Pesquisa aponta necessidade de maior transparência em métodos de agências de avaliação ESG

Renata Corrêa Vieira (FGV EPGE) explora as diferenças nas metodologias ESG usadas por agências como S&P e MSCI, indicando a urgência de padrões claros e transparentes
Economia
30 Agosto 2024
Pesquisa aponta necessidade de maior transparência em métodos de agências de avaliação ESG

A dissertação de Mestrado Profissional de Renata Corrêa Vieira, aluna da EPGE Escola Brasileira de Economia e Finanças (FGV EPGE), orientada pelo professor Caio Teles, lança luz sobre os desafios das metodologias de avaliação ESG (Environmental, Social, and Governance). Renata Corrêa Vieira, autora do estudo, examina as divergências entre as metodologias de avaliação ESG utilizadas por agências renomadas, como S&P, Sustainalytics, Refinitiv e MSCI, e destaca a necessidade de maior transparência e padronização

Vieira enfatiza a importância desses critérios para investidores e empresas que buscam práticas sustentáveis e responsáveis. No entanto, a autora identifica que a ausência de padrões obrigatórios e uma metodologia única para a estimação das métricas ESG resulta em avaliações divergentes de uma mesma empresa por diferentes agências.

Os principais pontos da pesquisa de Vieira incluem:

  • Divergências Metodológicas: As agências de avaliação ESG adotam diferentes abordagens e métricas, dificultando a comparação entre empresas e a tomada de decisão por investidores. Essas diferenças podem surgir de critérios específicos, pesos atribuídos a cada dimensão ESG, e a inclusão de dados controversos.
  • Necessidade de Transparência: A pesquisa destaca que a transparência nas métricas e classificações ESG é crucial para mitigar ambiguidades e mal-entendidos. Investidores dependem dessas avaliações para tomar decisões informadas, e a clareza nos critérios e metas específicos ajudaria as empresas a alinharem suas práticas com as expectativas ESG.
  • Impacto nos Investimentos: As divergências nas avaliações ESG podem impactar negativamente os processos de análise de investimentos. Investidores buscam consistência e confiabilidade nas informações para reduzir riscos e direcionar recursos para empresas com práticas sustentáveis.
  • Propostas de Melhoria: Vieira sugere que um maior alinhamento entre as metodologias das agências e a implementação de regulamentações governamentais poderiam melhorar a consistência das avaliações ESG. A adoção de práticas de auditoria para os dados reportados pelas empresas também é recomendada para garantir a integridade das informações.

Apesar das dificuldades envolvidas em medir o grau de adequação às práticas ESG e de comparar os resultados apresentados pelas agências avaliadoras, a autora reforça que essas seguem sendo práticas (e representam esforços) importantes.

A adoção de uma abordagem de ESG traz benefícios sociais claros, por considerar questões de interesse coletivo na produção privada das empresas. Mais ainda, Vieira evidencia que a incorporação de práticas ESG também pode ser benéfica às empresas, visto que pode agir como um catalisador para inovação e diferenciação competitiva.

O estudo, portanto, contribui para o debate por retratar de forma concisa os desafios atuais das metodologias de avaliação ESG e destacar os benefícios associados às práticas ESG.

Para ler a dissertação na íntegra, clique aqui.

Para saber mais sobre o Mestrado Profissional da FGV EPGE, clique aqui.

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