Pesquisa sobre relações entre Brasil e União Soviética na Guerra Fria é tema de debate nos EUA
O estudo de Gianfranco faz parte de sua pesquisa no doutorado em História, Política e Bens Culturais da CPDOC, sob orientação do professor Alexandre Moreli.

O doutorando da Escola de Ciências Sociais da FGV (CPDOC), Gianfranco Caterina, apresentou sua pesquisa sobre as relações passadas do Brasil com a extinta União Soviética na ?Brazil Initiative?, da Elliott School of International Affairs (EUA). O encontro foi realizado no dia 16 de novembro e teve como propósito discutir o tema, ainda pouco estudado, e tentar integrá-lo com a conjuntura internacional do mesmo período. Além disso, a pesquisa pôde provocar novos debates acerca das possibilidades e condicionantes entre as relações, principalmente financeiras, entre Brasil e EUA entre 1961 e 1963.
O estudo de Gianfranco faz parte de sua pesquisa no doutorado em História, Política e Bens Culturais da CPDOC, sob orientação do professor Alexandre Moreli. Durante o evento, o doutorando falou sobre o papel do Brasil na Guerra Fria, a política externa do país em relação à bipolaridade global na época e a gestão das consequências do engajamento brasileiro no curso do conflito. A apresentação contou com comentários do professor James Hershberg, da Universidade George Washington, que falou sobre a questão de Cuba na dinâmica das relações do Brasil com a União Soviética e fez referências sobre o papel do brasileiro na Crise dos Mísseis e como isso mudou a percepção norte-americana sobre a política externa nacional.
O professor falou também sobre o incremento comercial, além de novas possibilidades de engajamento em temas como desarmamento, cooperação técnica e financiamentos de longo prazo, fatos que marcaram as interações entre o Brasil e os países do bloco soviético nesses anos. A moderação do debate foi feita pelo professor Mark Langevin.
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