Institucional

FGV Projetos participa de programa na Alemanha para conhecer experiências de planejamento urbano

Enquanto representante da FGV Projetos no programa, a coordenadora Silvia Finguerut esteve em Berlim e Hamburgo, entre os dias 3 e 9 de julho, para conhecer as experiências de planejamento urbano que estão sendo postas em prática nessas duas cidades.

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Com o objetivo de estreitar as relações bilaterais entre Brasil e Alemanha e incentivar parcerias envolvendo ambos os países, o Ministério Alemão dos Negócios Estrangeiros convidou a FGV Projetos para integrar a última edição do programa de visitas organizado pelo governo da Alemanha, que teve a urbanização como grande temática do encontro. Enquanto representante da FGV Projetos no programa, a coordenadora Silvia Finguerut esteve em Berlim e Hamburgo, entre os dias 3 e 9 de julho, para conhecer as experiências de planejamento urbano que estão sendo postas em prática nessas duas cidades.

Além de Silvia Finguerut, outros nove especialistas brasileiros compuseram a comitiva que foi à Alemanha, como Fernando de Mello Franco (secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano de São Paulo), Sérgio Póvoa Pires (presidente do Instituto de Planejamento Urbano e Pesquisa de Curitiba), Rovena Maria Negreiros Ferreira (ex-presidente da Emplasa - Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano e diretora-adjunta da Fundação Seade), Laura Sobral Rodrigues (presidente do Instituto A Cidade Precisa de Você), Nívea Maria Oppermann Peixoto (diretora de Desenvolvimento Urbano do WRI Brasil), entre outros profissionais da área e acadêmicos.

Durante sete dias, os participantes tiveram contato com gestores urbanos de Berlim e Hamburgo para discutir e conhecer, na prática, tópicos ligados ao desenvolvimento urbano integrado e sustentável na Alemanha, às medidas de urbanização adotadas em Berlim nos últimos 20 anos, ao conceito de desenvolvimento urbano com que se tem trabalhado para a capital alemã de 2030, ao desenvolvimento urbano ecologicamente consciente em Hamburgo, às práticas de desenvolvimento urbano participativo e sua aplicação em países emergentes, à criação de distritos criativos e aos desafios da gentrificação, entre outros.

Paralelamente, foram realizadas diversas visitas guiadas a projetos de urbanização, como as idas ao bairro berlinense de Holzmarkt, cujo mercado de madeira é tido como exemplo por concretizar uma filosofia de vida urbana que consegue conciliar natureza, economia e cultura, e ao campo Tempelhof, local onde funcionou um antigo aeroporto em Berlim e que foi preservado como espaço público urbano, condição essa reafirmada após a realização de um plebiscito em 2014. Já em Hamburgo, um dos pontos visitados foi o bairro de Hafencity, que possui, na região portuária, um grande projeto de revitalização concebido a partir de uma infraestrutura sustentável. Ainda em Hamburgo, os participantes do programa percorreram zonas residenciais de algumas partes da Velha e Nova Cidade, onde prédios históricos estão sendo ocupados por coletivos de artistas.

Segundo a coordenadora de projetos Silvia Finguerut, todas as iniciativas que conheceu na Alemanha são interessantes e podem servir de inspiração para boas práticas de desenvolvimento urbano no Brasil. Para ela, além das experiências ligadas à revitalização e à participação popular para resolução de problemas urbanos, é importante destacar as experiências sustentáveis. ?A exposição no Ibau Hamburg com experimentações sustentáveis apresenta um prédio cujo sistema de aquecimento é feito a partir de algas. São essas e outras soluções comprometidas com o meio ambiente que precisamos buscar e incorporar ao desenvolvimento urbano brasileiro?, exemplificou.

Em meio aos debates e à apresentação dos projetos de planejamento urbano existentes, outro foco da programação foi tratar da parceria entre Brasil e Alemanha no tocante à urbanização e, nessa mesma linha, das oportunidades de investimento para empresas alemãs no Brasil.

Moldando Cidades

A coordenadora de projetos Silvia Finguerut também esteve presente na conferência Urban Age, que aconteceu nos dias 14 e 15 de julho, na Itália. Este ano, a Urban Age ocorreu no âmbito da 15ª Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza e trouxe o tema ?Moldando Cidades? (?Shaping Cities?) como mote para reflexões sobre como as cidades são planejadas, por quem e para quem, e quais os meios de torná-las mais adaptáveis e sustentáveis. O evento fez parte das discussões preparatórias da  Conferência das Nações Unidas Habitat III sobre Cidades Sustentáveis, a ser realizada em Quito, no Equador, em outubro.

Organizada pelo centro internacional LSE Cities, da London School of Economics and Political Science e da Sociedade Alfred Herrhausen do Deutsche Bank, a Urban Age promoveu, desde 2005, mais de 10 conferências em regiões de rápida urbanização na África e na Ásia e em centros urbanos mais maduros na Europa e nas Américas. A Urban Age concentra sua linha de investigação internacional no estudo das dinâmicas espaciais e sociais.