Direito Rio lança segundo volume de livro sobre superendividamento dos brasileiros
Nesse trabalho, foram traçadas as diferentes perspectivas e problemáticas do superendividamento, relacionando-se as causas, a extensão e a repercussão desse fenômeno na economia doméstica dos brasileiros.

Um raio-x da população endividada no país. A Escola de Direito do Rio de Janeiro da FGV (Direito Rio) acaba de lançar o segundo volume do livro “Superendividamento no Brasil”. A obra, fruto de pesquisa dos professores Antônio José Maristrello Porto, Danielle Borges, Melina de Souza Rocha Lukic e Patrícia Regina Pinheiro Sampaio, tem entre seus objetivos dar uma ideia mais clara da capacidade de pagamento das famílias e quais são os fatores determinantes do superendividamento dos consumidores de crédito.
Nesse trabalho, foram traçadas as diferentes perspectivas e problemáticas do superendividamento, relacionando-se as causas, a extensão e a repercussão desse fenômeno na economia doméstica dos brasileiros.
O livro mostra que, de acordo com o Banco Central, a parcela da renda familiar que tem sido usada para o pagamento de dívidas subiu de 18,4% em janeiro de 2005 para 46% em julho de 2014. Aproximadamente 34% dos entrevistados relatou enfrentar dificuldades financeiras, sendo que indivíduos no Nordeste tendem a ter maior probabilidade de se enquadrar nessa situação, em relação aos moradores do Sul e Centro-Oeste do Brasil.
Do total de superendividados declarados, a maioria encontra-se empregada. Analisando pela faixa etária, a maior parte está concentrada na faixa entre 25 e 44 anos, ou seja, a classe trabalhadora mais jovem. Aumento nas despesas mensais, gastos inesperados e até consumo impulsivo estão entre os motivos constatados para o crescimento das dívidas, que foram contraídas em sua grande maioria com cartão de crédito e carnês de lojas.
O volume II do livro “Superendividamento no Brasil” está disponível para compra no site.
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