O ?céu de brigadeiro? no qual o Brasil vem conseguindo manter seu crescimento, apesar da crise econômica mundial, pode começar a sofrer turbulências a partir de 2012, mas o país ainda terá oportunidades a explorar no cenário externo. Essas são as conclusões do Painel FGV, promovido pelo FGV Management no Rio de Janeiro.
 

O evento, acompanhado por 800 participantes e transmitido ao vivo para a unidade da FGV na Barra da Tijuca, teve a presença de Murilo Ferreira, presidente da Vale, e do economista e pesquisador do IBRE, Regis Bonelli, que falaram sobre as incertezas da economia no ano de 2012 e as oportunidades de longo prazo que o Brasil poderá aproveitar no mercado chinês. Os debates foram mediados pelo jornalista George Vidor, do jornal O Globo.
Bonelli apontou a baixa poupança doméstica como um dos fatores de risco para a economia brasileira e alertou para o agravamento da falta de competitividade da indústria local, principalmente no setor de transformação. ?As perspectivas para nossa economia, no curto prazo, não são brilhantes?, afirmou.
 

O presidente da Vale destacou o papel da China como principal parceiro comercial do Brasil e as possibilidades de negócios para empresas nacionais no crescente mercado chinês. ?A China é o maior mercado da Vale. O desenvolvimento econômico do país gera muitas oportunidades para crescimento e criação de valor, e a industrialização, a urbanização e gastos em infraestrutura fizeram deles o maior consumidor de metais do mundo. Lá há muito espaço para a indústria de construção?, reforçou Ferreira.
 

No encerramento, o diretor adjunto do FGV Management Rio, Mario Pinto, salientou a contribuição da educação e da qualificação profissional para o crescimento do país. ?A educação ? e, nesse contexto, destaco a atuação da FGV ? é muito importante para ajudar a ?tirar as travas? do grande potencial de desenvolvimento da economia e da sociedade brasileiras?, concluiu.