“Pesquisa para o bem da sociedade”: Diretora da FGV palestra na 5ª Conferência de CT&I

Em sua palestra, Goret Paulo destacou a importância do relacionamento próximo entre pesquisadores, indústria e Governo para o desenvolvimento de pesquisas com impacto positivo na sociedade.
Políticas Públicas
05 Setembro 2024
“Pesquisa para o bem da sociedade”: Diretora da FGV palestra na 5ª Conferência de CT&I

“O objetivo maior da ciência é gerar benefícios para a sociedade”, ressaltou a diretora de Pesquisa e Inovação da Fundação Getulio Vargas (FGV), Goret Paulo, em sua palestra durante a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (5ª CNCTI), que ocorreu em Brasília (DF). A Conferência reuniu representantes das instituições de pesquisa, governo, indústria e sociedade civil, a fim de apresentarem contribuições para o desenho da nova política do setor. 

Durante a palestra, que focou na importância do relacionamento entre as Universidades, Setor Industrial e Governo para o desenvolvimento de pesquisas que tragam benefícios para a sociedade, Goret Paulo recomendou que as instituições acadêmicas suportem os seus pesquisadores através da criação de Escritórios de Apoio ao Pesquisador. Segundo a diretora, estas estruturas têm o objetivo de apoiar na identificação e desenvolvimento do relacionamento com potenciais parceiros acadêmicos e financiadores de forma que o pesquisador tenha a possibilidade de focar apenas em desenvolver o conteúdo científico das suas pesquisas.  

A apresentação ocorreu na sessão “Formação Profissional de Novos Pesquisadores para os Novos Desafios e Empregabilidade”. Na ocasião, Goret apresentou as escalas Techhnology Readness Level (TRL), da NASA, e Societal Readness Level (SRL) do Innovation Fund Denmark. As duas escalas descrevem as etapas do desenvolvimento de uma inovação a partir de uma pesquisa científica.  

"O Brasil já conquistou boas posições nos índices que mensuram impacto acadêmico, porém o país ainda precisa avançar nos índices que mensuram a inovação e impacto social", ressaltou a diretora. 

De acordo com Goret Paulo, o principal desafio é garantir que o conhecimento gerado pelo pesquisador seja levado para a sociedade por meio de novos produtos, serviços ou políticas públicas inovadoras. Mas antes de tudo, é preciso definir quais são os meios para conectar o pesquisador com a sociedade, governo e empresas. 

“Pensando na busca por soluções para os desafios da sociedade através da ciência, destaca-se a necessidade do envolvimento não só do pesquisador para a formulação de uma questão de pesquisa, mas também de representantes da indústria ou governo, no caso do produto final ser o desenho para implementação de uma política pública”, declarou. 

Escritório de Apoio ao Pesquisador 

Ao considerar as múltiplas tarefas sob a responsabilidade do pesquisador: ministrar aulas, orientar alunos, realizar publicações acadêmicas, disseminar resultados das pesquisas desenvolvidas, dialogar com governo, indústria e sociedade, Goret Paulo questiona: “é possível o pesquisador fazer tudo isso sozinho?”. 

Com o objetivo de responder a esta questão, ela apresentou o conceito do Escritório de Apoio ao Pesquisador, uma estrutura para suporte ao desenvolvimento de pesquisas científicas, já existente na maioria das instituições internacionais, mas que no Brasil ainda não existe na maioria das instituições acadêmicas. 

Essas estruturas têm o objetivo de suportar a identificação e o desenvolvimento do relacionamento com potenciais parceiros acadêmicos e financiadores de forma que o pesquisador tenha condições de focar em desenvolver o conteúdo das suas pesquisas. No Brasil, este modelo já foi implementado pela FGV através do Escritório de Apoio a Pesquisa e Desenvolvimento. Este escritório auxilia o pesquisador desde a identificação de uma oportunidade para financiamento de projetos, passando pelas etapas de submissão de propostas, assessoria jurídica, administração do orçamento e disseminação científica.  

Goret Paulo dividiu o painel com a reitora da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Joana Angélica; Flávia Calé, da Universidade de São Paulo (USP); Fábio Palácio da Universidade Federal do Maranhão (UFMA); além de Felipe Morgado do SENAI e José Goutier da Positivo. O debate foi coordenado pela pró-reitora de pós-graduação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Carol Leandro. 

Para assistir à apresentação na íntegra, clique aqui

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