Mestrado e Doutorado: Como funcionam as linhas e grupos de pesquisa na prática
Grupos de pesquisa em um programa de mestrado e doutorado são fundamentais para estudantes que desejam se aprofundar em temas específicos, colaborando com colegas e professores que têm interesses de pesquisa semelhantes.
Foi nesse contexto que Benjamin Tabak, coordenador do mestrado de Políticas Públicas e Governo da Escola de Políticas Públicas e Governo (FGV EPPG) e James Frade, ex-aluno do mestrado de Políticas Públicas e Governo da FGV EPPG participaram da série “Para Além da Academia” sobre o tema. A série promove uma discussão entre alunos e/ou professores dentro de pautas pertinentes ao universo acadêmico.
Esses grupos são geralmente orientados por um professor ou pesquisador sênior e podem estar vinculados a departamentos, laboratórios ou centros de pesquisa. Trazem diversos benefícios tanto para os professores quanto para os alunos, como aprofundar o conhecimento em uma área de interesse, trocar conhecimento e experiências com outros pesquisadores, além da oportunidade de publicar e apresentar seu trabalho em congressos.
De acordo com James Frade um diferencial da FGV é que a linha de pesquisa vai ser escolhida depois de um certo grau de maturidade em conhecimentos que serão promovidos dentro da instituição e isso vai direcionar a pesquisa de acordo com um alinhamento com o seu orientador.
Veja abaixo a entrevista completa.
Como escolher a linha de pesquisa?
Benjamin – Os alunos escolhem a linha de pesquisa após os primeiros seis meses do curso. Então, eles têm uma série de disciplinas básicas onde discutimos administração pública, políticas públicas, questões de governo.
James – Um diferencial da FGV é que a linha de pesquisa vai ser escolhida depois de um certo grau de maturidade em conhecimentos que serão promovidos dentro da instituição e isso vai direcionar a pesquisa de acordo com um alinhamento com o seu orientador.
Qual o impacto de participar de um grupo de pesquisa para a carreira acadêmica ou profissional?
Benjamin – A gente tem vários grupos de pesquisa, os alunos escolhem quais grupos querem participar e neles desenvolvem trabalhos, participam da elaboração de artigos e de uma série de atividades que enriquecem muito o conhecimento. Isso ajuda bastante depois na vida acadêmica e profissional.
James – A participação em grupo de pesquisa faz com que o aluno possa ter contato com uma diversidade de professores altamente especializados, isso vai fazer com que ele possa adquirir outras habilidades e competências, atitudes que serão um facilitador na sua vida acadêmica.
Como a experiência de fazer parte do grupo de pesquisa influenciou o seu desenvolvimento profissional e acadêmico?
James – No meu caso, participar do grupo de pesquisa foi bastante interessante, porque algo que hoje encontramos em voga é justamente a discussão sobre política pública. Isso é baseado em evidência e a possibilidade de participar de um grupo de pesquisa faz com que estejamos o mais próximo dos estudos de ponta que possam ser colocados em prática no nosso dia a dia profissional.
Benjamin – Uma coisa que é adicional e importante lembrar, quando você participa de um grupo de pesquisa acaba participando de uma rede de pesquisa, então você aprende muito não só com os professores, mas também com os colegas. Assim, acaba formando uma rede de colaboração, de contatos que é muito importante quando se está nesse meio acadêmico, pensando em pesquisas e respostas para perguntas que a sociedade precisa com uma certa prontidão.
Dê exemplos de pesquisas realizadas ou em andamento dentro dos grupos de pesquisa.
James – Posso citar a minha, muito do que foi amadurecido dentro do grupo de pesquisa me ajudou dentro da minha dissertação. Hoje eu posso ajudar o Distrito Federal, por exemplo, a formular uma política distrital de pessoas desaparecidas. Muito desse conhecimento foi gestado dentro do grupo de pesquisa junto ao professor e que direcionou o conhecimento para que pudesse sair da vida acadêmica e ir para o conhecimento prático.
Benjamin - Nós temos vários grupos de pesquisa, então nós temos grupos que estão discutindo políticas públicas aplicadas à saúde, à saúde mental. Logo, temos uma discussão de como podemos mensurar o letramento em saúde mental e aplicamos essa pesquisa em vários contextos, inclusive nas forças de segurança aqui do Distrito Federal. Inclusive está sendo agora produzido um artigo para poder contribuir para esse problema de saúde mental dentro das forças de segurança.
Veja abaixo a entrevista completa:
Para saber mais sobre a FGV EPPG, acesse o site.
Essa matéria faz parte da série Para Além da Academia, leia os demais conteúdos da série abaixo:
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