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Pesquisa da FGV traça panorama do turismo nas favelas pacificadas do Rio de Janeiro

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46% dos turistas estrangeiros que visitam as favelas cariocas buscam, do alto dos morros, uma perspectiva diferente sobre a cidade. Já 47% dos turistas brasileiros que visitam as comunidades buscam conhecer a cultura, a realidade e as pessoas que nelas vivem. Estes são alguns dos dados revelados por pesquisa encomendada pelo Ministério do Turismo ao Núcleo de Turismo da FGV Projetos, e realizada com a professora do CPDOC Bianca Freire-Medeiros.
 

O estudo da FGV reúne informações que orientam a implantação de atividades de cunho turístico capazes de gerar trabalho e renda em favelas pacificadas, além de desenvolver um modelo de plano de ação que permita a identificação de potenciais turísticos e a estruturação de algum tipo de atividade turística nestas comunidades.
 

A pesquisa foi divulgada depois do anúncio, nesta semana, de convênio entre o governo do estado do Rio de Janeiro e o governo federal para promoção do turismo nas favelas da capital fluminense. A parceria tem como principal objetivo qualificar e atrair profissionais do turismo para essas áreas, provendo infraestrutura e os recursos necessários para que a atividade seja atraente, rentável e contribua para a revitalização das comunidades.
 

De acordo com o estudo, apesar das experiências positivas relatadas pelos visitantes sobre a arquitetura local (55,9%), a vista da cidade (41,1%) e o conhecimento de projetos sociais (34,9%), somente 36,6% dos turistas estrangeiros compraram algum produto durante sua visita e os gastos foram relativamente pequenos, não chegando a 5 reais. Cerca de 40,6% dos turistas que não fizeram compras assinalaram a falta de oferta como um dos motivos de não terem comprado nada, mencionando, entre outras coisas, que não lhes foi oferecido nenhum produto, ou que não viram lojas durante a visita.
 

O estudo também mostra que, embora para a maior parte dos visitantes o tour represente uma experiência nova, mais da metade afirma conhecer pessoas que já visitaram favelas anteriormente, inclusive em outras partes do mundo.
 

Para saber mais sobre o estudo, clique e acesse a edição 20 dos Cadernos FGV Projetos.