Institucional

Mercado de aceleração de startups se consolida no Brasil, indica estudo inédito da EAESP

O estudo da EAESP serve para entender como as aceleradoras brasileiras funcionam e auxiliam, ao mesmo tempo, as empresas que têm interesse em desenvolver negócios inovadores, investir ou entrar nesse segmento de identificação e apoio a novos negócios.

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Um estudo inédito da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV (EAESP), coordenado pelo professor Newton Campos e o pesquisador Paulo Abreu, traça o cenário e o perfil das aceleradoras brasileiras de startups. A pesquisa ?O Panorama das Aceleradoras de Startups no Brasil? é uma das primeiras a coletar, com profundidade, informações com as aceleradoras brasileiras. O fenômeno é relativamente novo no país se comparado com o que ocorre nos EUA, onde as primeiras iniciativas do gênero surgiram em 2005.

O estudo da EAESP serve para entender como as aceleradoras brasileiras funcionam e auxiliam, ao mesmo tempo, as empresas que têm interesse em desenvolver negócios inovadores, investir ou entrar nesse segmento de identificação e apoio a novos negócios.

O levantamento mostra que o mercado de aceleradoras está consolidado ? com 40 empresas no Brasil ?, predominando as que se originaram na região Sudeste, seguida pelo Nordeste, Sul e Norte, mas com negócios que são desenvolvidos em todo o país nas áreas de Tecnologia da Informação (TI), Educação, e Comércio e Serviços, principalmente.

Com tempo de vida que varia em torno de três anos e meio, as aceleradoras desenvolveram em seus programas de aceleração uma média de 28 startups, totalizando 865 empresas do tipo, com valores de investimento que variam de R$ 45 mil a R$ 255 mil. Uma única aceleradora é a recordista e já desenvolveu 191 startups até agora, sendo uma das mais ativas da América do Sul.

Outro dado que chama atenção são as ferramentas utilizadas pelas aceleradoras na seleção de startups e empreendedores que desejam acelerar. Nenhuma delas exige o tradicional Plano de Negócio ? documento pedido por grandes empresas, mas cerca de 26% das aceleradoras exigem o Business Model Canvas ? ferramenta mais recente no campo do empreendedorismo ? e a maioria desenvolveu uma metodologia própria, aponta o estudo. Em contraposição, as startups são recusadas por terem equipe inadequada, demanda ineficaz e falta de escalabilidade. Ou seja, não é tanto o perfil do negócio em si, mas sim a qualidade e a capacidade da equipe fundadora que contam na avaliação.

O estudo completo está disponível no livro ?O Panorama das Aceleradoras de Startups no Brasil?.