Economia

Mercado de trabalho no Nordeste melhora, mas incertezas persistem

Mercado de trabalho no Nordeste apresentou avanços expressivos em 2024, conforme apontam os dados do Boletim elaborado pelo FGV IBRE

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Homem de meia idade trabalhando em uma loja

O mercado de trabalho no Nordeste apresentou avanços expressivos em 2024, conforme apontam os dados do Boletim Macro Regional - Nordeste, de março de 2025, elaborado pelo FGV IBRE. A taxa de desocupação da região fechou o ano em 8,6% no quarto trimestre, um recuo significativo em relação aos 10,4% do mesmo período de 2023. Além disso, foram criadas mais de 330 mil vagas formais ao longo do ano, evidenciando uma recuperação sólida do emprego. 

Entre os estados nordestinos, o Ceará registrou a menor taxa de desocupação (6,5%), enquanto Pernambuco (10,2%) e Bahia (9,9%) tiveram os piores desempenhos. A taxa de participação da força de trabalho também apresentou crescimento, passando de 54,2% no quarto trimestre de 2023 para 55,2% no mesmo período de 2024. Apesar desses avanços, a taxa de participação ainda está abaixo dos níveis pré-pandemia, que chegavam a 58% entre 2014 e 2015. 

No entanto, os primeiros dados de 2025 indicam um sinal de alerta. O saldo de empregos em janeiro foi negativo, com a perda de 2.671 postos de trabalho, seguindo uma tendência observada desde dezembro de 2024. Esse movimento sugere um possível esfriamento do mercado de trabalho, que pode ser intensificado caso a atividade econômica desacelere nos próximos meses. 

Segundo análise do FGV IBRE, para sustentar a geração de empregos, será essencial a manutenção de investimentos em infraestrutura e programas de incentivo ao setor 

produtivo. O impacto de uma economia menos aquecida pode ser mais severo no Nordeste, região historicamente mais vulnerável às oscilações econômicas nacionais. 

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