O Presidente da Fundação Getulio Vargas, Carlos Ivan Simonsen Leal, foi uma das importantes personalidades a compor a cerimônia de abertura do XII Fórum de Lisboa, que teve como tema “Avanços e recuos da globalização e as novas fronteiras: transformações jurídicas, políticas, econômicas, socioambientais e digitais”. Nesta edição, que ampliou os debates para além da área jurídica, ainda moderou o painel “Integração Global e Blocos Econômicos”. O vice-presidente da FGV, professor Clóvis de Faro, também acompanhou os três dias de evento na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

A mesa de abertura, realizada no Auditório da Reitoria, contou, ainda, com as participações de Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil (STF), professor do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) e doutor em Direito pela Universidade de Münster; José Pedro Aguiar-Branco, presidente da Assembleia da República Portuguesa; Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados do Brasil; Eduardo Vera-Cruz Pinto, diretor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa; José Alberto Simonetti, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil; Carlos Blanco de Morais, professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa; e do presidente do Fórum de Integração Brasil Europa, Vitalino Canas.

Já no painel “Integração Global e Blocos Econômicos”, moderado pelo presidente da FGV, estiveram presentes influentes gestores. Foram eles, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil; Roberto Azevêdo, diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (2013-2020); Miguel Moura e Silva, professor Associado da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, e Joaquim Levy, economista-chefe do Banco Safra, completaram o painel.

O evento contou também com a importante participação de Thomas Friedman, autor do bestseller The World is Flat e colunista de relações exteriores do New York Times. Vencedor de três prêmios Pulitzer e conhecido pelas suas reportagens e pela análise acessível de questões complexas que moldam o mundo, ele integrou o debate “Desafios atuais da economia global digitalizada”, moderado por André Esteves, cofundador da Inteli e chairman e sócio sênior do BTG Pactual, e Gilmar Mendes. Com uma linguagem clara e convincente, Friedman discutiu as oportunidades e os desafios que as "acelerações", incluindo a tecnologia e a conectividade, apresentam. Também explorou soluções - a nível local e global - para garantir o futuro do trabalho, das competências, da renda e da prosperidade.

As professoras da Escola de Políticas Públicas e Governo (FGV EPPG) em Brasília, Liziane Angelotti Meira e Hadassah Laís de Sousa Santana participaram de mesas de debate no Workshop Investimentos e Tributação do Fórum de Integração Brasil Europa, organizadas pelo FIBE (Fórum de Integração Brasil Europa), do qual ambas são associadas fundadoras.

Em sua décima segunda e maior edição dos últimos anos, o Fórum de Lisboa contou com 50 painéis, mais de 320 palestrantes e um público de mais de 2,4 mil pessoas, entre brasileiros e europeus. Organizado pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), pelo Lisbon Public Law Research Centre (LPL) da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e pela Fundação Getulio Vargas, por meio da FGV Justiça, o evento permitiu um diagnóstico sobre como a globalização tem sido fomentada ou desestimulada em alguns campos, e os fatores de impacto no Brasil e no mundo. Pela primeira vez, o Fórum descentralizou sua linha de debates voltadas apenas para a área jurídica e somou outras áreas de conhecimento e discussão, como sustentabilidade, transição energética, infraestrutura e segurança pública.

Acadêmicos, gestores, especialistas, autoridades públicas e representantes da sociedade civil organizada prestigiaram vários dos painéis desta edição, como Aloizio Mercadante, presidente do BNDES; José Berenguer, CEO do Banco XP; Michel Temer, presidente da República Federativa do Brasil (2016-2019); Luís Roberto Barroso, presidente do STF do Brasil; Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial do Brasil; Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia do Brasil; Luiza Trajano, presidente do Conselho de Administração Magazine Luiza; André Esteves, Cofundador da Inteli e Chairman e Sócio Sênior do BTG Pactual; Cláudio Castro, governador do Estado do Rio de Janeiro, e Tarcísio de Freitas, governador do Estado de São Paulo.

A programação do Fórum também incluiu a participação dos ministros dos tribunais brasileiros Alexandre de Moraes (STF), Dias Toffoli (STF), Flávio Dino (STF), Daniela Teixeira (STJ), Afrânio Vilela (STJ), Sebastião Reis Júnior (STJ), Rogerio Schietti Cruz (STJ), Humberto Martins (STJ), Luiz Alberto Gurgel de Faria (STJ), Ricardo Villas Bôas Cueva (STJ), Marco Buzzi (STJ), João Otávio de Noronha (STJ), Cristiano Zanin (STF) e Mauro Luiz Campbell Marques (STJ).

Durante os três dias de evento, a FGV Justiça organizou um stand com as publicações impressas e digitais e apresentou pesquisas inéditas ao longo das mesas de debate.

A pesquisa “Ações anulatórias de sentença arbitral” foi apresentada por Luis Felipe Salomão, ministro do STJ e Coordenador da FGV Justiça, e Peter Sester, professor e pesquisador, no debate “Arbitragem na economia global: as dores do crescimento”. O desembargador federal e coordenador da linha de pesquisa Finanças Públicas e Tributação da FGV Justiça, Marcus Abraham, participou da mesa “As Reformas Tributárias sobre renda e consumo” e expôs os resultados preliminares da pesquisa “Impacto social da Reforma Tributária".

Luis Felipe Salomão apresentou a pesquisa “Moderação de conteúdo nas plataformas digitais”, no painel “A reforma do código civil no Brasil”, e Antonio Saldanha, ministro do STJ do Brasil e coordenador da linha de pesquisa de Saúde da FGV Justiça, divulgou “Raio X da Saúde suplementar no Brasil”, no painel “O papel do setor privado na prestação de saúde”.

Compondo a agenda de palestras do XII Fórum de Lisboa, a coordenadora de Cultura e Meio Ambiente da FGV Conhecimento, Silvia Finguerut, moderou a mesa “Agenda Verde e Desenvolvimento Econômico”. Já o desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e coordenador adjunto da FGV Justiça, Elton Leme, palestrou em “Mudanças climáticas e cidades resilientes”. O ministro do Tribunal de Contas da União e coordenador da linha de pesquisa de infraestrutura da FGV Justiça, Benjamin Zymler, participou da mesa “Concessões de Serviços Delegados”. E, por fim, o professor da FGV Direito SP e coordenador científico da pesquisa “Técnica e preço em licitações de saneamento” da FGV Justiça, Fernando Marcato, foi moderador da mesa “Desenvolvimento sustentável, globalização e inovação”.

O Fórum é um evento gratuito e aberto ao público, que ocorre anualmente, com o intuito de debater importantes questões no âmbito do direito, da governança, da gestão pública e privada, da responsabilidade social, da saúde, do meio ambiente e das mudanças climáticas.

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