Levantamento mostra que mulheres pretas ocupam apenas 1% das candidaturas à Prefeitura no Brasil
Um mapeamento feito pela Escola de Direito do Rio de Janeiro (FGV Direito Rio) em relação às candidaturas à prefeitura no país feito com base em dados referentes aos registros de candidaturas encaminhados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) demostra que a disputa por vagas no Executivo Municipal conta com mulheres mais escolarizadas e que a diversidade ainda é um abismo nos partidos políticos. Candidaturas pretas e pardas à prefeitura representam, respectivamente, 4,4% e 32,8% do total registrado junto ao TSE. Mulheres pretas são apenas 1% e pardas, 4,7%.
Menos de ⅕ do total de registros de candidaturas à prefeitura enviados ao TSE são de mulheres. Comparando a desigualdade de gênero por região, é possível verificar que no Nordeste há mais registros de mulheres, 18,5%, enquanto o Sul tem a menor proporção dessas candidaturas, 12,6%.
Maior escolaridade feminina
Mulheres candidatas têm maior escolaridade do que os candidatos homens. Entre as candidaturas para prefeitura, 79,5% das mulheres possuem ensino superior completo, enquanto apenas 55,3% dos homens completaram o ensino superior. Enquanto 36% das mulheres graduadas são nordestinas, 28,4% são sudestinas.
A esquerda apresenta um maior número de candidaturas de pessoas pretas e indígenas para cargos de maior relevância, além de concentrar a maior quantidade de candidatas pretas e pardas.
O relatório evidencia que a garantia da diversidade nos registros de candidaturas ainda é um grande desafio a ser enfrentado pelas instituições políticas e partidárias no Brasil. Os números encontrados revelam o reflexo das desigualdades de gênero e raça da sociedade brasileira no pleito municipal, especialmente em relação à presença das mulheres nos cargos de mais alto escalão, e também de pessoas pretas e indígenas.
Para ler o estudo na íntegra, clique aqui.
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