Levantamento mostra que mulheres pretas ocupam apenas 1% das candidaturas à Prefeitura no Brasil

Mapeamento realizado pela FGV Direito Rio analisou dados referentes aos registros de candidaturas encaminhados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
Políticas Públicas
25 Setembro 2024
Levantamento mostra que mulheres pretas ocupam apenas 1% das candidaturas à Prefeitura no Brasil

Um mapeamento feito pela Escola de Direito do Rio de Janeiro (FGV Direito Rio) em relação às candidaturas à prefeitura no país feito com base em dados referentes aos registros de candidaturas encaminhados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) demostra que a disputa por vagas no Executivo Municipal conta com mulheres mais escolarizadas e que a diversidade ainda é um abismo nos partidos políticos. Candidaturas pretas e pardas à prefeitura representam, respectivamente, 4,4% e 32,8% do total registrado junto ao TSE. Mulheres pretas são apenas 1% e pardas, 4,7%

Menos de ⅕ do total de registros de candidaturas à prefeitura enviados ao TSE são de mulheres. Comparando a desigualdade de gênero por região, é possível verificar que no Nordeste há mais registros de mulheres, 18,5%, enquanto o Sul tem a menor proporção dessas candidaturas, 12,6%.  

Maior escolaridade feminina 

Mulheres candidatas têm maior escolaridade do que os candidatos homens. Entre as candidaturas para prefeitura, 79,5% das mulheres possuem ensino superior completo, enquanto apenas 55,3% dos homens completaram o ensino superior. Enquanto 36% das mulheres graduadas são nordestinas, 28,4% são sudestinas.  

A esquerda apresenta um maior número de candidaturas de pessoas pretas e indígenas para cargos de maior relevância, além de concentrar a maior quantidade de candidatas pretas e pardas. 

O relatório evidencia que a garantia da diversidade nos registros de candidaturas ainda é um grande desafio a ser enfrentado pelas instituições políticas e partidárias no Brasil. Os números encontrados revelam o reflexo das desigualdades de gênero e raça da sociedade brasileira no pleito municipal, especialmente em relação à presença das mulheres nos cargos de mais alto escalão, e também de pessoas pretas e indígenas. 

Para ler o estudo na íntegra, clique aqui

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