43%) e Mão de Obra (0,53% para 0,16%).

    O estudo completo está disponível no site. 

    Acesse aqui o material complementar.

    Calendário de divulgação 2022:
     

    Confira todos os resultados do IGP-M em 2022

    Resultados anos anteriores:

    O que é o IGP-M?
     

    Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) é divulgado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE). O indicador foi concebido no final dos anos de 1940 para ser uma medida abrangente do movimento de preços, que englobasse não apenas diferentes atividades como também etapas distintas do processo produtivo. Dessa forma, o IGP é um indicador mensal do nível de atividade econômica do país, englobando seus principais setores.

    O IGP possui três versões com coleta de preços encadeada: o IGP-10 (com base nos preços apurados dos dias 11 do mês anterior ao dia 10 do mês da coleta), IGP-DI (de 1 a 30) e o mais popular deles, o Índice Geral de Preços – Mercado, ou simplesmente IGP-M, que apura informações sobre a variação de preços do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês de coleta.

    O IGP-M é utilizado amplamente na fórmula paramétrica de reajuste de tarifas públicas (energia e telefonia), em contratos de aluguéis e em contratos de prestação de serviços.

    Como o IGP-M é calculado?
     

    O cálculo do IGP-M, assim como os outros dois indicadores (IGP-10 e IGP-DI), tem em conta a variação de preços de bens e serviços, bem como de matérias-primas utilizadas na produção agrícola, industrial e construção civil. Dessa forma, o resultado do IGP-M é a média aritmética ponderada da inflação ao produtor (IPA), consumidor (IPC) e construção civil (INCC).

    • Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA);
    • Índice de Preços ao Consumidor (IPC);
    • Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).

    Os pesos de cada um dos índices componentes correspondem a parcelas da despesa interna bruta, calculadas com base nas Contas Nacionais – resultando na seguinte distribuição:

    • 60% para o IPA;
    • 30% para o IPC;
    • 10% para o INCC;

    Nesse contexto, o IPA é o indicador que monitora a variação de preços percebidos por produtores, ao passo que o IPC acompanha o comportamento dos preços que impactam diretamente o consumidor final. Por fim, o INCC apresenta os custos para a construção civil, em uma análise que leva em conta a variação de preços de materiais de construção e custo de mão de obra especializada.

    Como o IGP-M é utilizado?

    IGP-M é um dos índices componentes de fórmulas paramétricas utilizadas por empresas de telefonia e de energia elétrica, respondendo parcialmente pelos reajustes tarifários desses segmentos. O Índice Geral de Preços – Mercado também é utilizado como o indexador de contratos de empresas prestadoras de serviço de diversas categorias, como educação e planos de saúde. Além disso, o IGP-M se popularizou por ser amplamente utilizado como referência para o setor imobiliário, para o reajuste de contratos de aluguel.

    Por seu histórico regular de divulgação desde a década de 1940, o IGP-M também é citado em vários contratos público-privados dos mais variados segmentos. Alguns de seus componentes, como o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), também servem de referência para reajustes de preços.