Economia

IGP-10 desacelera para 0,04% em março de 2025

O índice acumula alta de 1,44% no ano e 8,59% nos últimos 12 meses.

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relogio medidor de consumo de energia elétrica

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) registrou alta de 0,04% em março, abaixo do mês anterior, quando havia avançado 0,87%. Com esse resultado, o índice acumula alta de 1,44% no ano e 8,59% nos últimos 12 meses. Em março de 2024, o IGP-10 havia caído 0,17% no mês e apresentava queda acumulada de 4,05% em 12 meses.

“Nos Preços ao Produtor, a incerteza global intensificada pela Guerra Comercial dos EUA levou à queda dos preços do minério de ferro em março, impactando a retração do IPA. No âmbito do INCC, quase todos os grupos desaceleraram, com exceção de Materiais e Equipamentos, que registrou alta de 0,52%, impulsionada pelo aumento nos preços de Materiais para Instalação. Já nos preços ao consumidor, o grupo Habitação exerceu influência significativa para a alta do índice, especialmente devido às variações na tarifa de eletricidade residencial e no aluguel residencial”, afirma Matheus Dias, economista do FGV IBRE.

Qual o valor do IGP-10 acumulado em 12 meses?

O IGP-10 acumulado é de 8,59% nos últimos 12 meses.

Mês de
referência
Evolução
Mensal
Acumulado
12 meses
mar/250,04%8,59%
fev/250,87%8,35%
jan/250,53%6,73%
dez/241,14%6,61%
nov/241,45%6,07%
out/241,34%5,10%
set/240,18%4,25%
ago/240,72%4,26%
jul/240,45%3,38%
jun/240,83%1,79%
mai/241,08%-1,27%
abr/24-0,33%-3,81%
mar/24-0,17%-4,05%

 

Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) desacelera para -0,26%

Em março, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,26%, registrando um recuo expressivo, quando comparado a alta de 1,02% observada em fevereiro. Analisando os diferentes estágios de processamento, percebe-se que o grupo de Bens Finais acelerou para 1,12% em março, após registrar taxa de 0,10% em fevereiro. Seguindo esse comportamento, o índice correspondente a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos de alimentos in natura e combustíveis para consumo, passou de 0,17% em fevereiro para 0,34% em março. A taxa do grupo Bens Intermediários arrefeceu para 0,14% em março, apresentando um recuo importante em relação ao mês anterior, quando registrou taxa de 1,17%. O índice de Bens Intermediários (ex) (excluindo o subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção) subiu para 0,30% em março, porém em menor intensidade em relação ao mês anterior, quando registrou alta de 0,99%. O estágio das Matérias-Primas Brutas desacelerou para -1,36% em março, após alta de 1,49% em fevereiro.

 

IPC avança para 1,03% em março

Em março, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou taxa de 1,03%, acelerando em relação ao mês anterior, quando o índice subiu 0,44%. Entre as oito classes de despesa que compõem o índice, cinco apresentaram avanços nas suas taxas de variação: Habitação (-0,44% para 2,77%), Alimentação (0,87% para 1,31%), Vestuário (-0,46% para 0,24%), Comunicação (0,08% para 0,40%) e Despesas Diversas (0,53% para 0,84%). Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (0,29% para -1,98%), Transportes (1,14% para 1,03%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,61% para 0,51%) exibiram recuo em suas taxas de variação.

 

Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) recua para 0,43% em março

Em março, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou alta de 0,43%, porém inferior à taxa de 0,55% observada em fevereiro. Analisando os três grupos constituintes do INCC, observam-se movimentações distintas nas suas respectivas taxas de variação na transição de fevereiro para março: o grupo Materiais e Equipamentos acelerou de 0,33% para 0,52%; o grupo Serviços desacelerou sua taxa de 0,90% para 0,18%; e o grupo Mão de Obra recuou de 0,79% para 0,36%.

O estudo completo está disponível no site.

Acesse aqui o material complementar


O que é o IGP-10? 

O IGP-10 é uma das versões do Índice Geral de Preços (IGP) do Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE). Registra a inflação de todos os segmentos desde matérias-primas agrícolas e industriais utilizadas pelos produtores até bens e serviços finais demandados pelos consumidores.

 

Como é calculado? 

O índice mede a evolução dos preços no período compreendido entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10 do mês atual. Ele é uma média ponderada de outros três índices: 

  • IPA-10 (Índice de Preços ao Produtor Amplo – 10), com peso aproximado de 60%; 
  • IPC-10 (Índice de Preços ao Consumidor – 10), com peso aproximado de 30%; 
  • INCC-10 (Índice Nacional de Custo da Construção – 10), com peso aproximado de 10%. 

 

Quais as diferenças entre o IGP-10, INCC-M e IGP-M? 

O IGP-10 e o IGP-M são essencialmente o mesmo índice, sendo diferenciados apenas pelo período de apuração da variação de preços: enquanto o IGP-10 apura as variações entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10 do mês atual, o IGP-M apura entre o dia 21 do mês anterior e o dia 20 do mês atual. Já o INCC-M é um componente do IGP-M, do mesmo modo que o INCC-10 é componente do IGP-10.

 

Qual o público-alvo? 

Como o IGP-10 é um índice múltiplo, seus componentes possuem públicos-alvo diferentes: o IPA-10 abrange os produtores dos setores agropecuário e da indústria de transformação; o IPC-10 abrange a cesta das famílias com renda de 1 a 33 salários-mínimos; e o INCC-10 abrange o setor da construção de imóveis residenciais.



Calendário de divulgação 2025:

O calendário completo será divulgado em breve.

Confira todos os resultados do IGP-10 em 2025