IVAR cai 0,31% em março de 2025
Porto Alegre foi a cidade com maior queda no índice.

O Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR) de março de 2025 caiu 0,31%, desacelerando o movimento de alta registrado em fevereiro. Esse resultado contribuiu para reduzir a variação acumulada em 12 meses para 6,55% em março de 2025, considerando que em março do ano anterior os preços registraram alta de 1,06%. A variação acumulada em 12 meses, representou uma taxa 1,46 ponto percentual menor em relação aos 8,01% reportados em fevereiro de 2025.
"Desacelerações mais fortes em São Paulo e Porto Alegre influenciaram em grande proporção o IVAR em 12 meses em março. Apesar dos fatores macroeconômicos como taxas de juros elevadas e inflação em aceleração, que poderiam impactar os preços dos contratos novos e antigos, a dinâmica mais recente nessas cidades indica um movimento de reequilíbrio entre oferta e demanda.”, afirma Matheus Dias, economista do FGV IBRE.
Entre fevereiro e março de 2025, o Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR) registrou quedas em duas das quatro capitais brasileiras. Em Belo Horizonte, o índice passou de 5,23% em fevereiro para 2,69% em março. Em São Paulo, o IVAR saiu de 2,83% em fevereiro para -0,29% em março. No Rio de Janeiro, o índice passou de 2,61% em fevereiro para 5,18% em março. Em Porto Alegre, houve manutenção da queda de preços dos aluguéis residenciais em relação ao mês anterior, com o índice saindo de -2,35% em fevereiro para -5,30% em março .
Porto Alegre é a capital com desaceleração mais intensa em 12 meses
A taxa interanual do aluguel residencial desacelerou em três das quatro cidades analisadas. Porto Alegre, dentre as capitais divulgadas, registrou a maior desaceleração em 12 meses, com o índice saindo de 10,40% em fevereiro para 6,77% em março de 2025. Em Belo Horizonte, também houve registro de desaceleração na taxa interanual, onde a taxa acumulada em 12 meses passou de 8,83% para 7,72%. Em São Paulo, entre fevereiro e março, a variação interanual passou de 6,03% para 5,05. A única capital a registrar aceleração em 12 meses, o Rio de Janeiro avançou de 6,39% em fevereiro para 6,57% em março.
O estudo completo está disponível no site.
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Variação % acumulada em 12 meses

Qual o valor do IVAR acumulado em 12 meses?
A variação acumulada em 12 meses é de 6,55%.
Mês de referência | Evolução Mensal | Acumulado 12 meses |
---|---|---|
mar/25 | -0,31 | 6,55% |
fev/25 | 1,81% | 8,01% |
jan/25 | 3,73% | 7,99% |
dez/24 | -1,28% | 8,63% |
nov/24 | -0,88% | 8,75% |
out/24 | -0,89% | 9,32% |
set/24 | 0,33% | 12,29% |
ago/24 | 1,93% | 9,97% |
jul/24 | -0,18% | 9,90% |
jun/24 | 0,61% | 10,66% |
mai/24 | 0,21% | 9,45% |
abr/24 | 1,40% | 9,16% |
mar/24 | 1,06% | 8,48% |
Calendário de Divulgação 2025:
O calendário completo será divulgado em breve.
Confira todos os resultados do IVAR em 2025.
Resultados anos anteriores:
- Confira todos os resultados do IVAR em 2022
- Confira todos os resultados do IVAR em 2023
- Confira todos os resultados do IVAR em 2024
O que é o IVAR?
O Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR), calculado pela Fundação Getulio Vargas, mede a evolução mensal dos valores de aluguéis residenciais em quatro das principais capitais brasileiras – Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre – com base em informações anonimizadas de contratos de locação obtidas pelo FGV IBRE junto a empresas administradoras de imóveis. O IVAR representa um aprimoramento das estatísticas sobre aluguéis residenciais do FGV IBRE e, também passa a compor as diferentes versões do IPC/FGV no subitem Aluguel Residencial.
Por que o IVAR foi criado?
Para mensurar a evolução dos valores de aluguéis residenciais no Brasil levando em consideração os valores de transação, ou seja, com base em contratos de locação efetivamente firmados, sejam novos ou contratos renegociados e seus reajustes anuais. O objetivo é oferecer um índice que reflita de maneira mais fiel a realidade do mercado imobiliário, e que sirva como bom balizador também para definição de políticas públicas.
Como o IVAR é calculado?
O índice é calculado considerando-se o valor dos aluguéis, características dos imóveis e efeitos das variações do mercado. Os dados usados na elaboração do IVAR são valores de contratos fornecidos por um conjunto de agentes do mercado imobiliário que fazem a intermediação de operações de locação. A atualização desses valores ao longo do tempo para um mesmo imóvel ocorre em momentos pré-estabelecidos nos contratos para reajustes, ou por negociações entre as partes no meio desses períodos. Um mesmo imóvel é seguido ao longo do tempo em diferentes contratos, como parte da dinâmica natural do mercado. Em qualquer uma dessas circunstâncias, os valores considerados são aqueles efetivamente desembolsados pelos locatários em cada período do tempo, constituindo, portanto, a informação ideal para o cálculo de um índice que reflita a evolução dos fundamentos do mercado imobiliário.
IVAR X IGP-M
O IVAR e o IGP-M são índices bem distintos.
O IGP-M é a média da inflação em três grandes setores da economia, seja o agronegócio e a indústria da transformação, as despesas das famílias e, também, as despesas com materiais e serviços da construção – 60% Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA); 30% Índice de Preços ao Consumidor (IPC); e 10% Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).
Dessa forma, o IGP-M é um índice amplo: mede a variação média de serviços e produtos que desafiam várias indústrias e setores da economia. O IGP-M é fortemente influenciado pelo dólar e pelo preço das commodities no mercado internacional.
O IVAR é um índice específico para a medição da variação dos aluguéis residenciais. Mede a variação de preço para qualquer fim.
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