IGP-10 cai 1,10% em julho de 2023
O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) caiu 1,10% em julho, aponta o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE). No mês anterior, a taxa havia sido de -2,20%. Com esse resultado, o índice acumula variação de -5,20% no ano e de -7,89% em 12 meses. Em julho de 2022, o índice subira 0,60% no mês e acumulava elevação de 10,87% em 12 meses.
“A aceleração do preço do minério de ferro (de -8,04% para 3,19%) e as quedas menos intensas registradas para o milho (de -15,63% para -9,49%) e para a soja (de -5,16% para -3,07%) contribuíram para o avanço da taxa do índice ao produtor. No âmbito do consumidor, a principal contribuição para a aceleração do IPC partiu da gasolina (de -3,20% para 2,26%), cujo aumento ocorre pela volta da cobrança do impostos federais (pis e cofins). Na construção civil, o índice recuou devido a desaceleração dos reajustes captados para a mão de obra (de 2,27% para 0,28%)”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
Qual o valor do IGP-10 acumulado em 12 meses?
O IGP-10 acumula queda de 7,89% em 12 meses. Confira as variações do período na tabela a seguir:
Mês de referência | Evolução Mensal | Acumulado 12 meses |
---|---|---|
jul/23 | -1,10% | -7,89% |
jun/23 | -2,20% | -6,31% |
mai/23 | -1,53% | -3,49% |
abr/23 | -0,58% | -1,90% |
mar/23 | 0,05% | 1,12% |
fev/23 | 0,02% | 2,26% |
jan/23 | 0,05% | 4,27% |
dez/22 | 0,36% | 6,08% |
nov/22 | -0,59% | 5,55% |
out/22 | -1,04% | 7,44% |
set/22 | -0,90% | 8,24% |
ago/22 | -0,69% | 8,82% |
jul/22 | 0,60% | 10,87% |
Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 1,54% em julho. No mês anterior, o índice havia registrado taxa de -3,14%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram de -1,01% em junho para -0,97% em julho. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de -2,21% para 0,49%. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, caiu 0,52% em julho. No mês anterior, a taxa foi de -0,03%.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de -3,36% em junho para -1,31% em julho. A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -12,77% para -2,77%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 1,08% em julho, contra queda de 1,68% no mês anterior.
O índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de -5,00% em junho para -2,38% em julho. As principais contribuições para a taxa menos negativa do grupo partiram dos seguintes itens: minério de ferro (-8,04% para 3,19%), milho em grão (-15,63% para -9,49%) e soja em grão (-5,16% para -3,07%). Em sentido descendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos seguintes itens: leite in natura (0,34% para -7,47%), café em grão (-5,57% para -10,99%) e cana-de-açúcar (1,44% para 0,15%).
Índice de Preços ao Consumidor (IPC)
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,02% em julho. Em junho, o índice caíra 0,18%. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (-1,93% para 0,99%), Transportes (-1,23% para -0,16%), Comunicação (-0,06% para 0,14%) e Alimentação (-0,21% para -0,17%). As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: passagem aérea (-11,47% para 5,50%), gasolina (-3,20% para 2,26%), tarifa de telefone móvel (-0,28% para 0,10%) e hortaliças e legumes (-2,47% para 2,73%).
Em contrapartida, os grupos Habitação (0,79% para -0,24%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,49% para 0,15%), Despesas Diversas (0,63% para 0,15%) e Vestuário (0,40% para 0,31%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: tarifa de eletricidade residencial (1,42% para -0,85%), plano e seguro de saúde (1,04% para 0,38%), jogo lotérico (7,32% para 0,00%) e serviços do vestuário (-0,38% para -1,11%).
Índice Nacional de Custo da Construção (INCC)
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,01% em julho. No mês anterior, a taxa foi de 1,19%. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de junho para julho: Materiais e Equipamentos (0,10% para -0,22%), Mão de Obra (2,27% para 0,28%) e Serviços repetiu a taxa do mês anterior de 0,32%.
O resultado completo está disponível no site.
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O que é o IGP-10?
O IGP-10 é uma das versões do Índice Geral de Preços (IGP) do Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE). Registra a inflação de todos os segmentos desde matérias-primas agrícolas e industriais utilizadas pelos produtores até bens e serviços finais demandados pelos consumidores.
Como é calculado?
O índice mede a evolução dos preços no período compreendido entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10 do mês atual. Ele é uma média ponderada de outros três índices:
- IPA-10 (Índice de Preços ao Produtor Amplo – 10), com peso aproximado de 60%;
- IPC-10 (Índice de Preços ao Consumidor – 10), com peso aproximado de 30%;
- INCC-10 (Índice Nacional de Custo da Construção – 10), com peso aproximado de 10%.
Quais as diferenças entre o IGP-10, INCC-M e IGP-M?
O IGP-10 e o IGP-M são essencialmente o mesmo índice, sendo diferenciados apenas pelo período de apuração da variação de preços: enquanto o IGP-10 apura as variações entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10 do mês atual, o IGP-M apura entre o dia 21 do mês anterior e o dia 20 do mês atual. Já o INCC-M é um componente do IGP-M, do mesmo modo que o INCC-10 é componente do IGP-10.
Qual o público-alvo?
Como o IGP-10 é um índice múltiplo, seus componentes possuem públicos-alvo diferentes: o IPA-10 abrange os produtores dos setores agropecuário e da indústria de transformação; o IPC-10 abrange a cesta das famílias com renda de 1 a 33 salários-mínimos; e o INCC-10 abrange o setor da construção de imóveis residenciais.
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