Economia

IVAR: Índice de Variação de Aluguéis sobe 3,73% em janeiro de 2025

Porto Alegre foi a cidade com maior alta no índice.

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IVAR: Índice de Variação de Aluguéis sobe 3,73% em janeiro de 2025

O Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR) de janeiro de 2025 apresentou uma alta de 3,73%, revertendo o movimento registrado em dezembro. Esse resultado contribuiu para reduzir a variação acumulada em 12 meses para 7,99% em janeiro de 2025, visto que em janeiro do ano anterior os preços registraram alta de 4,34%. A variação acumulada em 12 meses, representou uma taxa 0,64 ponto percentual menor em relação aos 8,63% reportados em dezembro de 2024.

“Os registros mostram que o mês de janeiro costuma apresentar um forte movimento de sazonalidade, com maior volume de reajustes de aluguéis residenciais sendo realizados nessa época do ano, o que explica, em parte, a alta apresentada no índice. Adicionalmente, temos ainda a manutenção das condições de crédito em patamares restritivos - atualmente, a taxa média de juros de financiamento imobiliário está em torno de 11% ao ano, o que ajuda a entender o porquê da preferência das pessoas por aluguel residencial”, afirma Matheus Dias, economista do FGV IBRE.

Entre dezembro e janeiro de 2025, o Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR) registrou altas em três das quatro capitais brasileiras. Em Porto Alegre, o movimento do índice foi de alta acentuada dos preços em relação ao mês anterior, com o índice saindo de 1,52% em dezembro para 5,97% em janeiro. Em São Paulo, o IVAR saiu de -2,07% em dezembro para 4,28% em janeiro. No Rio de Janeiro, o índice passou de -5,90% em dezembro para uma alta de 2,52% em janeiro. Em Belo Horizonte, houve queda nos preços, com o índice passando de 1,20% em dezembro para -0,75% em janeiro.

 

Rio de Janeiro é a cidade com aceleração mais alta em 12 meses

A taxa interanual do aluguel residencial apresentou aceleração em duas das quatro cidades analisadas. No Rio de Janeiro, a taxa saiu de 6,16% em dezembro para 7,45% em janeiro. Em São Paulo, entre dezembro e janeiro, a variação interanual passou de 5,52% para 6,15%, indicando uma aceleração no ritmo de crescimento dos preços de aluguéis residenciais nessa região. Em Belo Horizonte, houve registro de aceleração na taxa interanual, onde a taxa acumulada em 12 meses passou de 10,71% para 10,05%. Porto Alegre foi a capital com maior registro de desaceleração, dentre as capitais divulgadas, com o índice saindo de 12,64% em dezembro para 8,65% em janeiro de 2025.

O estudo completo está disponível no site.

Acesse aqui o material complementar.
 

Variação % acumulada em 12 meses

 

Qual o valor do IVAR acumulado em 12 meses?

A variação acumulada em 12 meses é de 7,99%.

Mês de
referência
Evolução
Mensal
Acumulado
12 meses
jan/253,73%7,99%
dez/24-1,28%8,63%
nov/24-0,88%8,75%
out/24-0,89%9,32%
set/240,33%12,29%
ago/241,93%9,97%
jul/24-0,18%9,90%
jun/240,61%10,66%
mai/240,21%9,45%
abr/241,40%9,16%
mar/241,06%8,48%
fev/241,79%8,38%
jan/244,34%7,60%

 

Calendário de Divulgação 2025:

O calendário completo será divulgado em breve.

Confira todos os resultados do IVAR em 2025.

 

Resultados anos anteriores: 

 


 

O que é o IVAR?

O Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR), calculado pela Fundação Getulio Vargas, mede a evolução mensal dos valores de aluguéis residenciais em quatro das principais capitais brasileiras – Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre – com base em informações anonimizadas de contratos de locação obtidas pelo FGV IBRE junto a empresas administradoras de imóveis. O IVAR representa um aprimoramento das estatísticas sobre aluguéis residenciais do FGV IBRE e, também passa a compor as diferentes versões do IPC/FGV no subitem Aluguel Residencial.

 

Por que o IVAR foi criado?

Para mensurar a evolução dos valores de aluguéis residenciais no Brasil levando em consideração os valores de transação, ou seja, com base em contratos de locação efetivamente firmados, sejam novos ou contratos renegociados e seus reajustes anuais. O objetivo é oferecer um índice que reflita de maneira mais fiel a realidade do mercado imobiliário, e que sirva como bom balizador também para definição de políticas públicas.

 

Como o IVAR é calculado?

O índice é calculado considerando-se o valor dos aluguéis, características dos imóveis e efeitos das variações do mercado. Os dados usados na elaboração do IVAR são valores de contratos fornecidos por um conjunto de agentes do mercado imobiliário que fazem a intermediação de operações de locação. A atualização desses valores ao longo do tempo para um mesmo imóvel ocorre em momentos pré-estabelecidos nos contratos para reajustes, ou por negociações entre as partes no meio desses períodos. Um mesmo imóvel é seguido ao longo do tempo em diferentes contratos, como parte da dinâmica natural do mercado. Em qualquer uma dessas circunstâncias, os valores considerados são aqueles efetivamente desembolsados pelos locatários em cada período do tempo, constituindo, portanto, a informação ideal para o cálculo de um índice que reflita a evolução dos fundamentos do mercado imobiliário.

 

IVAR X IGP-M

O IVAR e o IGP-M são índices bem distintos.

O IGP-M é a média da inflação em três grandes setores da economia, seja o agronegócio e a indústria da transformação, as despesas das famílias e, também, as despesas com materiais e serviços da construção – 60% Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA); 30% Índice de Preços ao Consumidor (IPC); e 10% Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).

Dessa forma, o IGP-M é um índice amplo: mede a variação média de serviços e produtos que desafiam várias indústrias e setores da economia. O IGP-M é fortemente influenciado pelo dólar e pelo preço das commodities no mercado internacional.

O IVAR é um índice específico para a medição da variação dos aluguéis residenciais. Mede a variação de preço para qualquer fim.