IGP-10 cai 0,58% em abril de 2023
O índice ao produtor foi o único componente do IGP-10 a apresentar queda. Contribuíram para este movimento importantes commodities, como: soja (de -2,45% para -7,63%), milho (de -0,94% para -2,61%) e café (de 8,36% para -3,28%).
O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) caiu 0,58% em abril. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,05%. Com esse resultado, o índice acumula variação de -0,46% no ano e de -1,90% em 12 meses. Em abril de 2022, o índice subira 2,48% no mês e acumulava elevação de 15,65% em 12 meses.
“O índice ao produtor foi o único componente do IGP-10 a apresentar queda. Contribuíram para este movimento importantes commodities, como: soja (de -2,45% para -7,63%), milho (de -0,94% para -2,61%) e café (de 8,36% para -3,28%). A inflação ao consumidor e para a construção civil registraram aceleração. Para as famílias, o destaque foi a gasolina que avançou 5,87%, ante alta de 2,89% na última apuração. Para a construção civil, as pressões partiram de aumentos registrados para mão de obra e licenciamentos”, afirma André Braz, coordenador dos Índices de Preços.
Qual o valor do IGP-10 acumulado em 12 meses?
Com esse resultado, o índice acumula variação de -0,46% no ano e de -1,90% em 12 meses. Em abril de 2022, o índice subira 2,48% no mês e acumulava elevação de 15,65% em 12 meses.
Mês de referência |
Evolução Mensal |
Acumulado 12 meses |
---|---|---|
abr/23 | -0,58% | -1,90% |
mar/23 | 0,05% | 1,12% |
fev/23 | 0,02% | 2,26% |
jan/23 | 0,05% | 4,27% |
dez/22 | 0,36% | 6,08% |
nov/22 | -0,59% | 5,55% |
out/22 | -1,04% | 7,44% |
set/22 | -0,90% | 8,24% |
ago/22 | -0,69% | 8,82% |
jul/22 | 0,60% | 10,87% |
jun/22 | 0,74% | 10,40% |
mai/22 | 0,10% | 12,13% |
abr/22 | 2,48% | 15,65% |
Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,96% em abril. No mês anterior, o índice havia registrado taxa de -0,07%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram de 0,31% em março para 0,51% em abril. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de -1,14% para 0,08%. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 0,64% em abril. No mês anterior, a taxa foi de -0,35%.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de -1,25% em março para -1,59% em abril. A principal contribuição para intensificar a queda do grupo partiu do subgrupo matérias e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de -0,29% para -1,14%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 0,98% em abril, após queda de 0,53% no mês anterior.
O índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de 0,88% em março para -1,62% em abril. As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: soja em grão (-2,45% para -7,63%), minério de ferro (4,11% para 0,58%) e café em grão (8,36% para -3,28%). Em sentido ascendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos seguintes itens: bovinos (-2,66% para 1,30%), aves (0,51% para 2,38%) e arroz em casca (-0,96% para 0,29%).
Índice de Preços ao Consumidor (IPC)
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,57% em abril. Em março, o índice variara 0,47%. Três das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Transportes (1,24% para 1,86%), Alimentação (0,00% para 0,15%) e Vestuário (0,25% para 0,45%). As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: gasolina (2,89% para 5,87%), hortaliças e legumes (-5,00% para -2,06%) e roupas (0,21% para 0,57%).
Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (-1,04% para -1,37%), Comunicação (0,52% para 0,12%), Habitação (0,81% para 0,78%), Despesas Diversas (0,18% para 0,15%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,87% para 0,86%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: passagem aérea (-5,72% para -7,46%), tarifa de telefone móvel (1,29% para 0,40%), aluguel residencial (3,43% para 1,44%), conselho e associação de classe (1,42% para 0,64%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (1,66% para 1,20%).
Índice Nacional de Custo da Construção (INCC)
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,22% em abril. No mês anterior a taxa foi de 0,12%. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de março para abril: Materiais e Equipamentos (-0,05% para -0,14%), Serviços (0,89% para 1,07%) e Mão de Obra (0,14% para 0,38%).
O estudo completo está disponível no site.
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O que é o IGP-10?
O IGP-10 é uma das versões do Índice Geral de Preços (IGP) do Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE). Registra a inflação de todos os segmentos desde matérias-primas agrícolas e industriais utilizadas pelos produtores até bens e serviços finais demandados pelos consumidores.
Como é calculado?
O índice mede a evolução dos preços no período compreendido entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10 do mês atual. Ele é uma média ponderada de outros três índices:
- IPA-10 (Índice de Preços ao Produtor Amplo – 10), com peso aproximado de 60%;
- IPC-10 (Índice de Preços ao Consumidor – 10), com peso aproximado de 30%;
- INCC-10 (Índice Nacional de Custo da Construção – 10), com peso aproximado de 10%.
Quais as diferenças entre o IGP-10, INCC-M e IGP-M?
O IGP-10 e o IGP-M são essencialmente o mesmo índice, sendo diferenciados apenas pelo período de apuração da variação de preços: enquanto o IGP-10 apura as variações entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10 do mês atual, o IGP-M apura entre o dia 21 do mês anterior e o dia 20 do mês atual. Já o INCC-M é um componente do IGP-M, do mesmo modo que o INCC-10 é componente do IGP-10.
Qual o público-alvo?
Como o IGP-10 é um índice múltiplo, seus componentes possuem públicos-alvo diferentes: o IPA-10 abrange os produtores dos setores agropecuário e da indústria de transformação; o IPC-10 abrange a cesta das famílias com renda de 1 a 33 salários-mínimos; e o INCC-10 abrange o setor da construção de imóveis residenciais.
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