“Jogo da Velha 2.0”: conheça releituras desse clássico desenvolvidas por alunos da FGV
Durante a oficina ofertada pelo Laboratório Cubo de Inovação, estudantes do 1º período da FGV ECMI desenvolveram jogos analógico e digital.

Quem nunca jogou o jogo da velha? Um clássico do papel e lápis com regras simples e fácil de aprender conhecido popularmente no mundo inteiro acaba de ganhar duas adaptações de tabuleiro que levam seus jogadores a uma disputa ainda mais acirrada e com novas regras para decidir quem primeiro fecha a clássica sequência de símbolos iguais.
Este foi o desafio dos estudantes do primeiro período de graduação em Comunicação Digital da FGV ECMI, realizado durante a oficina promovida pelo Cubo de Inovação, laboratório da Escola. Aliando teoria e prática, os estudantes desenvolveram seus produtos desde o primeiro encontro. Além das versões em tabuleiros, o resultado também inclui um jogo digital no gênero Visual Novel, que combina narrativa com ilustrações onde o jogador deverá avançar ao fazer escolhas que definirão o caminho da história.
O estudante, Pedro "Benji" Bezerra, destaca a importância da experiência para a sua formação profissional. "Pude desenvolver minha criatividade em um ambiente dinâmico, além de adquirir experiência em trabalho em grupo. Todo esse processo me deixou mais curioso e motivado para fortalecer meu aprendizado sobre a criação e desenvolvimento de jogos analógicos e digitais", explica.
O objetivo foi contribuir para a formação profissional dos participantes, a partir da introdução de informações básicas de Game Studies, Game Design e Programação na produção de jogo analógico e digital. A coordenadora do laboratório, a professora Alessandra Maia, ressalta que “a oficina buscou prepará-los para produzir experiências de jogo que fossem ricas e refletissem as discussões das disciplinas da grade curricular. A aceitação dos estudantes foi tanta que em apenas dois meses no lugar de um jogo surgiram três”.
De acordo com a estudante Alinne Rohs, “a Oficina de Produção de Mundos em Jogos me fez desenvolver habilidades que não imaginava que poderia ter. Pude fazer um jogo, que tem como base o jogo da velha. De primeira, não pensei que daria certo, mas, na oficina, aprendi, também, a acreditar mais nos meus projetos, prática importante para a minha formação profissional. Sou muito grata por essa oportunidade", ressalta.
Por dentro dos jogos
A criatividade dos estudantes durante a oficina foi notável, onde cada um pôde explorar suas particularidades no desenvolvimento dos seus próprios jogos. Os encontros permitiram que a produção fosse guiada por uma perspectiva crítica, enriquecendo a experiência de aprendizado.
Conheça a seguir um pouco de cada jogo:
Old Lady – Neste jogo de estratégia e raciocínio lógico, que combina dois jogos clássicos (jogo da velha e damas), o objetivo é fazer uma sequência de símbolos iguais em linha vertical, horizontal ou diagonal. Além disso, os jogadores têm a possibilidade de, como em uma partida de Damas, retirar as peças do oponente e substituir pela sua.
Velha Capitalista – Inspirado nos jogos Monopoly e Banco Imobiliário, o jogador necessariamente precisa “comprar a cidade”, peça central do tabuleiro, com dinheiro obtido pelas ações em jogo. Ele pode decidir coletar, desmatar a floresta ou minerar. O jogo privilegia a coleta, por meio de bônus em que é possível aferir e assim conscientizar a importância de preservar os recursos. Para ganhar, o jogador precisa atravessar a cidade formando uma sequência de símbolos iguais em linha vertical, horizontal ou diagonal ou levar seu oponente à falência.
Além dessas releituras, os estudantes criaram em conjunto o jogo digital que une narrativa e ilustração para contar a história de um Brasil pouco conhecido com sua cultura, natureza e folclore.
Ecos da Natureza – O jogo narrativo coloca o jogador diante do dilema de respeitar a natureza e ter uma relação harmoniosa com seres míticos ou manter o seu emprego numa empresa madeireira e ter que lidar com a fúria devastadora de entidades que protegem e lutam pela preservação de um dos biomas mais importante, a floresta Amazônica. Para criação das imagens, os estudantes usaram Inteligência Artificial Generativa e desenvolveram seus prompts a partir do roteiro de modo que houvesse maior conexão com a narrativa.
Playtest
No último sábado, 25 de maio, durante a Festa da Língua Alemã, sediada no Centro Cultural FGV, os estudantes realizaram o playtest dos jogos desenvolvidos. Na ocasião, os visitantes testaram os jogos e responderam a um formulário de opinião para ajudar a melhorar cada um dos jogos. Com as informações obtidas, os estudantes poderão aprimorar seus projetos a partir dos dados coletados, visando a finalização do produto para compartilhar no site da FGV ECMI para que um público ainda maior possa jogar e dar feedback para essas e futuras produções.
“Junto com meus dois colegas, Lindsey e Pedro, criamos um jogo e o apresentamos em um evento. Essa experiência foi muito especial, pois vimos o quanto foi gratificante todo o processo de desenvolvimento e aprimoramento, além dos comentários e elogios dos participantes do evento (que nos abriram a críticas construtivas e a nos conectar melhor com o público). Essa motivação é inestimável”, finaliza Alinne Rohs.
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