FGV promove seminário para debater os 20 anos da Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação
O seminário teve como objetivo identificar os principais desafios à efetiva implementação de suas diretivas, além de debater o estado atual da educação no Brasil, as práticas pedagógicas e inovações em instituições de ensino básico, as questões da formação docente, carga horária e permanência na escola.

A FGV promoveu, no dia 19 de setembro, o debate sobre a Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que completa duas décadas em 2016. O seminário teve como objetivo identificar os principais desafios à efetiva implementação de suas diretivas, além de debater o estado atual da educação no Brasil, as práticas pedagógicas e inovações em instituições de ensino básico, as questões da formação docente, carga horária e permanência na escola.
O evento, promovido pela EPGE ? Escola Brasileira de Economia e Finanças, pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) e pelo FGV Ensino Médio, teve entre seus convidados o senador Cristovam Buarque, membro da Comissão de Educação, Cultura e Esporte, que ministrou uma palestra especial. Segundo ele, embora o Brasil tenha leis relativas à educação, algo não está funcionando bem e isso ameaça o projeto de futuro do país. O político disse que o país precisa de professores bem preparados, escolhidos entre os melhores quadros da juventude, com dedicação exclusiva, sendo avaliados periodicamente, segundo critérios estabelecidos. ?O professor tem que falar a linguagem dos jovens, que é a das tecnologias modernas, e a escola, por sua vez, tem que ser em horário integral, incluindo ensino de idiomas, para poder ensinar tudo e tirar as crianças e jovens da rua e da frente da televisão?, destacou.
O senador disse ainda que, para dar um salto de qualidade na educação, o Brasil precisa oferecer mesma qualidade de ensino para todos. Para Cristovam, se isso fosse implantado hoje, a nova escola diminuiria a desigualdade herdada, apesar do problema só ser resolvido totalmente na segunda geração, ou seja, para os filhos das atuais crianças brasileiras. Cristovam defende ainda que o principal foco deve ser a melhora da educação de base.
De acordo com Marieta de Moraes Ferreira, coordenadora do FGV Ensino Médio, ainda há muito que ser feito para o Brasil ter uma educação de qualidade. ?A formação do professor é o ponto crucial para a melhoria do ensino. Faltam iniciativas que levem a uma mudança qualitativa. As licenciaturas são cursos que não preparam de fato os professores para a atividade docente, apesar de haver uma disciplina para isso. O docente tem inúmeros desafios, como lidar com os alunos da escola pública, que muitas vezes apesentam dificuldades, e a necessidade de introduzir novas estratégias de ensino?, avaliou.
O evento contou ainda com a presença do presidente do Conselho Nacional de Educação, Gilberto Garcia; do chefe de Gabinete de Regulação e Supervisão do Ministério da Educação, Rubens de Oliveira Martins; do diretor de Integração Acadêmica da FGV, professor Antonio Freitas; do diretor da EPGE, Rubens Penha Cysne; do vice-diretor da EPGE, professor Aloisio Araujo; do pesquisador do IBRE, professor Fernando Holanda Barbosa Filho; do conselheiro da FGV, Roberto Paulo Cezar de Andrade; do membro da Academia Brasileira de Letras, professor Arnaldo Niskier; do diretor de Programas da Secretaria Executiva do Ministério da Educação, Ricardo Corrêa Coelho; da diretora Acadêmica do Colégio Santo Inácio, professora Ana Maria Bastos Loureiro; do vice-presidente Pedagógico do Grupo Eleva, Márcio Cohen; da supervisora Pedagógica do Colégio São Bento, Maria Elisa Penna Firme Pedrosa; do diretor geral do Colégio Andrews, professor Pedro Flexa Ribeiro; da secretária municipal de Educação, professora Helena Bomeny; e dos professores Kaizô Beltrão da EBAPE e Paulo Cezar Carvalho da EMAp.
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