Projetos de Pesquisa: Dicas e inspirações de alunas para a jornada acadêmica
Lívia Cereja e Isabella Dannemann são entrevistadas e relatam experiências pessoais no desenvolvimento de um objeto de pesquisa.
Montar um projeto de pesquisa de mestrado é um passo crucial na jornada acadêmica. Ele serve como um norte para o seu trabalho, delineando os objetivos, metodologia e cronograma de estudos. Foi nesse contexto que as alunas da FGV, Lívia Cereja (Mestrado em Matemática Aplicada e Ciência de Dados da FGV EMAp) e Isabella Dannemann (Mestrado Profissional em Economia e Finanças da FGV EPGE) deram dicas sobre como esse processo funciona.
Alguns passos são fundamentais nessa jornada, como:
- Introdução;
- Revisão de Literatura;
- Justificativa;
- Objetivos;
- Metodologia;
- Cronograma;
- Referências.
Porém, em um projeto nem tudo sai como o previsto, muitas vezes é necessário trocar o tema, estender o prazo, entre outros fatores que podem acontecer. “Ter a mente aberta também ajuda para conseguir contornar o problema, fazer novos testes ou, tangenciar seu tema e escolher um similar ali com o que você começou que seja possível de responder dentro do prazo”, ressaltou Livia.
É preciso também perceber se o seu objeto de pesquisa tem sustentação científica para ser desenvolvido academicamente e só assim é possível iniciar a jornada. “É importante entender se você tem dados suficientes para trabalhar com o seu tema e isso também começa a direcionar um pouco mais do que você vai elaborar em termos de projeto de pesquisa”, disse Isabella.
Veja abaixo a entrevista completa com as alunas:
Como escolher um tema de pesquisa?
Lívia – É mais fácil quando parte de um interesse pessoal, sendo um tema que você já tem afinidade, como, por exemplo, tentar encaixar na sua área de atuação. E depois disso, muita conversa com o orientador.
Isabella - Compartilhando um pouquinho da minha experiência, eu acho que esse link com o mercado é super importante. Acabei desenvolvendo um trabalho aqui dentro da academia que levei para a minha companhia. Era um tema super importante no mercado de energia, local onde atuo. Esse tema acabou me dando muita visibilidade, pois além de uma promoção, eu consegui ir para o headquarter da minha companhia que fica na Noruega apresentar esse trabalho. É uma maneira também não só de alavancar a sua carreira, mas de trazer essa visibilidade.
Como formular uma pergunta?
Lívia – É difícil, mas muito importante, pois é a forma de você, dentro do tema abrangente que escolheu, conseguir direcionar a sua pesquisa.
Isabella – Eu também acho que é importante fazer uma revisão bibliográfica, essa pesquisa de mercado e entender o que já foi feito para a formulação da pergunta e o problema que você quer resolver.
Quais metodologias de pesquisa podem ser utilizadas?
Isabella – Eu acho que depende muito do tema que você escolheu, dessa direção que você quer tomar e qual o foco que você vai levar o seu projeto. Qual o tipo de pesquisa que você quer fazer? É importante entender se você tem dados suficientes para trabalhar com o seu tema e isso também começa a direcionar um pouco mais do que você vai elaborar em termos de projeto de pesquisa. Essa revisão bibliográfica é muito importante para esse entendimento do todo e te dá um direcionamento em relação ao seu projeto de pesquisa.
Como desenvolver um cronograma de pesquisa?
Isabella – O cronograma é a peça fundamental. Você consegue listar quais são as etapas do seu projeto, todas as suas prioridades. É importante definir uma data de início e de fim.
Às vezes a gente quer focar em algum tema, mas precisamos ter flexibilidade, trocar alguns pontos e esses imprevistos acontecem. É importante tentar ao máximo cumprir os prazos e sempre consultar o seu orientador para haver factibilidade e você consiga cumprir o combinado e de alguma maneira adaptar quando tiver algum imprevisto.
Lívia – Vai depender um pouco até da metodologia que você está usando. O cronograma serve para te orientar, mas ele é flexível.
Como lidar com desafios e contratempos durante a pesquisa?
Lívia - Quando eu cheguei em um impasse também, o que seria o primeiro passo mais fácil de resolver durou quase um mês ali naquele mesmo problema e o que me ajudou foi muita conversa com o meu orientador, reler a bibliografia, conversar com outras pessoas que trabalhavam com a metodologia similar.
Isabela – E falando um pouquinho do meu caso, eu tinha um tema de dissertação e eu acabei mudando esse tema porque é um tema que percebi que é muito mais relevante hoje para o mercado onde eu atuo. Eu acho que ele vai me ajudar não só a alavancar a minha carreira e trazer um pouco mais de visibilidade dentro da minha companhia como um tema que eu acho que é um tema que eu posso trazer aqui para a academia para também de repente fomentar novos estudos e novas pesquisas em relação a esse tema. Lidar com o estresse, mas também dividir isso com o orientador foi fundamental nesse processo e também para a minha decisão de troca de tema da dissertação.
Assista ao vídeo abaixo:
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