Institucional

Presidente da Raízen debate impacto da gestão da cultura no resultado das empresas

Considerada uma das companhias do setor energético mais competitivas do mundo, a Raízen tem como mote a frase ?Energia que Mobiliza?, que resume os quatro pilares da companhia: inovação; excelência; meritocracia; e respeito à vida.

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Luis Henrique Guimarães, diretor-presidente da Raízen, empresa fruto da fusão de parte de negócios da Shell e da Cosan, proferiu a palestra ?O Impacto da Gestão da Cultura e Marca no Resultado das Empresas? para alunos do MBA Executivo da FGV no dia 14 de setembro, em São Paulo. Considerada uma das companhias do setor energético mais competitivas do mundo, a Raízen tem como mote a frase ?Energia que Mobiliza?, que resume os quatro pilares da companhia: inovação (realizar ideias transformadoras); excelência (eficácia e alta performance); meritocracia (reconhecer o desempenho); e respeito à vida (segurança e ética).

Segundo Paulo Lemos, diretor do FGV Management, a companhia é um bom caso para se debater o tema, pois trabalha com diversas atividades e também é muito bem-sucedida no processo de integração de culturas distintas.

Para Luis Henrique Guimarães, o fator de maior impulso da Cultura deve vir da liderança. ?Os principais líderes são influenciadores da cultura. Devem exercê-la, senti-la e aplicá-la na prática. A teoria tem que se igualar à prática?, explicou.

O executivo traçou um paralelo entre aplicação da cultura e a consolidação da marca, afirmando que é um processo que nunca está concluído e que interage constantemente com a comunidade. Portanto, ?marca e cultura devem ser de responsabilidade da diretoria, pois elas caminham juntas?, afirmou.

Guimarães explicou à plateia que há um grupo que gerencia essa cultura, formado por executivos de recursos humanos, influenciadores e marketing, com o objetivo de conferir clareza à comunicação e estabelecer metas e indicadores de performance.

O presidente da Raízen destacou a necessidade de haver alguma flexibilidade na execução do planejamento contemplando, por exemplo, repentinas mudanças no país. ?Usamos cenários para supply, para futuro uso de açúcar e preços de commodities, especialmente do petróleo. Porém, não usamos cenários para questões políticas. Procuramos nos concentrar no que podemos controlar?, disse.  

Outro ponto forte da cultura da Raízen é a gestão de risco no que se refere aos impactos ambientais. Guimarães citou o relatório de Sustentabilidade, onde elencou a descrição do uso de água e energia independentes (produzidos pela própria Raízen) na formulação do Etanol, a produção de vinhaça e de fertilizantes na cultura de cana. ?Nosso objetivo é ser o responsável por todo o ciclo de produção de etanol?.

Todos esses fatores justificam a constante busca da Raízen pela diferenciação, com objetivo de aumentar a rentabilidade. A empresa opera em trading de etanol, com operações globais, importando commodities de bases localizadas em diversos países, principalmente nos EUA, e exportando material para uso mais nobre, usado para algumas marcas de saquê e vodka.

Esse aumento de rentabilidade impactou nos resultados da companhia. A Raízen é a segunda maior distribuidora de combustíveis do Brasil, atrás da BR, com 5.800 postos. A empresa dobrou o EBITDA (Earning Before Interest Tax Depretiation and Amortization) entre os períodos 2011/12 e 2015/16 para R$ 3,6 bilhões e pagou R$ 1,7 bilhão em dividendos.

Guimarães tem formação em Estatística, com MBA em Marketing pela Coppead ? UFRJ e experiência profissional de mais de 20 anos, sendo que a maior parte destes na Shell, onde atuou em diversas funções no Brasil, Estados Unidos e Inglaterra.