Economia

História econômica da cidade do Rio de Janeiro é tema de novo livro

Obra aprofunda a história da cidade através de novas fontes de pesquisa

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Banner do livro História Econômica da Cidade do Rio de Janeiro

O professor André Arruda Villela percorre, nesta obra, cerca de 450 anos da história econômica da cidade do Rio de Janeiro, onde revisita criticamente a historiografia econômica da cidade e, com base nas fontes primárias, particularmente nas quantitativas, embora não esqueça as qualitativas, analisa a formação histórica do Rio de Janeiro do século XVI ao tempo presente. 

Cruzando a economia com a demografia, a política e as questões de saúde - como os problemas das epidemias que assolaram a cidade no século XIX e início do XX, o livro de André Villela, “aprofunda o que já foi dito”. 

Através de consultas a fontes primárias de difícil acesso nos primeiros estudos, com destaque para a pesquisa de Eulália Lobo, o autor pôde dedicar-se à análise de discrepâncias entre fontes, enfatizando a necessidade de decidir entre as mais confiáveis. 

aprofunda o que já foi dito. Boa leitura para todos. 

No livro História econômica da cidade do Rio de Janeiro: da fundação ao século XXI, publicado pela Editora FGV em parceria com a FGV/EPGE, o desafio consiste em resumir a trajetória longa e multifacetada envolvendo a região que, por cerca de dois séculos a partir da fundação do seu núcleo urbano, revestiu-se de importância relativamente menor no contexto da América portuguesa, mas que, na sequência, assumiria proeminência sem paralelo na história brasileira. A posição desfrutada pelo Rio no topo da hierarquia urbana do país não duraria indefinidamente, dando origem a processo de perda de centralidade política e econômica iniciado na segunda metade do século XX e que perdura até hoje. 

De acordo com Villela, o ponto de partida natural para este esforço de resumo é a dimensão populacional da história da cidade: de algumas centenas de habitantes espremidos na várzea situada entre o Pão de Açúcar e o morro Cara de Cão em 1565, chegando ao ano de 2022, quando a cidade computava cerca de 6,2 milhões de habitantes em região. No caminho inverso, os limites da cidade original, conforme estabelecidos em 1567 por Mem de Sá, foram reduzidos quase pela metade ao longo dos séculos até alcançar a superfície atual de aproximadamente 1.200 km2. 

O livro aborda a evolução da cidade, desde O período colonial, com novas fontes analisadas pelo autor, dos séculos XVI, XVII e XVIII; analisa as mudanças ocorridas no período imperial, com a vinda da Corte portuguesa, chegando ao fim da Guerra do Paraguai até os últimos momentos deste período. 

A obra avança para o período da cidade como Distrito Federal, separando as fases que abrangem da Proclamação da República à Primeira Guerra, ao período seguinte da Grande Depressão, a Era Vargas e o desempenho da economia até os anos de 1960. 

Finalizando esse arco histórico, o autor analisa o período seguinte até o ano de 2020, separando as análises da economia do estado da Guanabara (1960-75), seguida dos períodos da cidade do Rio de Janeiro até dos anos 2020. 

Trata-se de um livro que pretende ajudar a entender as razões da decadência da cidade e avaliar as possibilidades de sua reversão. 

 O lançamento será na Livraria da Travessa de Ipanema, no dia 27 de março, às 19h.