EAESP debate perspectivas do setor privado da saúde e planos populares

As dificuldades do setor privado da saúde, com a evasão dos planos de assistência médica devido à crise econômica e ao desemprego, os altos reajustes das operadoras de planos médicos e a proposta do governo de criar planos populares foram os temas do debate ?Perspectivas do Setor Privado da Saúde e os Planos Populares?, realizado no dia 29 de setembro, pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV (EAESP).

O evento, que fez parte do 23° Semestre de Debates promovido pelo Centro de Estudos em Planejamento e Gestão de Saúde (GVsaúde) da EAESP, teve como convidados os palestrantes José Cechin (presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar - FenaSaúde) e Mário Scheffer (professor do departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP). O debate contou com a moderação do professor da EAESP, Walter Cintra Ferreira Junior.

Na ocasião, foi discutido o atual cenário brasileiro, ressaltando como a crise econômica e o desemprego afetaram drasticamente o setor privado da saúde. Nos últimos 12 meses, mais de 1,6 milhão de pessoas perderam os seus planos de assistência médica, com impacto nas receitas dos consultórios, hospitais, laboratórios e, principalmente, das seguradoras e operadoras de planos de saúde.

Por outro lado, foi constatado também que as empresas têm tido muitas dificuldades em manter o benefício saúde de seus funcionários, em decorrência dos altos índices de reajustes solicitados pelas operadoras, no momento de renovação de seus contratos. O governo trouxe à discussão a proposta de criar planos populares, com coberturas inferiores às determinadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar desde 1998.

O evento foi realizado na FGV em São Paulo.