Livro sobre patrimônio e transformações culturais nas cidades é lançado em webinar
A obra trata das transformações urbanas de Barcelona, Viena, Paris e Londres, explorando a relação entre reforma, preservação e diferentes vertentes de restauração, além do Brasil.

A FGV Editora promoverá no próximo dia 9 de fevereiro, às 18h, no canal da FGV no Youtube, o webinar de lançamento do livro “Cidade é patrimônio: uma viagem”, da socióloga Lúcia Lippi. Para marcar este lançamento, a autora participará de um bate-papo com o arquiteto e urbanista Sérgio Ferraz Magalhães e o historiador Bernardo Buarque de Hollanda.
A obra trata das transformações urbanas de Barcelona, Viena, Paris e Londres, explorando a relação entre reforma, preservação e diferentes vertentes de restauração. No caso do Brasil, a autora discorre sobre o nacionalismo arquitetônico representado pelo estilo Neocolonial, que teve na Exposição Internacional no Centenário em 1922 seu apogeu. Além disso, o livro faz um contraponto entre antigas e novas capitais, como Belo Horizonte e Ouro Preto; e Brasília e Rio de Janeiro, do início do século XX e do XXI.
Para elaboração do enredo, foi realizado o levantamento, a leitura e a seleção de artigos, livros, teses que apresentam argumentos pertinentes ao tema de cada um dos capítulos existentes. “Isso foi feito em um universo bibliográfico enorme que se origina em múltiplos campos do saber — urbanismo, arquitetura, geografia, sociologia, antropologia, ciência política — e que cresce continuamente”, explicou Lúcia Lippi.
O livro foi desenvolvido em 2020, ano em que teve início a pandemia da Covid-19 e, este novo olhar sobre a cidade esvaziada — devido às restrições de circulação — faz parte desta análise. “O enfrentamento da crise sanitária se apresentou como uma experiência nova no mundo atual, o que se contrapõe às demandas de mobilidade e de consagração da interação social nos espaços públicos enquanto arena fundamental da sociedade humana”, destacou a socióloga.
Para ela, “o uso positivo da máscara também se apresenta como desafio, já que ela esconde e desfigura os rostos que apareciam nas cidades como lugar de reconhecimento mútuo permitindo a comunicação”, disse a escritora, lembrando que, além dessa interferência protetora à saúde, barreiras ao fluxo de pessoas com a interrupção dos transportes e, consequentemente, do turismo, despertou medos, preconceitos e paranoias no ambiente da cidade.
O livro tem a função de divulgar conhecimento para um público universitário e para todos os interessados na história das reformas urbanas de algumas cidades nos séculos XIX e XX e nos desafios e soluções atualmente em voga.
Para se inscrever no evento acesse o link.
Leia também