Estudo mostra impacto do uso de câmeras corporais na segurança em evento no Ministério Público Militar
Os resultados evidenciaram que o uso das câmeras corporais pela PMESP está associado a uma redução de Mortes Decorrentes de Intervenção Policial e a um aumento de notificações nos registros da Polícia Militar.
Joana da Costa Monteiro, coordenadora do Centro de Ciência Aplicada à Segurança Pública (FGV CCAS) e professora da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas (FGV EBAPE) participou do Encontro Nacional do Ministério Público no Sistema Prisional, Controle Externo da Atividade Policial e Segurança Pública, na sede do Ministério Público Militar (MPM), em Brasília, nos dias 1 e 2 de dezembro. Durante o painel “O uso das câmeras corporais e o seu impacto no Controle Externo da Atividade Policial”, ela apresentou pontos centrais do estudo que busca estimar o impacto da adoção de câmeras corporais portáteis pela polícia militar de São Paulo.
O estudo explora o fato de que as câmeras foram introduzidas de forma faseada. Isso permite entender se a evolução dos indicadores mudou nos batalhões, logo após o início do uso das câmeras, de forma distinta dos batalhões sem o uso da tecnologia. Foram analisados os impactos sobre uso da força, índices de crimes, registros no sistema interno da polícia e medidas de interação entre a polícia e os civis.
Os resultados evidenciaram que o uso das câmeras corporais pela PMESP está associado a uma redução de Mortes Decorrentes de Intervenção Policial e a um aumento de notificações nos registros da Polícia Militar. Não foi identificado efeito sobre indicadores criminais.
“Foi muito importante participar do Encontro Nacional do Ministério Público e apresentar os resultados da avaliação de impacto do uso das câmeras corporais, em São Paulo, para promotores que trabalham com segurança pública. Essa é uma forma muito interessante de disseminar os resultados de pesquisas para pessoas que trabalham com o tema, e possuem forte influência para promover políticas públicas baseadas em evidências", destaca Joana.
O estudo foi elaborado por Joana Monteiro, Eduardo Fagundes e Julia Guerra, pesquisadores do FGV CCAS e Leandro Piquet, professor da USP. Além deste painel o evento contou, também, com palestras de representantes do Ministério Público, Forças Armadas e órgãos da Segurança Pública, dentre outros.
Além de ser professora da FGV EBAPE e coordenadora do FGV CCAS, Joana Monteiro trabalhou por seis anos em cargos de confiança no governo do estado do Rio de Janeiro como Diretora-Presidente do Instituto de Segurança Pública (2015-2018) e como coordenadora do Centro de Pesquisa do Ministério Público do Rio de Janeiro (2019-2020).
Para ler a pesquisa completa, acesse o site.
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