Direito

Direito SP reformula grade da graduação e enfatiza ensino por projetos e conteúdos essenciais

As mudanças da grade, que já valem para as turmas que iniciam as aulas em 2017, estão sendo debatidas há dois anos, como forma de se buscar intersecção entre os conteúdos exigidos pelos órgãos reguladores e com as demandas dos alunos, do mercado e da sociedade.

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O programa de graduação da Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (Direito SP) reduziu de nove para cinco o número de disciplinas obrigatórias oferecidas em cada semestre nos três primeiros anos do curso. A iniciativa tem como principal objetivo permitir que a dedicação dos alunos em cada disciplina seja mais aprofundada e a participação nas aulas mais qualificada.

Segundo Adriana Ancona de Faria e Roberto Dias, respectivamente vice-diretora administrativa e coordenador de graduação, essa proporção entre o tempo em sala de aula e o tempo dedicado à leitura, pesquisa e trabalhos é comum em faculdades de direito europeias e norte-americanas, onde muitos alunos matriculados em apenas três ou quatro disciplinas passam grande parte do dia nas bibliotecas das universidades. 

Outra inovação presente na nova grade curricular é a ênfase no ensino por projetos. Nesse método, o ponto de partida é um problema complexo e multidisciplinar, cabendo aos alunos compreender os interesses e as perspectivas dos diferentes agentes envolvidos e, após aprofundamento teórico e prático nos temas relacionados, construir uma solução jurídica aplicada ao caso concreto. 

As mudanças da grade, que já valem para as turmas que iniciam as aulas em 2017, estão sendo debatidas há dois anos, como forma de se buscar intersecção entre os conteúdos exigidos pelos órgãos reguladores e com as demandas dos alunos, do mercado e da sociedade.

Segundo Roberto Dias, a nova grade permitirá que os alunos tenham mais tempo para se envolver em projetos de pesquisa e se preparar para competições internacionais, além de permitir uma aproximação ainda maior do aluno com a prática e a realidade do universo jurídico ao longo de sua formação.

“As mudanças dão prosseguimento à missão adotada pela Direito SP desde a sua criação, há 15 anos, que é formar um advogado globalizado, com condições de dialogar com outras áreas do conhecimento por meio de uma metodologia inovadora”, destaca o professor.

Para Adriana Ancona de Faria, a reformulação da grade continuará a formar um profissional do direito com capacidade de solucionar problemas complexos, formular políticas públicas e oferecer novas soluções a demandas não previstas pelos códigos legislativos.

O professor Roberto Dias destaca que também foram incorporadas importantes transformações pelas quais o mundo passou nos últimos anos, como o papel das novas tecnologias no mundo jurídico e a revalorização da ética. Esses dois fatores, segundo o docente, provocaram profundas transformações nas instituições jurídicas e no ensino do Direito.

A mudança, no entanto, não trará alteração nas premissas do curso, que continua sendo integral nos primeiros três anos, com ênfase no ensino participativo e no método socrático. A carga horária total, de 4.500 horas-aula, também permanece inalterada. 

Para saber mais sobre o curso de graduação da Direito SP, acesse o site.