IGP-M varia 1,97% na 1ª prévia de outubro
No primeiro decêndio de setembro, este índice havia registrado taxa de 4,41%. Com este resultado, a taxa em 12 meses passou de 18,01% para 19,45%.

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) variou 1,97% no primeiro decêndio de outubro. No primeiro decêndio de setembro, este índice havia registrado taxa de 4,41%. Com este resultado, a taxa em 12 meses passou de 18,01% para 19,45%.
“Afora a contribuição do minério de ferro (20,08% para -7,25%), que foi decisiva para a desaceleração do IPA, outras commodities de peso também influenciaram o recuo dos preços ao produtor: milho (13,49% para 5,08%) e café (6,29% para -7,78%), apesar da volatilidade da taxa de câmbio. Os demais componentes do índice geral de preços, IPC e INCC seguem pressionados, o primeiro por alimentos (0,42% para 1,30%) e, o segundo, pelo avanço dos preços dos materiais e equipamentos para construção (2,17% para 3,22%).”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 2,45% no primeiro decêndio de outubro. No mesmo período do mês de setembro, o índice subira 6,14%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram 2,40% em outubro, após subir 2,70% em setembro. A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de 7,01% para -1,02%. O índice correspondente aos Bens Intermediários passou de 3,57% no primeiro decêndio de setembro para 2,66% no primeiro decêndio de outubro. Este recuo foi influenciado pelo subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 8,61% para -4,74%.
A taxa do índice referente as Matérias-Primas Brutas passou de 11,37% no primeiro decêndio de setembro para 2,31% no primeiro decêndio de outubro. Contribuíram para o recuo da taxa do grupo os seguintes itens: minério de ferro (20,08% para -7,25%), milho em grão (13,49% para 5,08%) e café em grão (6,29% para -7,78%). Em sentido oposto, vale citar cana-de-açúcar (1,64% para 8,54%), bovinos (4,25% para 5,60%) e aves (2,70% para 4,63%).
Índice de Preços ao Consumidor (IPC)
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou de 0,35% no primeiro decêndio de setembro para 0,64% no primeiro decêndio de outubro. Três das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação, com destaque para o grupo Educação, Leitura e Recreação (0,40% para 3,03%). Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item passagem aérea, cuja taxa passou de 6,74% para 33,57%.
Também foram computados acréscimos nas taxas de variação dos grupos Alimentação (0,42% para 1,30%) e Vestuário (-1,10% para 0,67%). Nestas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens arroz e feijão (1,74% para 8,00%) e roupas (-0,94% para 0,76%).
Em contrapartida, os grupos Transportes (0,76% para 0,01%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,29% para 0,12%), Habitação (0,37% para 0,27%) e Despesas Diversas (0,17% para 0,10%) registraram decréscimo em suas taxas de variação. Estas classes de despesa foram influenciadas pelos seguintes itens: gasolina (2,76% para -0,70%), plano e seguro de saúde (0,61% para 0,00%), tarifa de eletricidade residencial (0,34% para 0,09%) e cigarros (0,73% para 0,02%). Já o grupo Comunicação repetiu a taxa do primeiro decêndio de setembro, que foi de 0,01%. Em sentido ascendente destaca-se o item tarifa de telefone residencial (0,00% para 0,40%) e em sentido descendente, mensalidade para TV por assinatura (0,09% para 0,04%).
Índice Nacional de Custo da Construção (INCC)
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 1,26% no primeiro decêndio de outubro, taxa superior a apurada no mês anterior, quando o índice havia sido de 0,88%. Os três componentes do INCC registraram as seguintes taxas da variação na passagem do primeiro decêndio de setembro para o primeiro decêndio de outubro: Materiais e Equipamentos (2,17% para 3,22%), Serviços (0,14% para 0,41%) e Mão de Obra (0,12% para 0,00%).
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Sobre o IGP-M:
O Índice Geral de Preços (IGP) foi concebido no final dos anos de 1940 para ser uma medida abrangente do movimento de preços, que englobasse não apenas diferentes atividades como também etapas distintas do processo produtivo. Dessa forma, o IGP é um indicador mensal do nível de atividade econômica do país, englobando seus principais setores.
O IGP possui três versões com coleta de preços encadeada: o IGP-10 (com base nos preços apurados dos dias 11 do mês anterior ao dia 10 do mês da coleta), IGP-DI (de 1 a 30) e o mais popular deles, o Índice Geral de Preços – Mercado, ou simplesmente IGP-M, que apura informações sobre a variação de preços do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês de coleta.
O IGP-M é calculado e divulgado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) e utilizado amplamente na fórmula paramétrica de reajuste de tarifas públicas (energia e telefonia), em contratos de aluguéis e em contratos de prestação de serviços.
Como o IGP-M é calculado:
O cálculo do IGP-M, assim como os outros dois indicadores (IGP-10 e IGP-DI), tem em conta a variação de preços de bens e serviços, bem como de matérias-primas utilizadas na produção agrícola, industrial e construção civil. Dessa forma, o resultado do IGP-M é a média aritmética ponderada da inflação ao produtor (IPA), consumidor (IPC) e construção civil (INCC).
- - Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA);
- - Índice de Preços ao Consumidor (IPC);
- - Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).
Os pesos de cada um dos índices componentes correspondem a parcelas da despesa interna bruta, calculadas com base nas Contas Nacionais – resultando na seguinte distribuição:
- - 60% para o IPA;
- - 30% para o IPC;
- - 10% para o INCC;
Nesse contexto, o IPA é o indicador que monitora a variação de preços percebidos por produtores, ao passo que o IPC acompanha o comportamento dos preços que impactam diretamente o consumidor final. Por fim, o INCC apresenta os custos para a construção civil, em uma análise que leva em conta a variação de preços de materiais de construção e custo de mão de obra especializada.
Como o IGP-M é utilizado:
O IGP-M é um dos índices componentes de fórmulas paramétricas utilizadas por empresas de telefonia e de energia elétrica, respondendo parcialmente pelos reajustes tarifários desses segmentos. O Índice Geral de Preços – Mercado também é utilizado como o indexador de contratos de empresas prestadoras de serviço de diversas categorias, como educação e planos de saúde. Além disso, o IGP-M se popularizou por ser amplamente utilizado como referência para o setor imobiliário, para o reajuste de contratos de aluguel.
Por seu histórico regular de divulgação desde a década de 1940, o IGP-M também é citado em vários contratos público-privados dos mais variados segmentos. Alguns de seus componentes, como o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), também servem de referência para reajustes de preços.