Obras de Maria Martins se destacam entre visitantes da nova exposição da FGV sobre Brasília
Tiago Rodrigues, Cintia Marques e Paola Lins, o que eles têm em comum? O apreço pelas obras de Maria Martins expostas na mais nova exposição da FGV Arte.
Tiago Rodrigues, Cintia Marques e Paola Lins, o que eles têm em comum? O apreço pelas obras de Maria Martins expostas na mais nova exposição da FGV Arte, na Sede da FGV, no Rio de Janeiro. São quase 20 obras da artista.
O músico Tiago Rodrigues relatou que as obras que mais interessavam a ele eram as de Maria Martins, pela importância que têm na história da arte brasileira. Além disso, comentou que a exposição está muito completa e rica. Contendo muitas obras, em diversas mídias, formatos e meios diferentes, o que ressalta a riqueza da arte contemporânea brasileira, principalmente das artes plásticas.
Paola Lins, antropóloga, por sua vez, ressaltou a importância de uma exposição sobre a capital do Brasil. Brasília, segundo ela, tem esse impacto em quem a visita pela primeira vez, por ser uma cidade toda construída pelos candangos – migrantes oriundos, sobretudo, do Nordeste brasileiro. “Uma exposição que tenha registros e tematize isso é muito interessante. Acho uma oportunidade de termos contato com a história dessa cidade, que é uma invenção brasileira”.
Não seria de se estranhar que a professora de artes, Cintia Marques, também se interessasse pelo tema, afinal, a criação do Distrito Federal é um marco para a arquitetura brasileira, e a artista Maria Martins estava incluída em suas expectativas em relação à exposição. Para Cintia, ver, valorizar e divulgar o trabalho de umas das mais importantes escultoras brasileiras é fundamental.
Muito pertinente para o momento atual, a exposição traz obras de artistas que retratam contextos sociais e políticos, indispensáveis para o debate público no país.
Maria Martins: Uma voz singular no modernismo
Maria Martins (1894-1973) foi uma artista brasileira visionária que deixou uma marca no movimento surrealista e no modernismo internacional. Começou sua carreira na década de 1940, tendo sua presença no cenário artístico marcado e influenciado a história da arte brasileira.
A artista manteve colaborações próximas com figuras proeminentes como André Breton, Marcel Duchamp e Piet Mondrian, o que contribuiu para sua abordagem inovadora e vanguardista. Sua obra transcendeu os limites do surrealismo, rompendo conceitos estabelecidos ao desenvolver uma linguagem ousada e essencialmente poética.
A complexidade de suas incursões plásticas denota uma profundidade enraizada em uma cultura humanista, envolta em reflexões filosóficas oportunas. Maria explorou uma variedade de meios de expressão, incluindo esculturas, objetos cerâmicos, desenhos e textos escritos.
Suas intensas pesquisas resultaram na transformação de figuras humanas a partir de expressões que exaltam a natureza. Com sua abordagem arrojada e visão única, a artista deixou um legado duradouro na arte modernista internacional, desafiando noções preconcebidas e abrindo novos caminhos para a expressão artística.
Local:
FGV Arte
Praia de Botafogo, 190, Botafogo, Rio de Janeiro/RJ
Horário (de 13 de abril a 14 de julho):
Terça a sexta, 10h às 20h
Sábado, domingo e feriados, 10h às 18h
Para saber mais sobre a FGV Arte, acesse o site.
Leia também