Ciências Sociais

Debate sobre aborto nas Redes Sociais supera mais de 1 milhão de menções com casos atuais de estupro

O estudo realizado pela FGV DAPP contabiliza mais de 286,2 menções sobre o tema.

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Debate sobre aborto nas Redes Sociais supera mais de 1 milhão de menções com casos atuais de estupro

A ascensão do debate sobre estupro vem ganhando visibilidade diante do desdobramentos dos casos recentes divulgados nas mídias. Nesta linha, a Diretoria de Análise de Políticas Públicas (FGV DAPP) realizou um levantamento sobre o aborto nas Redes Sociais. Entre os dias 1º de maio e 27 de junho, foram identificadas 1,47 milhão de postagens no Twitter relativas ao procedimento.

Atualmente estão em voga quatro episódios recentes. O caso da gravidez de uma menina de onze anos, vítima de estupro, em Santa Catarina; da atriz Klara Castanho, também violentada, em São Paulo (SP). Além desses casos, recentemente veio à tona uma menina abusada e mantida em cárcere privado, no Rio de Janeiro, e o médico que abusou de sua paciente durante o parto, em São João de Meriti (RJ).

A discussão teve maior repercussão no dia 25 de junho, contabilizando mais de 286,2 menções, quando o caso da menina catarinense foi associado à recente exposição de um episódio envolvendo a atriz Karla Castanho, atacada nas redes por ter entregue um bebê, fruto de estupro, para adoção.

Além disso, vale lembrar que em maio, a pauta sobre aborto se destaca com a notícia da revogação da lei nos EUA que garantia às mulheres direito ao aborto sem interferência do Estado, contabilizando mais de 34,6 mil menções no Twitter.

Das dez principais hashtags que circulam no debate, a mais utilizada, #abortonao ‒ que aparece em 21,4 mil tuítes ‒, reflete posicionamento contrário ao procedimento. Porém, se tomadas em conjunto, as hashtags que defendem o direito ao aborto têm maior engajamento ‒ por exemplo, #criancanaoemae, que aparece em 15,3 mil tuítes, e #abortoseguro e #abortolegal, em 8,5 mil e 5 mil tuítes, respectivamente. Outros indexadores, ainda, parecem insinuar métodos para se interromper a gestação, tais como #comoabortar e #abortoemcasa, além de #cytotec e #misoprostol, referentes a um medicamento com ação abortiva.

Para ter acesso ao estudo completo, acesse o site.