Economia

Maioria dos brasileiros realizou ao menos um Pix por mês em 2024, revela estudo

Os amazonenses são os que mais realizam transações por PIX mensais (48), enquanto os catarinenses são os que fazem menos (25)

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Pix

A média mensal de usuários ativos do Pix superou 60% da população brasileira em 2024. O Distrito Federal apresentou a maior adesão a esse meio de pagamento: 77% dos moradores utilizaram o Pix. Em contrapartida, o Piauí foi o estado com menor adesão: 54,7%. Os dados fazem parte de uma pesquisa inédita do Centro de Estudos de Microfinanças e Inclusão Financeira (FGVCemif) da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP) intitulada “Geografia do Pix”. 

Mapa do Brasil, com percentual de utilização do PIX por estado

“Por muito tempo, bancos e fintechs não superaram impasses para criar um sistema de pagamentos instantâneos. Diante disso, o BC assumiu a liderança, desenvolvendo a tecnologia e gerindo o Pix como o conhecemos hoje. Esse modelo pode inspirar outros países que buscam regulação e eficiência no ecossistema de pagamentos. No futuro, o Pix deve expandir para novos serviços, como crédito, troco, saque e transações internacionais. No entanto, fraudes e segurança digital seguem como desafios a serem mitigados”, segundo Lauro Gonzalez, coordenador do FGVcemif e um dos autores da pesquisa.

O estudo aponta ainda que os amazonenses são os que mais realizam transações por Pix (48), enquanto os catarinenses são os que fazem menos (25). No Brasil, o valor médio das transações através do Pix foi cerca de R$ 191, no ano passado. São Paulo, o estado mais rico do país, teve uma média de 29 transações por mês por usuário e o valor médio de R$ 221,72, atrás somente do Mato Grosso, que teve a média de R$ 272,44. 

Mapa do Brasil, com média de transações por usuário em cada estado

O Amazonas e o Amapá foram os estados com menor valor médio de transações: R$ 119 e R$ 129, respectivamente. 

Mapa do Brasil, com média de valor das transações

Município de Pacaraima

A pesquisa encontrou uma estatística curiosa no município de Pacaraima, em Roraima, que possui mais de 5 usuários do Pix para cada habitante registrado no Censo, estatística provavelmente associada ao fluxo migratório na região, que é divisa com a Venezuela. 

 Metodologia

O estudo “Geografia do Pix” foi realizado por: Fabricio M. Trevisan, Lauro Gonzalez, Eduardo H. Diniz e Adrian Cernev, do Centro de Estudos de Microfinanças e Inclusão Financeira da FGV. Os dados foram colhidos das Estatísticas do Pix por Município referentes ao ano de 2024, disponíveis na Plataforma de Dados Abertos do Banco Central do Brasil, e do cruzamento de dados do Pix com dados do Censo Demográfico de 2022, disponibilizado pelo IBGE.

Os autores optaram por selecionar apenas transações de pagamento feitas por pessoas físicas e fizeram um cálculo da média mensal para cada estado, região e município. A partir desses dados, foram desenvolvidos três indicadores: 

  • 1. Adesão: Quantidade de pessoas cadastradas no Pix com residência em determinada área geográfica e que utilizaram o Pix ao menos uma vez no mês, dividida pela população total dessa mesma área; 

  • 2. Frequência de uso: Quantidade de transações realizadas em determinada área geográfica, dividida pela quantidade de usuários dessa mesma área; 

  • 3. Valor médio da transação: Valor total transacionado em determinada área geográfica, dividido pelo total de transações realizadas nessa mesma área.

Confira o estudo completo.