Homenagem aos 70 anos do professor Antônio Pôrto debate desafios da economia brasileira
O evento teve como propósito reunir especialistas para debater a economia brasileira e prestar tributo ao legado do professor e economista que atua desde 1978 na FGV.

A Fundação Getulio Vargas realizou, no dia 21 de outubro, o seminário ?Desafios da Economia Brasileira ? Homenagem aos 70 anos do Professor Antônio Carlos Pôrto Gonçalves?. O evento teve como propósito reunir especialistas para debater a economia brasileira e prestar tributo ao legado do professor e economista que atua desde 1978 na FGV.
Na abertura do evento, o vice-presidente da FGV, Sergio Franklin Quintella, destacou que o professor Antônio Pôrto faz jus a homenagem pelos seus 70 anos, 38 deles dedicados à FGV. Na sequência, o presidente da FGV, Carlos Ivan Simonsen Leal, falou sobre sua trajetória ao lado do homenageado ainda como aluno e, posteriormente, como colega de trabalho.
O presidente da FGV relembrou o importante trabalho desenvolvido pelo professor em todas as iniciativas que liderou. Na FGV, ele já ocupou cargos como: diretor de Ensino da EPGE - Escola Brasileira de Economia e Finanças, diretor-geral do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) e diretor de Cursos Corporativos do Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE). Atualmente, Pôrto é diretor de Estudos de Novos Negócios (DENN).
?Eu queria, como presidente da Fundação e como amigo do Pôrto por muitos anos, agradecer esse trabalho todo. Quem me dera ter mais cinco Pôrtos. Se eu tivesse mais cinco Pôrtos, a FGV estaria três vezes o tamanho que está. Queria agradecê-lo e agradecer a todos que puderam vir aqui hoje para esta homenagem?, disse.
Em seguida, o diretor do IBRE, Luiz Guilherme Schymura, disse que também foi aluno do Pôrto e destacou os espaços e possibilidades durante os seis anos em que foi diretor do IBRE. Já o professor Cláudio Haddad disse que conhece o homenageado desde os tempos de vestibulando e construíram uma longa relação no IME e até mesmo fora do país, na Universidade de Chicago.
A mesa seguinte foi dedicada a debater os desafios da economia brasileira. O diretor da EPGE, professor Rubens Penha Cysne, foi o moderador e destacou o custo do atraso no equacionamento da questão fiscal. Em seguida, foi a vez do secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Carlos Hamilton, apresentar a agenda para o crescimento sustentado, com estabilidade de preços. O presidente do IBGE, Paulo Rabello de Castro, destacou que é preciso aprender com os erros do passado para que eles não sejam repetidos. Em seguida, foi a vez de Gustavo Loyola, da Tendências Consultoria, que falou sobre a situação delicada do ponto de vista fiscal pelo qual o país passa. Por fim, a presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos, apresentou os caminhos para a retomada da economia do Brasil e o papel do banco de desenvolvimento. Afonso Arinos, professor da EPGE, e Roberto Castello Branco, diretor da FGV Crescimento & Desenvolvimento, teceram comentários sobre as palestras.
O grande momento do evento foi a homenagem ao professor Antônio Pôrto. Antes do seu discurso, foi exibido um vídeo do diretor da Escola de Direito do Rio de Janeiro (Direito Rio), professor Joaquim Falcão, sobre a importância do docente homenageado para o êxito do projeto que originou a Escola. Ele recebeu, das mãos do vice-diretor da Direito Rio, Rodrigo Vianna, o título de professor fundador da Escola.
Em seu discurso, Pôrto agradeceu a todas as homenagens prestadas ao longo do evento, em especial ao título concedido pela Direito Rio. Segundo o professor, esse talvez seja o seu título mais representativo. Ele também demonstrou confiança com o futuro da FGV e do país.
?Tenho muito orgulho de pertencer a essa casa e vou continuar trabalhando para que a gente continue sendo uma instituição de escol. Nesse lugar aqui (Centro Cultural), havia um campo de futebol e um estacionamento. Hoje tem esse magnífico auditório, o prédio ao lado é magnífico também. Então realmente a FGV está num processo de mostrar ao Brasil como deve fazer. O Brasil também pode ser assim. Se o Brasil se comportar como a Fundação se comportou, planejando direitinho, escolhendo corretamente as decisões de investimento vai ter um destino tão bom quanto ao da FGV. O país tem todas as condições de fazer assim. É o que eu desejo que aconteça realmente e hoje ficou claro que isso é possível, que é questão só de querer. Então vamos em frente no querer?, concluiu.
Leia também